Começa interessante. As sequências que envolvem a tentativa de chegada na Zona compõe boa ação. As tramas que envolvem a natureza do Stalker e da Zona também despertam o interesse pela sua originalidade (trama esta baseada no livro). Mas, depois da cena do sono (a que os personagens se deitam e começam a divagar) o filme entre numa espiral de lentidão. Essa cena, em específico, parece ter sido planejada para fazer dormir, não tem condições. Essa ausência de ritmo é perdoável pois é o que se espera de um filme do diretor, compromissado com a arte e não com a opinião do público médio. Mesmo assim, em alguns momentos, pode até agradar esse público, pela fotografia interessante nos vários cenários curiosos da Zona. Até gosto da sequência final, apesar de toda a situação ali (envolvendo bombas, etc) soar bem artificial, incluindo o diálogo e interação entre os personagens nesse último trecho. Ou, talvez, eu não tenha a sensibilidade para perceber qual o significado por trás do Quarto. Nota: 7.8.
Queria entender o estranho fenômeno que filmes beeeeeeem medianos tem tido adoração massiva da crítica. Não que os críticos só devam aplaudir filmes de Cannes, mas, desde Vingadores (2012), filmes com roteiros canhestros têm pontuações altas dos críticos. Despertar da Força, quase todos os filmes da primeira fase dos Vingadores, vários filmes da Pixar, Noites Brutais, Pânico 5, etc. São todos filmes com roteiros fracos, carregados de clichês, falhas graves ou conveniências que normalmente seriam abatidos pela crítica especializada. Bottoms entra para essa lista. Até considerei o humor do filme acertadinho no geral, e alguns pontos relacionados à dinâmica adolescente ou feminista ou LGBT são pertinentes, mas o filme, que vinha se conduzindo razoavelmente bem, abraça um
final baseado no besteirol e no absurdo, fugindo completamente do tom mais "pé no chão" do resto do filme. Sim, possuia alguns exageros nos dois primeiros atos (o jogador de futebol, por exemplo, é irreal, mas o é por ser uma caricatura). O resto do filme atinge o irreal quando o utiliza para fins de humor, o que é diferente de subverter a própria estrutura narrativa apenas no último ato e o tornando pouco condizente com o resto da produção.
Também possui alguns clichês, que seriam perdoáveis se não fossem forçados narrativamente para fazer a trama andar no padrão dos roteiros de Hollywood. Nota: 7.2.
Por qual razão esse filme é tão badalado e está nos 1001 filmes para ver antes de morrer? Até entendo a febre na época, mas permanecer badalado atualmente é meio confuso para mim. Tá certo que consideram que teve alguma importância na popularização da ideia de videoclips, mas o filme em si não é esse clássico todo... e olha que Beatles é a melhor banda de todas na minha opinião. As músicas e clips são legais, incluindo a clássica abertura dos Beatles correndo das fãs. Mas as piadas são bizarras, a maioria soa como piada interna ou de improviso, enquanto umas são tão ruins que são boas. Legal ver o John completamente à vontade, improvisando brincadeiras e piadas sem sentido. A parte do George na revista é non sense, sendo a melhor parte aquela que foca no Ringo (e de onde vem a melhor piada do filme, envolvendo as poças de água). Inclusive, o próprio ritmo do filme dá uma mudada quando foca no Ringo. Plot caótico (quase inexistente), humor e alguns clips (como do Can't Buy Me Love) improvisados e mesmo assim gerou um filme até bom e com status de clássico. Realmente, tudo que os Beatles tocavam virava ouro. Nota: 8.2.
Bem fraco. É um slasher que não sabe explorar os temas. Possui um fundo meio religioso, mas demora demais para começar. Os dois primeiros atos são preenchidos com pouca coisa, só aqueles mesmos velhos adolescentes de sempre enquanto enfia alguns flashbacks e lendas para tentar manter a história. Aí quando chega o terceiro ato, onde costuma se concentrar a maioria das mortes q que poderia coroar o filme com algumas cenas interessantes, temos as mortes mais mal executadas da história dos slashers. Quase sem gore, abruptas (ou seja, sem tensão nenhuma), offscreen e pouco criativas, e só começam a ocorrer nos útlimos minutos do filme. Um slasher que se preza guarda seu terceiro ato para a "porradaria" e perseguição e o deste, além de demorar para acontecer, não corresponde às expectativas, desperdiçando, inclusive, a sempre boa presença de Danny Trejo. Nota: 6.4.
“Diga. Diga em voz alta”. “VAMPIRO”. Aaaaah, Crepúsculo. A saga que fez um bando de marmanjos discutirem qualidade cinematográfica e literária com um bando de adolescentizinhas emotivas e apaixonadas kkkkkkkkk. Lembro também das discussões entre os Potterheads e as crepusculetes também, mas, convenhamos, Crepúsculo não é tem 5 por cento da qualidade de HP. E é aí que está o motivo da discussão que consumia a internet naqueles tempos: a Saga Crepúsculo não é boa, mas, por motivos emotivos, foi galgada a supra sumo do cinema por uma bando de adolescentes emotivos. Confesso, gosto desse primeiro filme. Assisti quando lançou, e achei legalzinho, apesar de não ser nada de demais. O problema foi quando passaram a idolatrar esse filme e franquia, que é inferior a praticamente todas as outras tentativas de rivalizar ou substituir Harry Potter (Maze Runner, Cidade dos Ossos, Jogos Vorazes, Dezesseis Luas, Eu Sou o Número Quatro, Bússola de Ouro, etc). Isso se tratando de filme, não li a maioria desses livros. Aí as pessoas, não compreendendo o sucesso de uma obra tão fraca, se revoltaram e entraram nas brigas de internet, o que só alavancou mais o filme. Sobre o primeiro, temos uma trama até interessante, embora já tenhamos vários outros exemplos de romances com vampiros. Aqui é colocado o vampiro em um contexto colegial, em um romance com uma garota vazia, com a qual o público pode facilmente se preencher no lugar dela em busca de seu “príncipe encantado”. Sim, apesar de ser uma criatura das trevas, Edward é preenchido com os modos e porte de príncipe com uma “fera” interior (e, não é a toa, o nome da protagonista é Bella). A forma mais contida que o filme se conduz é interessante. Os vilões até dão conta do recado (apesar de mudada de lado de um deles, que não tem o menor sentido) e as músicas são boas (algo que acho que todos concordam). Além disso, por mais que algumas pessoas reclamem que Edward “não é um vampiro” ou o fato dele se relacionar com uma humana, a verdade é que tais elementos já são frequentes na mitologia dessas criaturas. Sugar sangue, agilidade, charme, etc. A maior mudança é mesmo a questão do sol, mas um ponto não desconfigura a criatura por completo. Os bruxos de HP não são menos bruxos por não terem verrugas no nariz. As fraquezas como alho, cruz, etc, não são citadas aqui, se bem me recordo, mas poderiam ser adições interessantes para consagra-los como integrantes da mitologia dos vampiros. Entrevista com o Vampiro, por exemplo, tem criaturas semelhantes com as daqui. O ponto de serem vampiros vegetarianos também não é um problema, Buffy tem vampiros assim, por exemplo. O problema é que, diferentemente do que acontece em Buffy, aqui não temos maiores explicações do motivo de seres sem alma decidirem serem bonzinhos ao invés de cederem aos seus demônios internos. Pessoas vegetarianos optam por serem vegetarianas por diversos motivos, como por exemplo empatia. Vampiros não tem empatia. Talvez no universo de Crepúsculo alguns a tenham, mas o que garante que todos que serão transformados a terão? Não é arriscado que o Carlisle fique transformando gente assim? Quem ele decide transformar? Não sei se são explicações que estão no livro, mas eram necessárias no filme, que fica muito mal explicado em diversas questões. E, apesar de gostar do filme como um todo, temos diversos problemas no roteiro. Já apontei a ausência de explicações na questão dos vegetarianos e o vilão que muda de lado do nada, mas o filme possui também diversos probleminhas na sua trama. A Bella não tem personalidade. Não é culpa da atriz. Aliás, ainda acho que nesse primeiro as atuações não estão realmente ruins, estão ok e só. Mas, não só a Bella, a personalidade do Edward é ser um drama queen insuportável e só. Se fosse feio a Bella não daria a mínima para um cara tão chato “ponto”. Outro problema é que a construção do romance dos dois não é tão boa. Algo que não seria tão ruim, mas um trata o outro como o amor da vida sem nem ter isso construído muito bem. “Ah, são adolescentes, adolescente é emocionado assim mesmo”. Bom, Edward, se bem me lembro, tem mais de 100 anos. Mas, realmente, ele age como adolescente a maior parte do tempo, mesmo sendo centenário. E aqui tem outra pequena estupidez. Qual o sentido de ficarem repetindo eternamente o ensino médio? Quero dizer, eles acabam tendo que se mudar de 3 em 3 anos por conta disso. Uma hora as opções de lugares que não tem sol vai se esgotar. E, eles mudam de lugar de 3 em 3 anos, então devem ter documentos falsos, não? Ou eles mantem os mesmos documentos e mesmo assim conseguem ficar se matriculando de 3 em 3 anos? O Edward chama Edward mesmo? Robert Pattinson já tinha mais de 20 anos quando fez Crepúsculo, qual a dificuldade da família dele se passar por jovens adultos e não terem que ficar repetindo Ensino Médio e com isso se mudarem a toda hora? Outra coisa super confusa está na sequência final. Ela é até boa, mas não entendi o conceito. Aparentemente as presas dos vampiros tem veneno e por isso as pessoas mordidas viram vampiros também. Até aí tudo bem. Mas, qual o sentido do Edward, que também é vampiro, chupar o sangue da Bella para retirar o veneno? Não acabaria envenenando ela também O veneno está nas presas e só sai com a mordida? Ele sugou o veneno com os lábios? Por qual motivo Bella é tão popular? Não estou pedindo que seja um daqueles coming of age dramáticos que todo mundo quer fazer bullying, mas ela chega na escola e todos os garotos querem ficar com ela, todas as garotas querem ser como ela, querem até escrever uma matéria sobre ela. Essa questão foi muito mal dosada. Aliás, esses amigos de escola não acrescentam nada e mal possuem personalidade ou conflitos, e isso só vai piorando nas continuações. A cena que a Bella magoa o pai é forçada também. Por enquanto, vou me abster de comentar o quanto essa franquia tem flertes com conservadorismos e machismos, e, ironicamente, fez os sucessos das garotinhas. Talvez comente mais sobre isso no Lua Nova. Aliás, apesar de óbvia e quase exagerada, gosto da fotografia dessaturada e esverdeada do filme. A verdade é que o primeiro filme até tenta ser uma boa produção, mas esbarra em questões de escrita e construção de personagem. Como não li o livro, não sei se esse problema vem de ser um livro mal escrito, ou de o roteiro ser mal adaptado. Algum dia, que eu tiver bastante tempo sobrando, pego o livro para descobrir, afinal, o motivo não importa, o roteiro tem mesmo diversos problemas. Nota: 6.8. P.S.: Achei o badalado “baseball vampiro” bem fraquinho e sem graça.
Sei que são poucos votos, mas achei a nota bizarramente alta, e olha que eu gosto de um baixo orçamento obscuro, antigo, e feito fora dos EUA. Enfim, odeiam quando reclamam genericamente aqui nos comentários de um filme ser "sem pé nem cabeça", mas, pela primeira vez, vou ter que utilizar esse termo. O filme não tem pé nem cabeça. A tentativa de retratar ocultismos e bruxas talvez até tenha sido assustadora na época, mas é fraca. O marido é o principal culpado e adúltero, mas é na amante que a vingança é dirigida? Sem sentido, talvez algum machismo, sei lá. E do nada o cara é um cientista louco, algo jogado no meio do filme. Fora que a ambientação em um castelo é legal, mas não consigo enxergar como um cenário orgânico em relação aos personagens ali retratados. E, como apontaram em comentário abaixo, tem semelhanças com Olhos Sem Rosto. Nota: 6.6.
O bom desse aqui é que o clímax não é uma gincana que eles gravaram aleatoriamente. Mas, tenho que admitir, rachei na cena que eles tinham que descer de um prédio e convenientemente tinha um equipamento de escalada segura do lado deles. Os filmes infantis hoje em dia não permitem mais que os personagens enfrentem aventuras como descer de um edifício sem o equipamento de segurança. Enfim, esse é um dos melhores do Luccas. Não é continuação, como estava no padrão, tem uma tramazinha (simples, mas tem) e que não é, no princípio, tão óbvia, apesar de continuar com muitos problemas, como as cenas longas e repetitivas que se acham engraçadinha e em que pouca coisa acontece (como a cena das trapalhadas dos vilões no Iate), algo frequente em todos os filmes do Luccasverso. Além disso, a fórmula de dois vilões, um bobão e outro esperto já cansou dois anos atrás. Pelo menos esse daqui tem a melhor cena de todos os filmes do Luccas, que é a cena da seria. Nota: 6.4.
Sempre achei interessante a indústria pornográfica, principalmente as histórias de bastidores e os filmes nos primórdios desse gênero, que sempre combatiam questões de moral e costumes, expunham hipocrisias, ao mesmo tempo em que também representavam abusos e danos psicológicos nos envolvidos em sua produção. Assim, um filme sobre o assunto, ambientado nos anos 1970 e início dos anos 1980 já me interessava por si. A própria época, de mudança para o mercado de vídeo (e no modo de produção e história também) já seria interessante (e é retratada aqui). Boogie Nights é interessante também por possuir duas metades que parecem dirigidas por duas pessoas diferentes. Os anos 1970 são retratados como dionísicos, repletos de festas, cores, e exageros, enquanto o dinheiro da indústria pornográfica jorra e cria novas lendas e ricaços nesse gênero. Entretanto, o filme toma como ponto de partida para mudar completamente de tom
exatamente a virada de década, possuindo como símbolo disso o suicídio de um dos personagens. O personagem havia passado anos suportando as traições, mas foi só entrar os anos 1980 e algo que era visto quase como brincadeira atinge tom de seriedade, como grande parte das demais subtramas do filme. A partir daqui, é retratada a decadência dos personagens, enquanto buscam se reerguer e se reestabelecer, buscando adaptar suas naturezas aos novos tempos. Apesar de tudo isso, fiquei em dúvida se dava quatro estrelas ou quatro estrelas e meia. O principal problema do filme é que ele parece um conjunto de contos pouco amarrados entre si. Os pais do protagonista jamais são citados de novo (existe uma cena retirada envolvendo eles), o suicídio, apesar de um símbolo da nova era, não parece afetar tanto os personagens assim, que jamais o citam de novo. A questão da indústria de vídeo, que é apresentada como um grande erro do diretor de filmes em não aceita-la, mas esse não aceite logo perde relevância.
Em resumo, diversos pequenos (ou até mesmo grandes) acontecimentos não possuem consequências nas cenas ou acontecimentos seguintes, deixando o filme pouco amarrado em si mesmo. Outro ponto está na retratação bucólica da indústria pornô (problema semelhante de Era Uma Vez em Hollywood). Talvez até existissem diretores bonzinhos como o do filme na indústria, mas ignorar os abusos que ocorriam, principalmente relacionados a atrizes, é meio estranho. Talvez apenas uma menção de acontecimentos do tipo já seria suficiente. Também não entendi o furor pela atuação do Mark Wahlberg, que concorreu a prêmios. Achei a atuação dele boazinha e só. Em matéria de atuações, aliás, nenhuma se destacou muito na minha opinião. No fim, gostei bastante pelo tema, que é algo de meu interesse, e pela forma curiosa como foi executado, divido entre dois filmes com tons diferentes, além de remeter ao estilo tarantinesco, comum aos anos 1990. Mas, no final, isso não foi suficiente para me fazer deixar de incomodar com os problemas acima apontados. Nota: 8.4.
Da série "filmes que estavam há muito tempo na minha lista e só fui assistir porque ia sair do catálogo". O filme começa até muito bem, com edição, fotografia, figurino, climatização, etc bem interessantes e diferente do comum. Maslogo chegamos no segundo ato e o filme não consegue mais disfarçar seus problemas, caindo em clichês, atuações ruins (principalmente a do protagonista sem graça) e cenas pouco inspiradas. Por exemplo, a ausência de referências à Alice no País das Maravilhas, que justifiquem o vilão do filme ser uma referência ao Chapeleiro Maluco. Ou a velha trama de traumas passados atingindo os personagens e o fato de eles terem que lutar contra esses traumas. Enfim, o filme pareceu ter bastante potencial no início, mas decaiu bastante ao longo da projeção. Nota: 6.5.
PSICOSE II É SUBESTIMADO. É superior à misteriosamente badalada parte 5. E, confesso que revendo o filme, ele melhorou em vários pontos, embora tenha sofrido uma queda em alguns outros. Mas, como a franquia Pânico é basicamente a ideia de discutir a narrativa enquanto a subverte clichês ou os mantêm, é melhor marcar o comentário todo como spoiler de uma vez
Primeiro, gostaria de falar sobre a cena inicial. A franquia sempre se esforçou em criar cenas inicias que buscam quebrar a expectativa, desde o seu primeiro filme, e a deste daqui está entre as melhores. Minha aposta para essa continuação é que eles buscariam subverter a trama, e havia duas formas que eu pensava que poderiam fazer isso: 3 assassinos ao invés do padrão de 2, ou algo mais ousado, que seria revelar um dos assassinos no meio do filme, subvertendo a fórmula narrativa. E, bom, meio que eu acertei no primeiro ponto e levemente no segundo, mas, mesmo assim, a cena inicial não deixa de ser uma boa subversão. Enquanto eu revia, percebi que o plot realmente deixa algumas pistas e continua fazendo sentido de modo geral ao se ver pela segunda vez. Não é como a parte 5, escancarada de conveniências e furos embolados em uma trama clichê (tenho certeza que se eu rever abaixarei a nota). Por exemplo, a forma como a Quinn incentiva a protagonista a ter um caso com o vizinho, de forma a termos mais um suspeito, assim como em Pânico 2 o namorado de Sidney era um dos principais suspeitos. Mas, o que realmente me fez suspeitar dela primeiro foi ela falar do pai superprotetor, mas que deixa a filha morar com uma pessoa que supostamente tinha matado alguém, ou que poderia ser alvo de um novo ghostface. Aliás, os culpados desse filme foram para mim um pouco óbvios, talvez os que melhor saquei ao longo da franquia. Exatamente pelo motivo que a parte 5 era uma “requel”, remakizando e continuando o original, portanto a parte 6 o faria em relação ao segundo Pânico. E, em Pânico 2, temos como culpada a mãe do culpado do filme anterior e (se bem me lembro) um dos novos adolescentes colega de faculdade, quase exatamente como aqui. E, como Quinn falou que tinha perdido um irmão, a conclusão parecia apontar exatamente para isso. E, como Quinn não teve sua morte on screen, parecia ser essa a conclusão. Só fui surpreendido om o irmão dela, pois era o clássico suspeito óbvio, mas se percebermos bem, vamos ver que exatamente por isso os culpados tentam o tempo todo fazê-lo parecer menos suspeito (como, por exemplo, na cena do metrô). Claro, isso não enfraquece tanto o filme de modo geral, mas, sob uma outra perspectiva, acaba por não soar tão bom assim. Digo, a parte 5 era pouco criativa, mas não se envergonhava disso e bradava incessantemente estar revisitando o filme original. Já aqui, curiosamente, não temos em nenhum momento a afirmação de que estamos revisitando a parte 2, mesmo que se passe numa universidade, tenha culpados relacionados aos do filme anterior e inclusive falas sendo homenageadas (sobre a citação literal no livro da Gale). Ou seja, o filme, estranhamente, se acovardou ao se estabelecer como um reimaginação da parte 2, algo que não tem sentido em uma franquia metalinguística e que sempre expôs suas limitações e clichês em tom de brincadeira. E, falando em metalinguagem, esse é o filme da franquia que menos a possui, e esse é seu ponto mais negativo na minha opinião. Bom, até temos aquela história de suspeitos, dos personagens agirem como se estivessem em um filme, mas em matéria de estrutura cinematográfica há poucas referências e brincadeiras. Acredito que o motivo para isso seja o fato de que Pânico 6 não tem material para trabalhar. O 1 zoava os slashers, o 2 as convenções das continuações, o 3 o fechamento de trilogias, o 4 a onda de remakes, o 5 as “requels”, em que se continuava o original, o homenageando e remakizando enquanto insere novos elementos para continuações, geralmente ignorando outras continuações (Massacre da Serra Elétrica 3D, Pequenos Espiões 4, Halloween 2018, Exterminador do Futuro, Jurassic World, Jigsaw, Star Wars 7). Entretanto, observando essa lista, logo vemos que praticamente todos eles naufragaram e foram descartados. Assim, Pânico 6 possui um material limitadíssimo para se referenciar. Temos Star Wars 8 e as quebras de expectativas e convenções, além de remakizar elementos da continuação original (algo que até acontece neste Pânico 6), algo que em certa medida também acontece na continuação do Halloween 2018 ou no segundo Jurassic World. A verdade é que Pânico 6 ainda mantêm a franquia em alto nível, algo notável para 6 filmes (e uma série). Outras franquias que chegaram em tal número tiveram dois, três ou até mais episódios pavorosos de ruins. E, convenhamos, Pânico é a única franquia que tem salvo conduto para escrachar e se tornar apelativo. Se Pânico 7 se chamar “Pânico... No Espaço” não seria de todo ruim, pois prontamente seria apontado que a franquia estava desandando e por isso começou a apelar para subterfúgios narrativos absurdos. De bom temos também que o fan service agrada, beirando até o exagero na cena do museu da franquia. Mas, a parte 5 tinha uma coisa boa, que era se passar em Woodsboro e por isso tinha mais vibe da franquia, enquanto esse aqui se afasta um pouco por alguns momentos Também achei a cena do metrô meio estranha, por que não pegaram táxi ou invés de adentrarem em um metrô lotado durante o Halloween? Por fim, minha aposta para a subversão do próximo filme é que o assassino vai sobreviver no final. Não consigo pensar em mais nada que essa franquia não tenha feito para subverter e acredito que ela está se tornando sem graça. Não há mais caminhos para se seguir, por melhor que Pânico 6 tenha sido, é um filme pálido. Acredito que em breve teremos os filmes de Pânico mais absurdos e apelativos, se a franquia não se findar na conclusão dessa trilogia.
Como dito no comentário abaixo, o filme apenas se transveste de musical, quando, na verdade, são realmente elementos figurativos e mal alocados. Por mais que a proposta do filme seja a de resgatar (ou homenagear) os musicais da velha Hollywood, continuo confuso em relação a essa proposta. Os musicais são meu segundo gênero cinematográfico preferido (atrás apenas do terror). E estava ansioso para assistir essa daqui. Mas, como falei, fiquei confuso quanto a proposta. Não consegui identificar se a ideia era soar como um filme musical dos anos 1940/1950 ou se a ideia era trazer os musicais para a atualidade em questão de estilo cinematográfico. O Artista, por exemplo, tenta emular o estilo dos anos 1920 em todos os tons cinematográficos, incluindo narrativos, de condução, etc. Já La La Land não investe muito no estilo musical antigo, possuindo elementos narrativos e cinematográficos por demais atuais, principalmente na segunda metade. O início do filme até emprega bem as cores fortes, os personagens com sonhos, as locações que parecem cenários, mas tudo isso logo é abandonado e o filme deixa o tom de musical de lado. A verdade é que o filme não soa como um musical, e acho que o que expus acima é grande parte do motivo. Os musicais antigos até possuiam aquele problema de abandonar um pouco as músicas e números no terceiro ato para focar no desenvolvimento e clímax, mas aqui o tom de musical é abandonado bem antes, sumindo com os elementos dos musicais logo após a primeira metade do filme e adotando o tom de um filme de drama/romance. Talvez se as músicas tivessem sido mais memoráveis também, eu poderia ter gostado mais, mas são bem esquecíveis. Enfim, acho uma afronta que esse filme tenha sido realmente levado a sério como melhor filme no Oscar. A Academia parece apenas itneressada em premiar filmes que homenageiam o cinema (ou que afirmam ter esse intenção, como foi o caso aqui). Mas, de toda forma, até achei um bom filme porque a história é boa (a questão do Jazz e de revisitar e modificar o passado para traze-lo para novas audiências, por exemplo), os personagens são interessantes, a fotografia e os outros aspectos são bons. O principal problema é mesmo que o filme falha miseravelmente em sua proposta de filme musical. Nota: 8.1.
Alguns anos atrás começou a popularizar bastante diversos memes relacionados a esse filme. E, curiosamente, de cenas e falas aleatórias e que em sua maioria nem envolviam (pelo menos na minha opinião) momentos realmente marcantes do filme e por isso, apesar de ter assistido Meninas Malvadas várias vezes na época do lançamento, nem reconheci que os memes vinham daqui (às quartas usamos rosa ou 03 de outubro, por exemplo). O filme é um coming of age que retrata a época atual (e não o passado, algo comum) e que avalia e parodia bem estereótipos adolescentes. Entretanto, acredito que o terceiro ato extrapola um pouco no humor de exagero (a cena da briga generalizada, por exemplo). A cena do ônibus é um grande momento pela brincadeira da narração que ela envolve, ou mesmo pelas consequências se o fato narrado realmente tivesse acontecido (e lembrava dela com clareza por causa do jump scare). Temos um personagem homossexual infelizmente um pouco desperdiçado pelos motivos de personagens assim ainda estarem caminhando para retratações mais cuidadosas (ou seja, essa questão está mais relacionada ao contexto da época). Confesso que não gosto do personagem do diretor, não sei se foi culpa do ator, mas não consegui entender qual o tom dele. Mas, apesar disso, o humor de forma geral é muito bom. Curioso também apontar como o foco fica na escola, temos poucas cenas dos pais da protagonista. Nota: 8.4.
O primeiro ainda possuia de fundo uma ideia de paródia e um quase foco no humor, com cenas meio toscas e de baixo orçamento e exageros (na física e nas questões históricas) que exigiam muita suspensão da crença. Já esse segundo filme é melhorzinho, se leva mais a sério, possui melhor orçamento e é mais sólido. Evolui o protagonista ao invés de ser apenas uma mera continuação remakizada. O problema é que ao abandonar de vez o tom do primeiro e colocar em noss protagonista mais segurança e habilidade, acaba por virar apenas uma cópia pálida de Indiana Jones, sem os elementos que o distanciavam (ligeiramente, é verdade) do filme dirigido por Spielberg. Algumas conveniências de roteiro incomodam e pouco acrescentam (a questão do pai do protagonista), mas o filme é até assistível, possuindo um humor que funciona e algumas cenas de ação aceitáveis. Nota: 7.0.
Ia reclamar que a narração é intrusiva pro demais, mas, convenhamos, o narrador é um personagem na trama, atuando inclusive como Deus Ex-Machina. Isso gera alguns bons momentos, inclusive o que questiona a ausência do Brendan Fraser (essa piada marcou minha infância kkkkk). Acreditei que tivesse assistido esse filme mais vezes, mas revendo agora reconheci pouquíssima coisa, ao contrário do primeiro, do qual lembrei de bastantes cenas. O principal problema é que segue a sina das continuações de remakizar os filmes anteriores. Se eu já considerei o terceiro ato do primeiro filme cansativo pela repetição, que dira acompanhar uma história com o mesmo tipo de piada envolvendo o narrador e quebras da quarta parede mas que, não só isso, trás de volta OS MESMOS VILÕES do primeiro filme, que voltam sem evolução de personagem, tentando executar O MESMO PLANO do filme anterior; Simplesmente cansativo. Nota: 6.5.
Canastrice patriota tosca repleta de furos (a típica cena do herói derrubando o helicóptero com tiros de escopeta, enquanto miraculosamente não toma nenhum tiro). Foi lançado por aqui como continuação do filme Warbus, embora não possua nenhuma relação além da coincidência do uso do ônibus durante a guerra. Apesar de tosco e politicamente engajado no patriotismo furado, o filme consegue ser divertido em seus exageros e na sua tentativa de soar épico. Nota: 5.7.
Isso daqui é memória desbloqueada de altíssimo nível. Assisti muito os dois primeiros filmes live action do Gasparzinho (que eram bons), mas esse daqui devo ter visto só uma vez na infância. Não alcançou a mesma fama dos outros dois e por isso quase não é comentado, a ponto de eu mal lembrar que existia até topar com a fita anunciada na internet, a qual prontamente comprei para reassistir. E, apesar de lembrar vagamente do quanto a Hilary Duff está carismática aqui, não me lembrava de absolutamente nada além disso. No geral o filme não engrena, sendo bem morno e aquém dos outros dois, sendo o ponto alto a cena final, que seria ótima se não fossem os efeitos especiais ruins. Sinceramente, o quanto o orçamento caiu fica refletido nos efeitos, ainda mais se considerarmos que o protagonista é digital e os efeitos são super importantes aqui. O vilão fazendo cosplay de Vicent Price é meio ruim também. Nota: 6.6.
Bom Deus. Depois de assistir ao filme percebemos com clareza o quanto as reclamações sobre o casting de Halle Bailey eram racistas. Não era meu objetivo original comentar sobre isso aqui, mas é escancarado o quanto a Ariel ser ruiva não tem interferência nenhuma para o sentido da trama. E, no final Halle Bailey atuou de forma excelente, ainda mais considerando que estava contracenando e cantando com efeitos de CGI. Mas, apesar disso, continuou achando péssima essa ideia da Disney de remakizar seus filmes em live action e não assisti quase nenhum. Mas, nesse daqui, identifiquei mais erros que acertos. Gosto bastante das músicas do original e ouvi-las aqui é ótimo. Os acréscimos ao roteiro são acertados e complementam ou atualizam bem a narrativa (embora a nova música adicionada seja inútil e descartável). Mas, no geral, acertam nessa questão. Em resumo, até consegui curtir esse daqui, mas continuo não vendo sentido nessa onda de remakes. Nota: 7.6.
Vale pelas músicas e pelos artistas que aparecem, além dos atores terem o timming certo para a comédia. Mas, um filme não se sustenta apenas nisso. No geral, curto bastante a experiência de assistir esses musicais brasileiros antigos, mas este daqui não me pegou. Deve ser porque mal temos um fiapo de história aqui, apenas situações militares uma atrás da outra. A ideia de fazer um musical nesse ambiente é boa, mas o roteiro é apenas isso e nada mais. Nota: 6.7.
Ética passa longe aqui. Toda auqela questão de hipnose, ou ética paciente e psicólogo, etc. Curioso, achei que antigamente as pessoas tinham mais respeito pelas outras... ou, talvez, eu esteja levando a sério demais um filme de comédia descartável lançado mais de 80 anos atrás. O que importa é que os números musicais são bons e o filme diverte de modo geral com suas situações de comédia. Nota: 6.9.
Embora não seja meu preferido da atriz, esse é o filme da Deanna com a maior nota no IMDB. E o motivo é que a comédia realmente funciona, naquelas criações de humor de situações e enganos típicas da época. Também acredito que seja pela enorme química entre a atriz e o ator Charles Laughton (ótimo ator, diga-se de passagem), química esta que sobrepõe até mesmo a de Deanna com o co-protagonista. Revendo agora, sinceramente, torci para Deanna terminar casando com o personagem do Charles, abandonei preconceitos de idade, os dois possuiam muito mais qúimica e deviam ter ficado juntos kkkkk. Fora que o co-protagonista é bem sem graça. Inclusive, o triângulo amoroso dele, Deanna, e a verdadeira esposa é um ponto interessante, pois foge do convencional em colocar a opositora de Deanna como uma megera, o que funcionaria como solução fácil. Enfim, como sempre esperamos dos filmes da Deanna, temos boas músicas (embora nenhuma canção de ópera) e boa comédia, apesar de eu achar o final um pouco abrupto. Nota: 8.8.
É por isso que por pior que eu filme esteja, sempre devemos continuar assistindo até o final. O Click começa muito mal, com piadas toscas por demais (algumas até meio datadas), aquele humor típico de tio do pavê que o Adam Sandler faz e que, se não tem graça nas festas de família com nossos tiozões, por qual motivo teriam graça em um filme. Algumas até arrancam uns sorrisos, mais pela tosquice do que por qualquer outro motivo. Entretanto, a segunda metade do filme, embora ainda mantenha um pouco desse humor ruim, evolui gradativamente a história a um ponto tocante e repleto de ensinamento, que um telespectador que tenha desistido no meio da produção acabará por perder. Eu assistia muito esse na minha pré-adolescência. A premissa, exposta no trailer, foi o principal chamariz para o sucesso desse filme, chamando atenção do público pela ótima ideia. E, se no geral, boas premissas rendem execuções medianas, aqui temos uma surpreendente exceção à regra. Convenhamos, se trata de um filme de comédia do Adam Sandler e, mesmo assim, é dedicado tempo para explicações convincentes relativas à mecânica do controle remoto universal. Por exemplo, a questão que envolve o protagonista durante o tempo em que ele está sendo “adiantado” ou avançando as cenas, algo que comumente não seria explicado, mas é gasto um tempo ensinando a mecânica da situação e explicando que o protagonista está no “piloto automático”. E, quantos de nós já não entramos no piloto automático, sendo em aulas, trabalho, trajetos de ônibus ou a pé, ou diversas atividades que já exercemos tanto que ficamos abstraídos das mesmas. E, a medida que o filme e o tempo avança, o filme começa a ficar mais denso, mais triste. As lições de vida começam a ficar mais amplas, funcionando para as pessoas no geral e não só para o homem-médio norte-americano pai de família, como estava sendo no início do filme. O filme fica mais tocante, incluindo a dramática sequência climática na chuva, em que percebemos que mesmo sendo uma comédia tosca, o filme trás a mensagem de que não devemos pular as coisas simples que nos incomodam, mas sim vivê-las e torna-las algo melhor, do contrário, viveremos a nossa vida no piloto automático e, quando percebermos o que perdemos, já será tarde demais para voltar atrás. Gosto também que o filme tem alguns paralelos interessantes nos nomes, como Newman (foreshadowing para o final) ou Morty. No fim, é surreal a diferença de tom (aliás, do filme como um todo) entre as duas metades do filme, é quase como se cada metade tivesse sido feita por realizadores completamente diferentes. Nota: 8.4.
Humor e piadas... Isso não é um filme de super-herói, é um filme de comédia fantasiado de super-herói. Quase todas as cenas são construídas em torno de piadinhas, os poucos momentos que se fala a sério consistem nos momentos em que a trama em torno do mistério do surfista é construída, embora quase sempre terminem em outra piadinha. Sério, nem os atuais filmes do UCM, famosos pelo uso exacerbado de piadas, chegam perto da quantidade de humor contida nesse filme. E o pior é que apenas uma ou outra são realmente boas. Uma das únicas cenas que os personagens falam a sério é até boa, quando o Tocha pergunta para o Coisa onde ele gostaria de passar os últimos momentos, sendo a cena logo estragada por mais uma piadinha fora de hora. Eles também tentaram corrigir a questão que algumas pessoas reclamaram, da pouca ação no primeiro filme. E, para isso, tentaram inserir uma cena de ação completamente inútil, sem graça e descartável para a trama, que é a cena da roda gigante. Lembro que quando assisti quando era criança até gostei e revi algumas vezes, mas estava no limiar entre gostar e achar uma chatice, principalmente por não gostar muito da sequência final. Revendo agora até não achei tão ruim, apesar de que o desfecho do Surfista Prateado é super tosco.
Se ele tinha aquele poder todo, por qual motivo não deu cabo do Galactus antes? Tá certo que ele corria o risco de morrer junto no processo, mas parece uma morte digna, melhor do que ser um dos responsáveis pela morte de milhões.
Enfim, ligeiramente inferior ao primeiro, que pelo menos era assistível, enquanto este aqui é apenas irritante. Nota: 6.7.
Este até fez um certo sucesso na época de seu lançamento, embora atualmente esteja bem esquecido. É uma espécie de new slasher, que começa como Carrie, A Estranha mas, sendo um filme pós 2000, resolve não investir muito tempo no desenvolvimento do Bullying e logo se transmuta em um Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado. Até a morte do Roger (o personagem Nerd), o filme prometia seguir uma linha mais ousada na questão do Slasher do que Eu Sei o que Vocês Fizeram. Entretanto, após isso, o filme abandona a ideia das mortes uma a uma e foca mais nos medos e na obsessão da garota com o professor, fazendo o filme perder um pouco o ritmo e o interesse, desbocando num final não muito satisfatório. Em resumo, bom primeiro ato, dá uma caída no segundo e despenca no terceiro. Mas acaba sendo um bom exemplar se você gostar do subgênero. Nota: 7.2.
José Mojica Marins é visionário. Começou aqui uma longa tradição dos filmes de terror em ressucitar seus vilões de forma absurda para podermos ter a continuação, tradição que Michael Myers e Jason Vorhees seguiriam. Quase tão bom quanto o primeiro. O maior problema é manter a sina das continuações e remakizar quase por completo o primeiro filme. Trás, claro, algumas situações adicionais, como a "versão feminina" do Zé, além de termos uma produção melhorada por um maior orçamento oriundo dos lucros do primeiro filme. Grande parte dos meus comentários ao primeiro filme são pertinentes aqui, como a atuação teatral e exagerada (repleta de gritos do Zé do Caixão), o título sonoro, um bom pôster, o gore explícito para a época, etc. Até a cena de clímax possui semelhanças. Já a cena final, infelizmente, foi dilacerada pela Ditadura Militar, que modificou o final em que
Zé do Caixão continua convicto em suas ideias atéias, gerando uma cena bizarra em que o protagonista aceita à Cristo em seu leito de morte, totalmente incondizente com o personagem e sua construção.
Acredito que por remakizar o plot do primeiro filme, a produção atinge em determinado ponto um tom um pouco repetitivo, que é quebrado pela melhor cena da trilogia, a cena que se passa no inferno e que, apesar de pouca função narrativa, possui tal dose de violência e atrocidades que deve ter impressionado por demais as pessoas na época. Nota: 8.9.
Stalker
4.3 503 Assista AgoraComeça interessante. As sequências que envolvem a tentativa de chegada na Zona compõe boa ação. As tramas que envolvem a natureza do Stalker e da Zona também despertam o interesse pela sua originalidade (trama esta baseada no livro). Mas, depois da cena do sono (a que os personagens se deitam e começam a divagar) o filme entre numa espiral de lentidão. Essa cena, em específico, parece ter sido planejada para fazer dormir, não tem condições. Essa ausência de ritmo é perdoável pois é o que se espera de um filme do diretor, compromissado com a arte e não com a opinião do público médio. Mesmo assim, em alguns momentos, pode até agradar esse público, pela fotografia interessante nos vários cenários curiosos da Zona. Até gosto da sequência final, apesar de toda a situação ali (envolvendo bombas, etc) soar bem artificial, incluindo o diálogo e interação entre os personagens nesse último trecho. Ou, talvez, eu não tenha a sensibilidade para perceber qual o significado por trás do Quarto.
Nota: 7.8.
Clube da Luta Para Meninas
3.4 231 Assista AgoraQueria entender o estranho fenômeno que filmes beeeeeeem medianos tem tido adoração massiva da crítica. Não que os críticos só devam aplaudir filmes de Cannes, mas, desde Vingadores (2012), filmes com roteiros canhestros têm pontuações altas dos críticos. Despertar da Força, quase todos os filmes da primeira fase dos Vingadores, vários filmes da Pixar, Noites Brutais, Pânico 5, etc. São todos filmes com roteiros fracos, carregados de clichês, falhas graves ou conveniências que normalmente seriam abatidos pela crítica especializada. Bottoms entra para essa lista.
Até considerei o humor do filme acertadinho no geral, e alguns pontos relacionados à dinâmica adolescente ou feminista ou LGBT são pertinentes, mas o filme, que vinha se conduzindo razoavelmente bem, abraça um
final baseado no besteirol e no absurdo, fugindo completamente do tom mais "pé no chão" do resto do filme. Sim, possuia alguns exageros nos dois primeiros atos (o jogador de futebol, por exemplo, é irreal, mas o é por ser uma caricatura). O resto do filme atinge o irreal quando o utiliza para fins de humor, o que é diferente de subverter a própria estrutura narrativa apenas no último ato e o tornando pouco condizente com o resto da produção.
Nota: 7.2.
Os Reis do Iê Iê Iê
4.1 270Por qual razão esse filme é tão badalado e está nos 1001 filmes para ver antes de morrer? Até entendo a febre na época, mas permanecer badalado atualmente é meio confuso para mim. Tá certo que consideram que teve alguma importância na popularização da ideia de videoclips, mas o filme em si não é esse clássico todo... e olha que Beatles é a melhor banda de todas na minha opinião. As músicas e clips são legais, incluindo a clássica abertura dos Beatles correndo das fãs. Mas as piadas são bizarras, a maioria soa como piada interna ou de improviso, enquanto umas são tão ruins que são boas. Legal ver o John completamente à vontade, improvisando brincadeiras e piadas sem sentido. A parte do George na revista é non sense, sendo a melhor parte aquela que foca no Ringo (e de onde vem a melhor piada do filme, envolvendo as poças de água). Inclusive, o próprio ritmo do filme dá uma mudada quando foca no Ringo. Plot caótico (quase inexistente), humor e alguns clips (como do Can't Buy Me Love) improvisados e mesmo assim gerou um filme até bom e com status de clássico. Realmente, tudo que os Beatles tocavam virava ouro.
Nota: 8.2.
A Maldição de El Charro
1.8 29Bem fraco. É um slasher que não sabe explorar os temas. Possui um fundo meio religioso, mas demora demais para começar. Os dois primeiros atos são preenchidos com pouca coisa, só aqueles mesmos velhos adolescentes de sempre enquanto enfia alguns flashbacks e lendas para tentar manter a história. Aí quando chega o terceiro ato, onde costuma se concentrar a maioria das mortes q que poderia coroar o filme com algumas cenas interessantes, temos as mortes mais mal executadas da história dos slashers. Quase sem gore, abruptas (ou seja, sem tensão nenhuma), offscreen e pouco criativas, e só começam a ocorrer nos útlimos minutos do filme. Um slasher que se preza guarda seu terceiro ato para a "porradaria" e perseguição e o deste, além de demorar para acontecer, não corresponde às expectativas, desperdiçando, inclusive, a sempre boa presença de Danny Trejo.
Nota: 6.4.
Crepúsculo
2.5 4,1K Assista Agora“Diga. Diga em voz alta”.
“VAMPIRO”.
Aaaaah, Crepúsculo. A saga que fez um bando de marmanjos discutirem qualidade cinematográfica e literária com um bando de adolescentizinhas emotivas e apaixonadas kkkkkkkkk. Lembro também das discussões entre os Potterheads e as crepusculetes também, mas, convenhamos, Crepúsculo não é tem 5 por cento da qualidade de HP. E é aí que está o motivo da discussão que consumia a internet naqueles tempos: a Saga Crepúsculo não é boa, mas, por motivos emotivos, foi galgada a supra sumo do cinema por uma bando de adolescentes emotivos.
Confesso, gosto desse primeiro filme. Assisti quando lançou, e achei legalzinho, apesar de não ser nada de demais. O problema foi quando passaram a idolatrar esse filme e franquia, que é inferior a praticamente todas as outras tentativas de rivalizar ou substituir Harry Potter (Maze Runner, Cidade dos Ossos, Jogos Vorazes, Dezesseis Luas, Eu Sou o Número Quatro, Bússola de Ouro, etc). Isso se tratando de filme, não li a maioria desses livros. Aí as pessoas, não compreendendo o sucesso de uma obra tão fraca, se revoltaram e entraram nas brigas de internet, o que só alavancou mais o filme.
Sobre o primeiro, temos uma trama até interessante, embora já tenhamos vários outros exemplos de romances com vampiros. Aqui é colocado o vampiro em um contexto colegial, em um romance com uma garota vazia, com a qual o público pode facilmente se preencher no lugar dela em busca de seu “príncipe encantado”. Sim, apesar de ser uma criatura das trevas, Edward é preenchido com os modos e porte de príncipe com uma “fera” interior (e, não é a toa, o nome da protagonista é Bella). A forma mais contida que o filme se conduz é interessante. Os vilões até dão conta do recado (apesar de mudada de lado de um deles, que não tem o menor sentido) e as músicas são boas (algo que acho que todos concordam).
Além disso, por mais que algumas pessoas reclamem que Edward “não é um vampiro” ou o fato dele se relacionar com uma humana, a verdade é que tais elementos já são frequentes na mitologia dessas criaturas. Sugar sangue, agilidade, charme, etc. A maior mudança é mesmo a questão do sol, mas um ponto não desconfigura a criatura por completo. Os bruxos de HP não são menos bruxos por não terem verrugas no nariz. As fraquezas como alho, cruz, etc, não são citadas aqui, se bem me recordo, mas poderiam ser adições interessantes para consagra-los como integrantes da mitologia dos vampiros. Entrevista com o Vampiro, por exemplo, tem criaturas semelhantes com as daqui.
O ponto de serem vampiros vegetarianos também não é um problema, Buffy tem vampiros assim, por exemplo. O problema é que, diferentemente do que acontece em Buffy, aqui não temos maiores explicações do motivo de seres sem alma decidirem serem bonzinhos ao invés de cederem aos seus demônios internos. Pessoas vegetarianos optam por serem vegetarianas por diversos motivos, como por exemplo empatia. Vampiros não tem empatia. Talvez no universo de Crepúsculo alguns a tenham, mas o que garante que todos que serão transformados a terão? Não é arriscado que o Carlisle fique transformando gente assim? Quem ele decide transformar? Não sei se são explicações que estão no livro, mas eram necessárias no filme, que fica muito mal explicado em diversas questões.
E, apesar de gostar do filme como um todo, temos diversos problemas no roteiro. Já apontei a ausência de explicações na questão dos vegetarianos e o vilão que muda de lado do nada, mas o filme possui também diversos probleminhas na sua trama.
A Bella não tem personalidade. Não é culpa da atriz. Aliás, ainda acho que nesse primeiro as atuações não estão realmente ruins, estão ok e só. Mas, não só a Bella, a personalidade do Edward é ser um drama queen insuportável e só. Se fosse feio a Bella não daria a mínima para um cara tão chato “ponto”. Outro problema é que a construção do romance dos dois não é tão boa. Algo que não seria tão ruim, mas um trata o outro como o amor da vida sem nem ter isso construído muito bem. “Ah, são adolescentes, adolescente é emocionado assim mesmo”. Bom, Edward, se bem me lembro, tem mais de 100 anos. Mas, realmente, ele age como adolescente a maior parte do tempo, mesmo sendo centenário.
E aqui tem outra pequena estupidez. Qual o sentido de ficarem repetindo eternamente o ensino médio? Quero dizer, eles acabam tendo que se mudar de 3 em 3 anos por conta disso. Uma hora as opções de lugares que não tem sol vai se esgotar. E, eles mudam de lugar de 3 em 3 anos, então devem ter documentos falsos, não? Ou eles mantem os mesmos documentos e mesmo assim conseguem ficar se matriculando de 3 em 3 anos? O Edward chama Edward mesmo? Robert Pattinson já tinha mais de 20 anos quando fez Crepúsculo, qual a dificuldade da família dele se passar por jovens adultos e não terem que ficar repetindo Ensino Médio e com isso se mudarem a toda hora?
Outra coisa super confusa está na sequência final. Ela é até boa, mas não entendi o conceito. Aparentemente as presas dos vampiros tem veneno e por isso as pessoas mordidas viram vampiros também. Até aí tudo bem. Mas, qual o sentido do Edward, que também é vampiro, chupar o sangue da Bella para retirar o veneno? Não acabaria envenenando ela também O veneno está nas presas e só sai com a mordida? Ele sugou o veneno com os lábios?
Por qual motivo Bella é tão popular? Não estou pedindo que seja um daqueles coming of age dramáticos que todo mundo quer fazer bullying, mas ela chega na escola e todos os garotos querem ficar com ela, todas as garotas querem ser como ela, querem até escrever uma matéria sobre ela. Essa questão foi muito mal dosada. Aliás, esses amigos de escola não acrescentam nada e mal possuem personalidade ou conflitos, e isso só vai piorando nas continuações. A cena que a Bella magoa o pai é forçada também.
Por enquanto, vou me abster de comentar o quanto essa franquia tem flertes com conservadorismos e machismos, e, ironicamente, fez os sucessos das garotinhas. Talvez comente mais sobre isso no Lua Nova.
Aliás, apesar de óbvia e quase exagerada, gosto da fotografia dessaturada e esverdeada do filme.
A verdade é que o primeiro filme até tenta ser uma boa produção, mas esbarra em questões de escrita e construção de personagem. Como não li o livro, não sei se esse problema vem de ser um livro mal escrito, ou de o roteiro ser mal adaptado. Algum dia, que eu tiver bastante tempo sobrando, pego o livro para descobrir, afinal, o motivo não importa, o roteiro tem mesmo diversos problemas.
Nota: 6.8.
P.S.: Achei o badalado “baseball vampiro” bem fraquinho e sem graça.
O Espelho da Bruxa
3.5 18 Assista AgoraSei que são poucos votos, mas achei a nota bizarramente alta, e olha que eu gosto de um baixo orçamento obscuro, antigo, e feito fora dos EUA.
Enfim, odeiam quando reclamam genericamente aqui nos comentários de um filme ser "sem pé nem cabeça", mas, pela primeira vez, vou ter que utilizar esse termo. O filme não tem pé nem cabeça. A tentativa de retratar ocultismos e bruxas talvez até tenha sido assustadora na época, mas é fraca. O marido é o principal culpado e adúltero, mas é na amante que a vingança é dirigida? Sem sentido, talvez algum machismo, sei lá. E do nada o cara é um cientista louco, algo jogado no meio do filme. Fora que a ambientação em um castelo é legal, mas não consigo enxergar como um cenário orgânico em relação aos personagens ali retratados. E, como apontaram em comentário abaixo, tem semelhanças com Olhos Sem Rosto.
Nota: 6.6.
Luccas Neto em: O Meu Aniversário
2.9 1O bom desse aqui é que o clímax não é uma gincana que eles gravaram aleatoriamente. Mas, tenho que admitir, rachei na cena que eles tinham que descer de um prédio e convenientemente tinha um equipamento de escalada segura do lado deles. Os filmes infantis hoje em dia não permitem mais que os personagens enfrentem aventuras como descer de um edifício sem o equipamento de segurança.
Enfim, esse é um dos melhores do Luccas. Não é continuação, como estava no padrão, tem uma tramazinha (simples, mas tem) e que não é, no princípio, tão óbvia, apesar de continuar com muitos problemas, como as cenas longas e repetitivas que se acham engraçadinha e em que pouca coisa acontece (como a cena das trapalhadas dos vilões no Iate), algo frequente em todos os filmes do Luccasverso. Além disso, a fórmula de dois vilões, um bobão e outro esperto já cansou dois anos atrás. Pelo menos esse daqui tem a melhor cena de todos os filmes do Luccas, que é a cena da seria.
Nota: 6.4.
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista AgoraSempre achei interessante a indústria pornográfica, principalmente as histórias de bastidores e os filmes nos primórdios desse gênero, que sempre combatiam questões de moral e costumes, expunham hipocrisias, ao mesmo tempo em que também representavam abusos e danos psicológicos nos envolvidos em sua produção. Assim, um filme sobre o assunto, ambientado nos anos 1970 e início dos anos 1980 já me interessava por si. A própria época, de mudança para o mercado de vídeo (e no modo de produção e história também) já seria interessante (e é retratada aqui).
Boogie Nights é interessante também por possuir duas metades que parecem dirigidas por duas pessoas diferentes. Os anos 1970 são retratados como dionísicos, repletos de festas, cores, e exageros, enquanto o dinheiro da indústria pornográfica jorra e cria novas lendas e ricaços nesse gênero. Entretanto, o filme toma como ponto de partida para mudar completamente de tom
exatamente a virada de década, possuindo como símbolo disso o suicídio de um dos personagens. O personagem havia passado anos suportando as traições, mas foi só entrar os anos 1980 e algo que era visto quase como brincadeira atinge tom de seriedade, como grande parte das demais subtramas do filme. A partir daqui, é retratada a decadência dos personagens, enquanto buscam se reerguer e se reestabelecer, buscando adaptar suas naturezas aos novos tempos.
Apesar de tudo isso, fiquei em dúvida se dava quatro estrelas ou quatro estrelas e meia. O principal problema do filme é que ele parece um conjunto de contos pouco amarrados entre si. Os pais do protagonista jamais são citados de novo (existe uma cena retirada envolvendo eles), o suicídio, apesar de um símbolo da nova era, não parece afetar tanto os personagens assim, que jamais o citam de novo. A questão da indústria de vídeo, que é apresentada como um grande erro do diretor de filmes em não aceita-la, mas esse não aceite logo perde relevância.
Outro ponto está na retratação bucólica da indústria pornô (problema semelhante de Era Uma Vez em Hollywood). Talvez até existissem diretores bonzinhos como o do filme na indústria, mas ignorar os abusos que ocorriam, principalmente relacionados a atrizes, é meio estranho. Talvez apenas uma menção de acontecimentos do tipo já seria suficiente. Também não entendi o furor pela atuação do Mark Wahlberg, que concorreu a prêmios. Achei a atuação dele boazinha e só. Em matéria de atuações, aliás, nenhuma se destacou muito na minha opinião.
No fim, gostei bastante pelo tema, que é algo de meu interesse, e pela forma curiosa como foi executado, divido entre dois filmes com tons diferentes, além de remeter ao estilo tarantinesco, comum aos anos 1990. Mas, no final, isso não foi suficiente para me fazer deixar de incomodar com os problemas acima apontados.
Nota: 8.4.
O Chapeleiro do Mal
1.1 37 Assista AgoraDa série "filmes que estavam há muito tempo na minha lista e só fui assistir porque ia sair do catálogo".
O filme começa até muito bem, com edição, fotografia, figurino, climatização, etc bem interessantes e diferente do comum. Maslogo chegamos no segundo ato e o filme não consegue mais disfarçar seus problemas, caindo em clichês, atuações ruins (principalmente a do protagonista sem graça) e cenas pouco inspiradas. Por exemplo, a ausência de referências à Alice no País das Maravilhas, que justifiquem o vilão do filme ser uma referência ao Chapeleiro Maluco. Ou a velha trama de traumas passados atingindo os personagens e o fato de eles terem que lutar contra esses traumas. Enfim, o filme pareceu ter bastante potencial no início, mas decaiu bastante ao longo da projeção.
Nota: 6.5.
Pânico VI
3.5 798 Assista AgoraPSICOSE II É SUBESTIMADO.
É superior à misteriosamente badalada parte 5. E, confesso que revendo o filme, ele melhorou em vários pontos, embora tenha sofrido uma queda em alguns outros. Mas, como a franquia Pânico é basicamente a ideia de discutir a narrativa enquanto a subverte clichês ou os mantêm, é melhor marcar o comentário todo como spoiler de uma vez
Primeiro, gostaria de falar sobre a cena inicial. A franquia sempre se esforçou em criar cenas inicias que buscam quebrar a expectativa, desde o seu primeiro filme, e a deste daqui está entre as melhores. Minha aposta para essa continuação é que eles buscariam subverter a trama, e havia duas formas que eu pensava que poderiam fazer isso: 3 assassinos ao invés do padrão de 2, ou algo mais ousado, que seria revelar um dos assassinos no meio do filme, subvertendo a fórmula narrativa. E, bom, meio que eu acertei no primeiro ponto e levemente no segundo, mas, mesmo assim, a cena inicial não deixa de ser uma boa subversão.
Enquanto eu revia, percebi que o plot realmente deixa algumas pistas e continua fazendo sentido de modo geral ao se ver pela segunda vez. Não é como a parte 5, escancarada de conveniências e furos embolados em uma trama clichê (tenho certeza que se eu rever abaixarei a nota). Por exemplo, a forma como a Quinn incentiva a protagonista a ter um caso com o vizinho, de forma a termos mais um suspeito, assim como em Pânico 2 o namorado de Sidney era um dos principais suspeitos. Mas, o que realmente me fez suspeitar dela primeiro foi ela falar do pai superprotetor, mas que deixa a filha morar com uma pessoa que supostamente tinha matado alguém, ou que poderia ser alvo de um novo ghostface.
Aliás, os culpados desse filme foram para mim um pouco óbvios, talvez os que melhor saquei ao longo da franquia. Exatamente pelo motivo que a parte 5 era uma “requel”, remakizando e continuando o original, portanto a parte 6 o faria em relação ao segundo Pânico. E, em Pânico 2, temos como culpada a mãe do culpado do filme anterior e (se bem me lembro) um dos novos adolescentes colega de faculdade, quase exatamente como aqui. E, como Quinn falou que tinha perdido um irmão, a conclusão parecia apontar exatamente para isso. E, como Quinn não teve sua morte on screen, parecia ser essa a conclusão. Só fui surpreendido om o irmão dela, pois era o clássico suspeito óbvio, mas se percebermos bem, vamos ver que exatamente por isso os culpados tentam o tempo todo fazê-lo parecer menos suspeito (como, por exemplo, na cena do metrô).
Claro, isso não enfraquece tanto o filme de modo geral, mas, sob uma outra perspectiva, acaba por não soar tão bom assim. Digo, a parte 5 era pouco criativa, mas não se envergonhava disso e bradava incessantemente estar revisitando o filme original. Já aqui, curiosamente, não temos em nenhum momento a afirmação de que estamos revisitando a parte 2, mesmo que se passe numa universidade, tenha culpados relacionados aos do filme anterior e inclusive falas sendo homenageadas (sobre a citação literal no livro da Gale). Ou seja, o filme, estranhamente, se acovardou ao se estabelecer como um reimaginação da parte 2, algo que não tem sentido em uma franquia metalinguística e que sempre expôs suas limitações e clichês em tom de brincadeira.
E, falando em metalinguagem, esse é o filme da franquia que menos a possui, e esse é seu ponto mais negativo na minha opinião. Bom, até temos aquela história de suspeitos, dos personagens agirem como se estivessem em um filme, mas em matéria de estrutura cinematográfica há poucas referências e brincadeiras. Acredito que o motivo para isso seja o fato de que Pânico 6 não tem material para trabalhar. O 1 zoava os slashers, o 2 as convenções das continuações, o 3 o fechamento de trilogias, o 4 a onda de remakes, o 5 as “requels”, em que se continuava o original, o homenageando e remakizando enquanto insere novos elementos para continuações, geralmente ignorando outras continuações (Massacre da Serra Elétrica 3D, Pequenos Espiões 4, Halloween 2018, Exterminador do Futuro, Jurassic World, Jigsaw, Star Wars 7). Entretanto, observando essa lista, logo vemos que praticamente todos eles naufragaram e foram descartados. Assim, Pânico 6 possui um material limitadíssimo para se referenciar. Temos Star Wars 8 e as quebras de expectativas e convenções, além de remakizar elementos da continuação original (algo que até acontece neste Pânico 6), algo que em certa medida também acontece na continuação do Halloween 2018 ou no segundo Jurassic World.
A verdade é que Pânico 6 ainda mantêm a franquia em alto nível, algo notável para 6 filmes (e uma série). Outras franquias que chegaram em tal número tiveram dois, três ou até mais episódios pavorosos de ruins. E, convenhamos, Pânico é a única franquia que tem salvo conduto para escrachar e se tornar apelativo. Se Pânico 7 se chamar “Pânico... No Espaço” não seria de todo ruim, pois prontamente seria apontado que a franquia estava desandando e por isso começou a apelar para subterfúgios narrativos absurdos.
De bom temos também que o fan service agrada, beirando até o exagero na cena do museu da franquia. Mas, a parte 5 tinha uma coisa boa, que era se passar em Woodsboro e por isso tinha mais vibe da franquia, enquanto esse aqui se afasta um pouco por alguns momentos Também achei a cena do metrô meio estranha, por que não pegaram táxi ou invés de adentrarem em um metrô lotado durante o Halloween?
Por fim, minha aposta para a subversão do próximo filme é que o assassino vai sobreviver no final. Não consigo pensar em mais nada que essa franquia não tenha feito para subverter e acredito que ela está se tornando sem graça. Não há mais caminhos para se seguir, por melhor que Pânico 6 tenha sido, é um filme pálido. Acredito que em breve teremos os filmes de Pânico mais absurdos e apelativos, se a franquia não se findar na conclusão dessa trilogia.
Nota: 8.3.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraComo dito no comentário abaixo, o filme apenas se transveste de musical, quando, na verdade, são realmente elementos figurativos e mal alocados. Por mais que a proposta do filme seja a de resgatar (ou homenagear) os musicais da velha Hollywood, continuo confuso em relação a essa proposta.
Os musicais são meu segundo gênero cinematográfico preferido (atrás apenas do terror). E estava ansioso para assistir essa daqui. Mas, como falei, fiquei confuso quanto a proposta. Não consegui identificar se a ideia era soar como um filme musical dos anos 1940/1950 ou se a ideia era trazer os musicais para a atualidade em questão de estilo cinematográfico. O Artista, por exemplo, tenta emular o estilo dos anos 1920 em todos os tons cinematográficos, incluindo narrativos, de condução, etc. Já La La Land não investe muito no estilo musical antigo, possuindo elementos narrativos e cinematográficos por demais atuais, principalmente na segunda metade. O início do filme até emprega bem as cores fortes, os personagens com sonhos, as locações que parecem cenários, mas tudo isso logo é abandonado e o filme deixa o tom de musical de lado.
A verdade é que o filme não soa como um musical, e acho que o que expus acima é grande parte do motivo. Os musicais antigos até possuiam aquele problema de abandonar um pouco as músicas e números no terceiro ato para focar no desenvolvimento e clímax, mas aqui o tom de musical é abandonado bem antes, sumindo com os elementos dos musicais logo após a primeira metade do filme e adotando o tom de um filme de drama/romance. Talvez se as músicas tivessem sido mais memoráveis também, eu poderia ter gostado mais, mas são bem esquecíveis.
Enfim, acho uma afronta que esse filme tenha sido realmente levado a sério como melhor filme no Oscar. A Academia parece apenas itneressada em premiar filmes que homenageiam o cinema (ou que afirmam ter esse intenção, como foi o caso aqui). Mas, de toda forma, até achei um bom filme porque a história é boa (a questão do Jazz e de revisitar e modificar o passado para traze-lo para novas audiências, por exemplo), os personagens são interessantes, a fotografia e os outros aspectos são bons. O principal problema é mesmo que o filme falha miseravelmente em sua proposta de filme musical.
Nota: 8.1.
Meninas Malvadas
3.7 2,1K Assista Agora"E foi assim que Regina George morreu".
Alguns anos atrás começou a popularizar bastante diversos memes relacionados a esse filme. E, curiosamente, de cenas e falas aleatórias e que em sua maioria nem envolviam (pelo menos na minha opinião) momentos realmente marcantes do filme e por isso, apesar de ter assistido Meninas Malvadas várias vezes na época do lançamento, nem reconheci que os memes vinham daqui (às quartas usamos rosa ou 03 de outubro, por exemplo).
O filme é um coming of age que retrata a época atual (e não o passado, algo comum) e que avalia e parodia bem estereótipos adolescentes. Entretanto, acredito que o terceiro ato extrapola um pouco no humor de exagero (a cena da briga generalizada, por exemplo).
A cena do ônibus é um grande momento pela brincadeira da narração que ela envolve, ou mesmo pelas consequências se o fato narrado realmente tivesse acontecido (e lembrava dela com clareza por causa do jump scare). Temos um personagem homossexual infelizmente um pouco desperdiçado pelos motivos de personagens assim ainda estarem caminhando para retratações mais cuidadosas (ou seja, essa questão está mais relacionada ao contexto da época). Confesso que não gosto do personagem do diretor, não sei se foi culpa do ator, mas não consegui entender qual o tom dele. Mas, apesar disso, o humor de forma geral é muito bom. Curioso também apontar como o foco fica na escola, temos poucas cenas dos pais da protagonista.
Nota: 8.4.
O Guardião 2: Retorno às Minas do Rei Salomão
2.8 32 Assista AgoraO primeiro ainda possuia de fundo uma ideia de paródia e um quase foco no humor, com cenas meio toscas e de baixo orçamento e exageros (na física e nas questões históricas) que exigiam muita suspensão da crença. Já esse segundo filme é melhorzinho, se leva mais a sério, possui melhor orçamento e é mais sólido. Evolui o protagonista ao invés de ser apenas uma mera continuação remakizada. O problema é que ao abandonar de vez o tom do primeiro e colocar em noss protagonista mais segurança e habilidade, acaba por virar apenas uma cópia pálida de Indiana Jones, sem os elementos que o distanciavam (ligeiramente, é verdade) do filme dirigido por Spielberg. Algumas conveniências de roteiro incomodam e pouco acrescentam (a questão do pai do protagonista), mas o filme é até assistível, possuindo um humor que funciona e algumas cenas de ação aceitáveis.
Nota: 7.0.
George, o Rei da Floresta 2
1.9 156Ia reclamar que a narração é intrusiva pro demais, mas, convenhamos, o narrador é um personagem na trama, atuando inclusive como Deus Ex-Machina. Isso gera alguns bons momentos, inclusive o que questiona a ausência do Brendan Fraser (essa piada marcou minha infância kkkkk).
Acreditei que tivesse assistido esse filme mais vezes, mas revendo agora reconheci pouquíssima coisa, ao contrário do primeiro, do qual lembrei de bastantes cenas.
O principal problema é que segue a sina das continuações de remakizar os filmes anteriores. Se eu já considerei o terceiro ato do primeiro filme cansativo pela repetição, que dira acompanhar uma história com o mesmo tipo de piada envolvendo o narrador e quebras da quarta parede mas que, não só isso, trás de volta OS MESMOS VILÕES do primeiro filme, que voltam sem evolução de personagem, tentando executar O MESMO PLANO do filme anterior; Simplesmente cansativo.
Nota: 6.5.
Warbus 2: Ônibus de Guerra II
2.1 3Canastrice patriota tosca repleta de furos (a típica cena do herói derrubando o helicóptero com tiros de escopeta, enquanto miraculosamente não toma nenhum tiro). Foi lançado por aqui como continuação do filme Warbus, embora não possua nenhuma relação além da coincidência do uso do ônibus durante a guerra. Apesar de tosco e politicamente engajado no patriotismo furado, o filme consegue ser divertido em seus exageros e na sua tentativa de soar épico.
Nota: 5.7.
Gasparzinho e Wendy
2.5 225Isso daqui é memória desbloqueada de altíssimo nível. Assisti muito os dois primeiros filmes live action do Gasparzinho (que eram bons), mas esse daqui devo ter visto só uma vez na infância. Não alcançou a mesma fama dos outros dois e por isso quase não é comentado, a ponto de eu mal lembrar que existia até topar com a fita anunciada na internet, a qual prontamente comprei para reassistir. E, apesar de lembrar vagamente do quanto a Hilary Duff está carismática aqui, não me lembrava de absolutamente nada além disso.
No geral o filme não engrena, sendo bem morno e aquém dos outros dois, sendo o ponto alto a cena final, que seria ótima se não fossem os efeitos especiais ruins. Sinceramente, o quanto o orçamento caiu fica refletido nos efeitos, ainda mais se considerarmos que o protagonista é digital e os efeitos são super importantes aqui. O vilão fazendo cosplay de Vicent Price é meio ruim também.
Nota: 6.6.
A Pequena Sereia
3.3 527 Assista AgoraBom Deus. Depois de assistir ao filme percebemos com clareza o quanto as reclamações sobre o casting de Halle Bailey eram racistas. Não era meu objetivo original comentar sobre isso aqui, mas é escancarado o quanto a Ariel ser ruiva não tem interferência nenhuma para o sentido da trama. E, no final Halle Bailey atuou de forma excelente, ainda mais considerando que estava contracenando e cantando com efeitos de CGI.
Mas, apesar disso, continuou achando péssima essa ideia da Disney de remakizar seus filmes em live action e não assisti quase nenhum. Mas, nesse daqui, identifiquei mais erros que acertos. Gosto bastante das músicas do original e ouvi-las aqui é ótimo. Os acréscimos ao roteiro são acertados e complementam ou atualizam bem a narrativa (embora a nova música adicionada seja inútil e descartável). Mas, no geral, acertam nessa questão.
Em resumo, até consegui curtir esse daqui, mas continuo não vendo sentido nessa onda de remakes.
Nota: 7.6.
Com Jeito Vai
3.5 1Vale pelas músicas e pelos artistas que aparecem, além dos atores terem o timming certo para a comédia. Mas, um filme não se sustenta apenas nisso. No geral, curto bastante a experiência de assistir esses musicais brasileiros antigos, mas este daqui não me pegou. Deve ser porque mal temos um fiapo de história aqui, apenas situações militares uma atrás da outra. A ideia de fazer um musical nesse ambiente é boa, mas o roteiro é apenas isso e nada mais.
Nota: 6.7.
Dance Comigo
3.9 27Ética passa longe aqui. Toda auqela questão de hipnose, ou ética paciente e psicólogo, etc. Curioso, achei que antigamente as pessoas tinham mais respeito pelas outras... ou, talvez, eu esteja levando a sério demais um filme de comédia descartável lançado mais de 80 anos atrás. O que importa é que os números musicais são bons e o filme diverte de modo geral com suas situações de comédia.
Nota: 6.9.
Raio de Sol
4.0 9Embora não seja meu preferido da atriz, esse é o filme da Deanna com a maior nota no IMDB. E o motivo é que a comédia realmente funciona, naquelas criações de humor de situações e enganos típicas da época. Também acredito que seja pela enorme química entre a atriz e o ator Charles Laughton (ótimo ator, diga-se de passagem), química esta que sobrepõe até mesmo a de Deanna com o co-protagonista. Revendo agora, sinceramente, torci para Deanna terminar casando com o personagem do Charles, abandonei preconceitos de idade, os dois possuiam muito mais qúimica e deviam ter ficado juntos kkkkk. Fora que o co-protagonista é bem sem graça. Inclusive, o triângulo amoroso dele, Deanna, e a verdadeira esposa é um ponto interessante, pois foge do convencional em colocar a opositora de Deanna como uma megera, o que funcionaria como solução fácil.
Enfim, como sempre esperamos dos filmes da Deanna, temos boas músicas (embora nenhuma canção de ópera) e boa comédia, apesar de eu achar o final um pouco abrupto.
Nota: 8.8.
Click
3.4 2,5K Assista AgoraÉ por isso que por pior que eu filme esteja, sempre devemos continuar assistindo até o final. O Click começa muito mal, com piadas toscas por demais (algumas até meio datadas), aquele humor típico de tio do pavê que o Adam Sandler faz e que, se não tem graça nas festas de família com nossos tiozões, por qual motivo teriam graça em um filme. Algumas até arrancam uns sorrisos, mais pela tosquice do que por qualquer outro motivo. Entretanto, a segunda metade do filme, embora ainda mantenha um pouco desse humor ruim, evolui gradativamente a história a um ponto tocante e repleto de ensinamento, que um telespectador que tenha desistido no meio da produção acabará por perder.
Eu assistia muito esse na minha pré-adolescência. A premissa, exposta no trailer, foi o principal chamariz para o sucesso desse filme, chamando atenção do público pela ótima ideia. E, se no geral, boas premissas rendem execuções medianas, aqui temos uma surpreendente exceção à regra. Convenhamos, se trata de um filme de comédia do Adam Sandler e, mesmo assim, é dedicado tempo para explicações convincentes relativas à mecânica do controle remoto universal. Por exemplo, a questão que envolve o protagonista durante o tempo em que ele está sendo “adiantado” ou avançando as cenas, algo que comumente não seria explicado, mas é gasto um tempo ensinando a mecânica da situação e explicando que o protagonista está no “piloto automático”. E, quantos de nós já não entramos no piloto automático, sendo em aulas, trabalho, trajetos de ônibus ou a pé, ou diversas atividades que já exercemos tanto que ficamos abstraídos das mesmas.
E, a medida que o filme e o tempo avança, o filme começa a ficar mais denso, mais triste. As lições de vida começam a ficar mais amplas, funcionando para as pessoas no geral e não só para o homem-médio norte-americano pai de família, como estava sendo no início do filme. O filme fica mais tocante, incluindo a dramática sequência climática na chuva, em que percebemos que mesmo sendo uma comédia tosca, o filme trás a mensagem de que não devemos pular as coisas simples que nos incomodam, mas sim vivê-las e torna-las algo melhor, do contrário, viveremos a nossa vida no piloto automático e, quando percebermos o que perdemos, já será tarde demais para voltar atrás.
Gosto também que o filme tem alguns paralelos interessantes nos nomes, como Newman (foreshadowing para o final) ou Morty. No fim, é surreal a diferença de tom (aliás, do filme como um todo) entre as duas metades do filme, é quase como se cada metade tivesse sido feita por realizadores completamente diferentes.
Nota: 8.4.
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
2.8 817 Assista AgoraHumor e piadas... Isso não é um filme de super-herói, é um filme de comédia fantasiado de super-herói. Quase todas as cenas são construídas em torno de piadinhas, os poucos momentos que se fala a sério consistem nos momentos em que a trama em torno do mistério do surfista é construída, embora quase sempre terminem em outra piadinha. Sério, nem os atuais filmes do UCM, famosos pelo uso exacerbado de piadas, chegam perto da quantidade de humor contida nesse filme. E o pior é que apenas uma ou outra são realmente boas. Uma das únicas cenas que os personagens falam a sério é até boa, quando o Tocha pergunta para o Coisa onde ele gostaria de passar os últimos momentos, sendo a cena logo estragada por mais uma piadinha fora de hora.
Eles também tentaram corrigir a questão que algumas pessoas reclamaram, da pouca ação no primeiro filme. E, para isso, tentaram inserir uma cena de ação completamente inútil, sem graça e descartável para a trama, que é a cena da roda gigante. Lembro que quando assisti quando era criança até gostei e revi algumas vezes, mas estava no limiar entre gostar e achar uma chatice, principalmente por não gostar muito da sequência final. Revendo agora até não achei tão ruim, apesar de que o desfecho do Surfista Prateado é super tosco.
Se ele tinha aquele poder todo, por qual motivo não deu cabo do Galactus antes? Tá certo que ele corria o risco de morrer junto no processo, mas parece uma morte digna, melhor do que ser um dos responsáveis pela morte de milhões.
Enfim, ligeiramente inferior ao primeiro, que pelo menos era assistível, enquanto este aqui é apenas irritante.
Nota: 6.7.
Tamara
2.3 379Este até fez um certo sucesso na época de seu lançamento, embora atualmente esteja bem esquecido.
É uma espécie de new slasher, que começa como Carrie, A Estranha mas, sendo um filme pós 2000, resolve não investir muito tempo no desenvolvimento do Bullying e logo se transmuta em um Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado.
Até a morte do Roger (o personagem Nerd), o filme prometia seguir uma linha mais ousada na questão do Slasher do que Eu Sei o que Vocês Fizeram. Entretanto, após isso, o filme abandona a ideia das mortes uma a uma e foca mais nos medos e na obsessão da garota com o professor, fazendo o filme perder um pouco o ritmo e o interesse, desbocando num final não muito satisfatório. Em resumo, bom primeiro ato, dá uma caída no segundo e despenca no terceiro. Mas acaba sendo um bom exemplar se você gostar do subgênero.
Nota: 7.2.
Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver
3.9 111 Assista AgoraJosé Mojica Marins é visionário. Começou aqui uma longa tradição dos filmes de terror em ressucitar seus vilões de forma absurda para podermos ter a continuação, tradição que Michael Myers e Jason Vorhees seguiriam.
Quase tão bom quanto o primeiro. O maior problema é manter a sina das continuações e remakizar quase por completo o primeiro filme. Trás, claro, algumas situações adicionais, como a "versão feminina" do Zé, além de termos uma produção melhorada por um maior orçamento oriundo dos lucros do primeiro filme.
Grande parte dos meus comentários ao primeiro filme são pertinentes aqui, como a atuação teatral e exagerada (repleta de gritos do Zé do Caixão), o título sonoro, um bom pôster, o gore explícito para a época, etc. Até a cena de clímax possui semelhanças. Já a cena final, infelizmente, foi dilacerada pela Ditadura Militar, que modificou o final em que
Zé do Caixão continua convicto em suas ideias atéias, gerando uma cena bizarra em que o protagonista aceita à Cristo em seu leito de morte, totalmente incondizente com o personagem e sua construção.
Acredito que por remakizar o plot do primeiro filme, a produção atinge em determinado ponto um tom um pouco repetitivo, que é quebrado pela melhor cena da trilogia, a cena que se passa no inferno e que, apesar de pouca função narrativa, possui tal dose de violência e atrocidades que deve ter impressionado por demais as pessoas na época.
Nota: 8.9.