Quem cresceu assistindo Sessão da Tarde é capaz de apontar o que está por vir facilmente, CODA se salva por fazer o feijão com arroz muito bem e o que não nos é familiar emprega vigor suficiente à história para elevá-lo acima dos demais filmes do tipo.
Emilia Jones é boa, mas o destaque vai, merecidamente, para o Troy Kotsur. Gostaria muito que ele levasse o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, que deve ficar com o Kodi Smit-Mcphee (prove me wrong, Academy!)
No Way Home cumpre o básico que era ser melhor que o desastroso Far From Home, filminho canalha que caga em toda história do personagem Peter Parker, mas isso é o suficiente? Pra mim não foi. Sim, sorri ao ver o Tobey e o Andrew interagindo, mas é um bagulho sem coração.
A única comparação possível é com aquelas compilações de sitcoms que, tendo as laughing tracks removidas, se tornam extremamente constrangedoras. Um filme inteiramente pensado pras redes sociais, só faltam os atores quebrarem a quarta parede. Vi algumas pessoas elogiando a atuação do Defoe, afirmando que esta versão do Duende Verde é mais ameaçadora que a orignal. E talvez para vocês que são fãs do MCU seja. Pra mim, não é, pelo simples motivo de eu não dar a minima para o mcuPeter, mcuMay, mcuMJ, ou a porra do Ned, que tiveram péssimas construções individuais nos filmes anteriores, assim como as relações entre eles, então me torno indiferente ao perigo proposto pelo Duende.
A porra do Ned. Que personagem desgraçado de ruim. O infeliz é viciado em protagonizar os momentos mais lamentáveis do filme. Que desserviço a saúde mental de quem se propõe a assistir esses filmes, cara. Que vontade de dar um tiro nele.
E esse Jon Watts vai ser o responsável pelo Quarteto Fantástico. Jesus, esse homem me odeia demais, está numa cruzada contra mim. Mas não irei me curvar e seguirei assistindo as tragédias que ele mandar.
contando com um elenco de feios, licorice pizza não se livra das amarras de ser uma fantasia adolescente e, mesmo sendo tecnicamente impressionante, é o mais fraco da filmografia do pta
Muitos ligam It Follows à Halloween, com razão, é claro, a Coisa é extremamente remanescente do Michael Myers, desde o caminhar lento e inevitável à câmera "stalker", que torna toda a experiência extremamente desconfortável pela familiaridade, uma vez que todos nós já tivemos a sensação de estarmos sendo observados. Mas a atmosfera de incerteza onírica reflete os melhores momentos da franquia Nightmare on Elm Street.
A sequência na praia me incomodava bastante, pois a Coisa tem a oportunidade de liquidar Jay, mas prefere... brincar com o cabelo dela? Mas nessa terceira visita me atentei a um aspecto importante: não se trata de um vilão sem personalidade que busca matar sem criatividade, indiferente às vitimas. Não, ela mexe com o psicológico. Um bom exemplo disso é quando leva três dias para atacar Greg, pois sabe o efeito que seu "hiato" tem sobre eles. Se isso não for o suficiente para convencer outras pessoas de que é uma escolha deliberada do diretor/roteirista, Hugh DIZ que a Coisa mexe com a cabeça das pessoas ao assumir a aparência de alguém conhecido, isso me dá confiança de que David Robert Mitchell sabia o que estava fazendo.
Vendo o filme sob essa luz, a "brincadeira" na praia faz mais sentido, pois tinha como objetivo espalhar o pânico entre o grupo de amigos. Infelizmente ainda acho o confronto final bobo, mas vale a pena lembrar que se trata de um grupo de jovens/adolescentes. Não sei se eu teria um plano muito melhor...
Como esperado, a galera aqui reclama do exagero, da não explicação dos poderes, das cenas de ação...estranhas(?), da comédia. Bem, to each their own, como dizem os gringos. Justo. Ou gosto é que nem c*.
Todas essas coisas são intencionais e feitas como ode ao cinema de gênero. Malignant ainda consegue ser mais interessante em sua abordagem do trauma causado por uma relação abusiva que o tão aclamado Invisible Man, de Leigh Whannell, e faz isso sem se levar a sério, sem declarar obviedades arrotando superioridade moral.
É preciso dizer que Paul Newman está excelente? Não, né?
Mastrantonio emprega uma ambiguidade imprescindível à Carmen, além de ser o tipo de pessoa que, quando sorri, você se pega sorrindo de volta, o que, também, é importantíssimo para o sucesso da personagem. Cruise consegue dar vulnerabilidade a Vincent, um personagem convencido que seria extremamente antipático nas mãos de um ator menor. A cena de Werewolves of London é carisma puro!
Infelizmente o filme larga Vincent e Carmen em determinado momento, a gente não vê a evolução dos dois na "arte" nem como casal e não é como se precisasse de muito tempo para isso. Duas, até uma cena, seria o suficiente. O arco do Eddie também poderia ser melhor trabalhado, principalmente no inicio.
Outro problema é que bilhar não emociona quem está em casa tomando café e não num bar com amigos...
Começa avisando sobre o que acontece com Larson numa tentativa barata de manipular a audiência dessa forma e não na construção da urgência dentro da própria história. Durante o filme tem o Andrew Garfield explicando tudo que o personagem sente, tudo! Se a gente vê o rapaz correndo a narração vai tipo assim: "Eu corri, lágrimas manchavam minhas bochechas enquanto meu desespero manchava as ruas de NY, dentro de mim o tick, tick cresce" hahaha é simplesmente insuportável.
Outro momento que me irritou é uma cena super séria entre dois personagens que é interrompida constantemente por Garfield e Vanessa Hudgens num numero engraçadinho.
O elenco é bom, obviamente, mas sinto que os personagens sofrem por conta do foco muito grande no Larson - sendo uma obra dele, não surpreende.
Uma biopic clara de Jonathan Larson teria sido a escolha mais acertada, ou diretor/roteirista melhores.
Esse foi o primeiro da franquia que eu assisti e revi várias vezes até ir atrás dos originais. Adorava na época e agora, tendo revisitado pela primeira vez em muitos anos, continuo adorando. Tem tudo o que falta no terceiro filme.
Pânico 4 não reconstrói cenários como o seu antecessor, mas consegue ser bem sucedido na reconstrução de Woodsboro, desde os policias com personalidade até os cinéfilos chatos e as tradições do pessoal do colégio, conferem autenticidade à cidade, o que torna os eventos mais divertidos de acompanhar.
Os personagens novos servem bem a um slasher. Gosto particularmente da Kirby, nunca vi a Hayden Panettiere tão carismática como está aqui.
Fãs teriam tacado fogo na casa do Wes Craven, mas teria sido do caralho se a Jill tivesse se dado bem no final. Mas como sempre a trindade se salvou sem maiores problemas. Uma pena.
Pânico 3 toma como pilar a história da família Prescott, mas ao não ter cuidado com a escrita da Sid, acaba por torna a revelação do terceiro ato bem insatisfatória. O tempo de tela reduzido da personagem se deve a agenda agitada da atriz, o que mereceria um desconto se a lacuna deixada por ela não tivesse sido preenchida com cenas esticadíssimas entre Gale e Dewey, com diálogos que tentam capturar a química entre os personagens dos primeiros filmes, só conseguindo tornar irritantes as interações entre eles.
O roteiro aposta na autoreferência para tornar aceitaveis decisões como o super aparelho que reproduz perfeitamente a voz das pessoas ou o clichê do vilão imortal à la Michael Myers, mas, se o primeiro filme era um comentário inteligente sobre o gênero terror, esse terceiro exala preguiça e pressa dos produtores.
Há dois momentos que eu gosto: uma sequência na réplica do cenário do primeiro filme, foi uma exigência do Wes Craven e podemos sentir isso e o final - mesmo que perda força no contexto maior da franquia que continuou após esse terceiro.
Com atores sendo escalados em cima da hora, inúmeras mudanças no roteiro com a produção já em andamento, Pânico 3 é o pior filme da franquia.
Falta o polimento de um Uncut Gems, mas Nicolas Winding Refn consegue criar sequências bem enervantes que te puxam para o frenesi que se torna a vida do personagem. Talvez me importasse mais com o protagonista não fosse ele tão nojento quanto os antagonistas, mas acredito que seja justamente a falta de moralidade dos personagens que torna o filme mais interessante e enriqueça possíveis revisitas.
Esse filme se torna brilhante uma vez que você já curte Twin Peaks e entende que os "televisismos" aqui nada mais são que o Lynch contando a história de uma adolescente sofrendo abusos físicos e mentais, das pessoas próximas e de seres de outras dimensões, enquanto brinca com as ferramentas da tv puritana e controladora da época. É aquela ideia que vemos na abertura de Blue Velvet - a vizinhança pacata, com velhinhos idosos acenando para bombeiros valentes, enquanto a cerca exala cheiro de tinta fresca e os jardins são repletos de rosas, mas que por baixo de tudo isso esconde muita podridão - , só que mais sutil. Sim, o filme inicia com uma televisão sendo destruída, mas da primeira vez que assisti, achei que o "FUCK YOU" do Lynch ficava só nisso, nessa revisita passei a ver o filme todo sobre essa luz e meu apreço por Fire Walk With Me cresceu demais.
Se Nolan tivesse dirigido esse filme, certeza que na sequência de perseguição ao trem teríamos uma trilha do Hans Zimmer explodindo ouvidos, mas Friedkin, muito mais sutil, usa os passos do Gene Hackman ecoando, sua respiração cansada, além dos sons de buzinas e do próprio trem em disparada, alcançando um resultado muito mais enervante - e menos irritante.
Os toques surrealistas tornam esse filme bem interessante, ainda que a pressa em contar a história impeça que as relações dos personagens sejam bem construídas em cena, depende muito do conhecimento (e aceitação) da lenda como forma de cimentá-las: "tal pessoa ama aquela outra porque é assim mesmo!".
Quando assisti 2049 pela primeira vez, gostei bem mais dele que de Blade Runner. Logo me juntei a pequena comunidade que acha que 2049 é melhor que o primeiro, mas, após revê-los, mudei de ideia. Acho que são dois filmaços, claro, mas o filme do Ridley Scott conta com uma aura de irrealidade que me atrai mais. E os antagonistas são mais interessantes.
De qualquer modo, fico feliz que o Denis Villeneuve não tenha tentado replicar (ha-ha) o filme original e ainda assim tenha conseguido fazer um filme tão bom.
"It’s as if a French poet took an ordinary banal American crime novel and told it to us in terms of the romance and beauty he read between the lines; that is to say, Godard gives it his imagination, recreating the gangsters and the moll with his world of associations—seeing them as people in a Paris cafe, mixing them with Rimbaud, Kafka, Alice in Wonderland." — Pauline Kael
acho que os problemas internos dos personagens (principalmente o paul) são muito mais interessantes que o que eles estão fazendo no filme, isso cria uma situação esquisita: há cenas tocantes, pois lidam com esses problemas, mas acontecem no meio de um monte de coisa sem graça que não desperta nenhum pouco meu interesse
esse filme é muito anos 2000, bicho, época de ficar acordado até tarde com os irmãos mais velhos pra assistir filme de terror porcaria, dormir na meia hora inicial e levantar puto com eles por não terem me acordado pra terminar o filme
sobre o filme: é ruim, mas é bom, robert englund (como em todos os filmes ruins do freddy) consegue ser entretenimento puro e causar risadas
o nivel de amadorismo desse filme é incrivel, é o tipo de filme que um cineasta iniciante com baixa auto-estima assiste pra ter aquele momento "se esse cara conseguiu, eu também consigo".
tem vários longos takes em que p*rra nenhuma acontece, é só um personagem indo de um lugar pra outro, andando numa calçada, é coisa que um editor decente cortaria do filme pra deixá-lo mais dinamico...
acho que o diretor viu halloween e achou que essas decisões aumentavam o nivel de apreensão, de "alguém está assistindo", mas esses takes são extremamente monótonos e acabam por cortar o efeito que talvez fosse inquietante de quando é realmente uma camera subjetiva do ponto de vista do assassino em ação.
os personagens não fazem absolutamente nada de interessante, são razos (nada surpreendente num filme desse) e irritantes, não dispertam simpatia alguma.
No Ritmo do Coração
4.1 754 Assista AgoraQuem cresceu assistindo Sessão da Tarde é capaz de apontar o que está por vir facilmente, CODA se salva por fazer o feijão com arroz muito bem e o que não nos é familiar emprega vigor suficiente à história para elevá-lo acima dos demais filmes do tipo.
Emilia Jones é boa, mas o destaque vai, merecidamente, para o Troy Kotsur. Gostaria muito que ele levasse o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, que deve ficar com o Kodi Smit-Mcphee (prove me wrong, Academy!)
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraNo Way Home cumpre o básico que era ser melhor que o desastroso Far From Home, filminho canalha que caga em toda história do personagem Peter Parker, mas isso é o suficiente? Pra mim não foi. Sim, sorri ao ver o Tobey e o Andrew interagindo, mas é um bagulho sem coração.
A única comparação possível é com aquelas compilações de sitcoms que, tendo as laughing tracks removidas, se tornam extremamente constrangedoras. Um filme inteiramente pensado pras redes sociais, só faltam os atores quebrarem a quarta parede. Vi algumas pessoas elogiando a atuação do Defoe, afirmando que esta versão do Duende Verde é mais ameaçadora que a orignal. E talvez para vocês que são fãs do MCU seja. Pra mim, não é, pelo simples motivo de eu não dar a minima para o mcuPeter, mcuMay, mcuMJ, ou a porra do Ned, que tiveram péssimas construções individuais nos filmes anteriores, assim como as relações entre eles, então me torno indiferente ao perigo proposto pelo Duende.
A porra do Ned. Que personagem desgraçado de ruim. O infeliz é viciado em protagonizar os momentos mais lamentáveis do filme. Que desserviço a saúde mental de quem se propõe a assistir esses filmes, cara. Que vontade de dar um tiro nele.
E esse Jon Watts vai ser o responsável pelo Quarteto Fantástico. Jesus, esse homem me odeia demais, está numa cruzada contra mim. Mas não irei me curvar e seguirei assistindo as tragédias que ele mandar.
Licorice Pizza
3.5 597contando com um elenco de feios, licorice pizza não se livra das amarras de ser uma fantasia adolescente e, mesmo sendo tecnicamente impressionante, é o mais fraco da filmografia do pta
Monika e o Desejo
4.0 120 Assista AgoraPois nunca confunda tesão com amor
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraMuitos ligam It Follows à Halloween, com razão, é claro, a Coisa é extremamente remanescente do Michael Myers, desde o caminhar lento e inevitável à câmera "stalker", que torna toda a experiência extremamente desconfortável pela familiaridade, uma vez que todos nós já tivemos a sensação de estarmos sendo observados. Mas a atmosfera de incerteza onírica reflete os melhores momentos da franquia Nightmare on Elm Street.
A sequência na praia me incomodava bastante, pois a Coisa tem a oportunidade de liquidar Jay, mas prefere... brincar com o cabelo dela? Mas nessa terceira visita me atentei a um aspecto importante: não se trata de um vilão sem personalidade que busca matar sem criatividade, indiferente às vitimas. Não, ela mexe com o psicológico. Um bom exemplo disso é quando leva três dias para atacar Greg, pois sabe o efeito que seu "hiato" tem sobre eles. Se isso não for o suficiente para convencer outras pessoas de que é uma escolha deliberada do diretor/roteirista, Hugh DIZ que a Coisa mexe com a cabeça das pessoas ao assumir a aparência de alguém conhecido, isso me dá confiança de que David Robert Mitchell sabia o que estava fazendo.
Vendo o filme sob essa luz, a "brincadeira" na praia faz mais sentido, pois tinha como objetivo espalhar o pânico entre o grupo de amigos. Infelizmente ainda acho o confronto final bobo, mas vale a pena lembrar que se trata de um grupo de jovens/adolescentes. Não sei se eu teria um plano muito melhor...
Maligno
3.3 1,2KComo esperado, a galera aqui reclama do exagero, da não explicação dos poderes, das cenas de ação...estranhas(?), da comédia. Bem, to each their own, como dizem os gringos. Justo. Ou gosto é que nem c*.
Todas essas coisas são intencionais e feitas como ode ao cinema de gênero. Malignant ainda consegue ser mais interessante em sua abordagem do trauma causado por uma relação abusiva que o tão aclamado Invisible Man, de Leigh Whannell, e faz isso sem se levar a sério, sem declarar obviedades arrotando superioridade moral.
A Cor do Dinheiro
3.5 118 Assista AgoraÉ preciso dizer que Paul Newman está excelente? Não, né?
Mastrantonio emprega uma ambiguidade imprescindível à Carmen, além de ser o tipo de pessoa que, quando sorri, você se pega sorrindo de volta, o que, também, é importantíssimo para o sucesso da personagem. Cruise consegue dar vulnerabilidade a Vincent, um personagem convencido que seria extremamente antipático nas mãos de um ator menor. A cena de Werewolves of London é carisma puro!
Infelizmente o filme larga Vincent e Carmen em determinado momento, a gente não vê a evolução dos dois na "arte" nem como casal e não é como se precisasse de muito tempo para isso. Duas, até uma cena, seria o suficiente. O arco do Eddie também poderia ser melhor trabalhado, principalmente no inicio.
Outro problema é que bilhar não emociona quem está em casa tomando café e não num bar com amigos...
tick, tick... BOOM!
3.8 450Começa avisando sobre o que acontece com Larson numa tentativa barata de manipular a audiência dessa forma e não na construção da urgência dentro da própria história. Durante o filme tem o Andrew Garfield explicando tudo que o personagem sente, tudo! Se a gente vê o rapaz correndo a narração vai tipo assim: "Eu corri, lágrimas manchavam minhas bochechas enquanto meu desespero manchava as ruas de NY, dentro de mim o tick, tick cresce" hahaha é simplesmente insuportável.
Outro momento que me irritou é uma cena super séria entre dois personagens que é interrompida constantemente por Garfield e Vanessa Hudgens num numero engraçadinho.
O elenco é bom, obviamente, mas sinto que os personagens sofrem por conta do foco muito grande no Larson - sendo uma obra dele, não surpreende.
Uma biopic clara de Jonathan Larson teria sido a escolha mais acertada, ou diretor/roteirista melhores.
Pânico 4
3.2 2,7K Assista AgoraEsse foi o primeiro da franquia que eu assisti e revi várias vezes até ir atrás dos originais. Adorava na época e agora, tendo revisitado pela primeira vez em muitos anos, continuo adorando. Tem tudo o que falta no terceiro filme.
Pânico 4 não reconstrói cenários como o seu antecessor, mas consegue ser bem sucedido na reconstrução de Woodsboro, desde os policias com personalidade até os cinéfilos chatos e as tradições do pessoal do colégio, conferem autenticidade à cidade, o que torna os eventos mais divertidos de acompanhar.
Os personagens novos servem bem a um slasher. Gosto particularmente da Kirby, nunca vi a Hayden Panettiere tão carismática como está aqui.
Fãs teriam tacado fogo na casa do Wes Craven, mas teria sido do caralho se a Jill tivesse se dado bem no final. Mas como sempre a trindade se salvou sem maiores problemas. Uma pena.
Águas Rasas
3.4 1,3K Assista AgoraFilme com uma premissa batida que se torna divertido graças a direção competente de Collet-Serra e o carisma absurdo da Blake Lively.
Pânico 3
3.0 775 Assista AgoraPânico 3 toma como pilar a história da família Prescott, mas ao não ter cuidado com a escrita da Sid, acaba por torna a revelação do terceiro ato bem insatisfatória. O tempo de tela reduzido da personagem se deve a agenda agitada da atriz, o que mereceria um desconto se a lacuna deixada por ela não tivesse sido preenchida com cenas esticadíssimas entre Gale e Dewey, com diálogos que tentam capturar a química entre os personagens dos primeiros filmes, só conseguindo tornar irritantes as interações entre eles.
O roteiro aposta na autoreferência para tornar aceitaveis decisões como o super aparelho que reproduz perfeitamente a voz das pessoas ou o clichê do vilão imortal à la Michael Myers, mas, se o primeiro filme era um comentário inteligente sobre o gênero terror, esse terceiro exala preguiça e pressa dos produtores.
Há dois momentos que eu gosto: uma sequência na réplica do cenário do primeiro filme, foi uma exigência do Wes Craven e podemos sentir isso e o final - mesmo que perda força no contexto maior da franquia que continuou após esse terceiro.
Com atores sendo escalados em cima da hora, inúmeras mudanças no roteiro com a produção já em andamento, Pânico 3 é o pior filme da franquia.
Pusher
3.5 62Falta o polimento de um Uncut Gems, mas Nicolas Winding Refn consegue criar sequências bem enervantes que te puxam para o frenesi que se torna a vida do personagem. Talvez me importasse mais com o protagonista não fosse ele tão nojento quanto os antagonistas, mas acredito que seja justamente a falta de moralidade dos personagens que torna o filme mais interessante e enriqueça possíveis revisitas.
Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer
3.9 273 Assista AgoraEsse filme se torna brilhante uma vez que você já curte Twin Peaks e entende que os "televisismos" aqui nada mais são que o Lynch contando a história de uma adolescente sofrendo abusos físicos e mentais, das pessoas próximas e de seres de outras dimensões, enquanto brinca com as ferramentas da tv puritana e controladora da época. É aquela ideia que vemos na abertura de Blue Velvet - a vizinhança pacata, com velhinhos idosos acenando para bombeiros valentes, enquanto a cerca exala cheiro de tinta fresca e os jardins são repletos de rosas, mas que por baixo de tudo isso esconde muita podridão - , só que mais sutil. Sim, o filme inicia com uma televisão sendo destruída, mas da primeira vez que assisti, achei que o "FUCK YOU" do Lynch ficava só nisso, nessa revisita passei a ver o filme todo sobre essa luz e meu apreço por Fire Walk With Me cresceu demais.
Operação França
3.9 253 Assista AgoraSe Nolan tivesse dirigido esse filme, certeza que na sequência de perseguição ao trem teríamos uma trilha do Hans Zimmer explodindo ouvidos, mas Friedkin, muito mais sutil, usa os passos do Gene Hackman ecoando, sua respiração cansada, além dos sons de buzinas e do próprio trem em disparada, alcançando um resultado muito mais enervante - e menos irritante.
Se Meu Apartamento Falasse
4.3 422 Assista AgoraNenhum diálogo ruim nesse filme. Nenhum.
Excalibur
3.6 137 Assista AgoraOs toques surrealistas tornam esse filme bem interessante, ainda que a pressa em contar a história impeça que as relações dos personagens sejam bem construídas em cena, depende muito do conhecimento (e aceitação) da lenda como forma de cimentá-las: "tal pessoa ama aquela outra porque é assim mesmo!".
O Comboio do Medo
4.1 135Humanidade como fraqueza.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraQuando assisti 2049 pela primeira vez, gostei bem mais dele que de Blade Runner. Logo me juntei a pequena comunidade que acha que 2049 é melhor que o primeiro, mas, após revê-los, mudei de ideia. Acho que são dois filmaços, claro, mas o filme do Ridley Scott conta com uma aura de irrealidade que me atrai mais. E os antagonistas são mais interessantes.
De qualquer modo, fico feliz que o Denis Villeneuve não tenha tentado replicar (ha-ha) o filme original e ainda assim tenha conseguido fazer um filme tão bom.
A Morte Convida para Dançar
2.7 163é como halloween e carrie, mas se eles fossem chatos para um c*ralho
O Bando à Parte
4.1 211"It’s as if a French poet took an ordinary banal American crime novel and told it to us in terms of the romance and beauty he read between the lines; that is to say, Godard gives it his imagination, recreating the gangsters and the moll with his world of associations—seeing them as people in a Paris cafe, mixing them with Rimbaud, Kafka, Alice in Wonderland." — Pauline Kael
Destacamento Blood
3.8 448 Assista Agoraacho que os problemas internos dos personagens (principalmente o paul) são muito mais interessantes que o que eles estão fazendo no filme, isso cria uma situação esquisita: há cenas tocantes, pois lidam com esses problemas, mas acontecem no meio de um monte de coisa sem graça que não desperta nenhum pouco meu interesse
Freddy X Jason
2.7 927 Assista Agoraesse filme é muito anos 2000, bicho, época de ficar acordado até tarde com os irmãos mais velhos pra assistir filme de terror porcaria, dormir na meia hora inicial e levantar puto com eles por não terem me acordado pra terminar o filme
sobre o filme: é ruim, mas é bom, robert englund (como em todos os filmes ruins do freddy) consegue ser entretenimento puro e causar risadas
Sexta-Feira 13
3.4 779 Assista Agorate coloca pra dormir mais rapido que asmr.
o nivel de amadorismo desse filme é incrivel, é o tipo de filme que um cineasta iniciante com baixa auto-estima assiste pra ter aquele momento "se esse cara conseguiu, eu também consigo".
tem vários longos takes em que p*rra nenhuma acontece, é só um personagem indo de um lugar pra outro, andando numa calçada, é coisa que um editor decente cortaria do filme pra deixá-lo mais dinamico...
acho que o diretor viu halloween e achou que essas decisões aumentavam o nivel de apreensão, de "alguém está assistindo", mas esses takes são extremamente monótonos e acabam por cortar o efeito que talvez fosse inquietante de quando é realmente uma camera subjetiva do ponto de vista do assassino em ação.
os personagens não fazem absolutamente nada de interessante, são razos (nada surpreendente num filme desse) e irritantes, não dispertam simpatia alguma.
fiquei particularmente feliz quando ned morreu.
normalmente o primeiro filme nessas franquias slashers são os mais interessantes, friday the 13th certamente quebra essa regra.
Pânico
3.6 1,6K Assista Agoranesta revisita, achei o segundo ato meio sem graça, mas o primeiro e o terceiro são bem legais