Começa muito bem, mostrando a evolução de Will Graham, mas passa a tomar um rumo incoerente com os personagens. Parece que Jack, Alana e cia precisam ficar "burros" pra enaltecer a inteligência de Hannibal, e isso é ruim. Fica um vai-não-vai de Jack se ele confia ou não em Will, se ele acredita que Hannibal é um canibal, e todos ficam indo na casa de Hannibal pra comer, mesmo desconfiando. Comportamentos incoerentes aí. Outra coisa que me dá agonia é que NINGUÉM guarda segredo nessa série. Parece que estão todos coçando a língua o tempo todo pra revelar alguma informação, especialmente pra Hannibal. Faria sentido se não houvesse um mínimo de desconfiança ou evidência, mas com tantas setas apontando pra Hannibal, as pessoas revelando e se arriscando não faz sentido. No mínimo, um ser humano normal perderia o apetite. Outro ponto bastante negativo na série é que a partir do ponto que é levantado uma suspeita contra Hannibal, por mais que fosse ou não verdade a acusação de Will, Hannibal deveria ser afastado do FBI e principalmente afastado de qualquer contato com Will, ao invés de ficar ali como uma variável a mais nas outras investigações. Por último, tem umas cenas desnecessárias e repetitivas das viagens de Will. Poderia ser muito mais sutil
Acho que a parte boa dessa temporada mesmo é Mason Verger, que Michael Pitt compôs brilhantemente, até mesmo o timbre de voz, a forma de falar, as risadas. Genial. Vale a pena por isso.
Estou vendo pela segunda vez após alguns anos. Na primeira vez que vi, tinha gostado bastante, mas depois de estudar cinema, ter visto muitas obras audiovisuais, não curti tanto. Mas vale a pena pra ver o desenvolvimento da relação entre Will e Hannibal, os diálogos, as ironias etc.
As personagens são muito interessantes e complexas, cada uma doente de alguma maneira. A direção e montagem são criativas, misturando surrealismo com cenas quase documentais. Gosto muito do tratamento que dão à protagonista: como o de uma adolescente, e das pessoas como humanas. Muitas vezes os filmes querem mostrar personagens super diferentes, quase super heróis e sempre cientes da intenção do outro. Aqui não, são personagens humanos e cheios de falhas, inseguranças.
O lado negativo do filme é no meio dele, talvez pelo estilo da diretora/roteirista que numa entrevista disse entender melhor o processo na montagem, e aí pode ser um pouco cansativo-barulhento uma parte do filme, que bate numa mesma tecla e ritmo por um tempo, embora não tenha cenas longas, arrastadas, pelo contrário.
Por outro lado, esse ritmo frenético contribui para a ambientação psicológica da protagonista, especialmente no final, quando ela mostra aos outros a versão dela mesma. É tudo o que ela quer: ser ela mesma, e não uma interpretação de outra pessoa, não uma vida controlada e manipulada como se ela fosse apenas um objeto.
Belíssimo filme. Apesar desse cansaço do meio dele ,vale muito a pena.
Me lembrou muito Estou Pensando Em Acabar Com Tudo, mas sem as partes arrastadas e longas, com muito mais dinamismo, personagens mais complexos e interessantes, atuações incríveis de Elizabeth Moss, fotografia, arte, montagem, tudo muito fluído, mesmo tendo seu toque de caos, ainda que mais leve que o filme citado.
Tem 3 episódios bons, o resto é muita bagunça. Faltou tempo de maturidade pro roteiro, eu acho. O final deixa isso muito claro, quando vemos que as soluções foram tiradas do nada e o roteiro força uma resposta e atitudes incoerentes das personagens numa tentativa de final épico. É uma pena. Queria muito ter gostado da série, mas...
Incrível pra um filme escrito em uma semana. Pena que teve tantos problemas de áudio. Poderia também ter mais tempo de roteiro. Irandhir sensacional na atuação. Murilo também!
O filme é muito bonito e interessante por não haver diálogos, mas confesso que achei este filme muito diferente dos outros do Studio Ghibli. Esperava mais tempo acompanhando a tal da tartaruga vermelha, segurando mais o mistério sobre ela. Revela-se muito cedo e acaba que o filme não é sobre essa tartaruga vermelha, e sim sobre um naufrago que em determinado momento encontra uma tartaruga vermelha em uma parte curta do filme (não quero revelar mais). Mas as duas pessoas que conheço que viram também acham muito lindo e tudo. :)
Na camada superficial, o filme parece ser um romancezinho boy-meet-girl que fala sobre o tempo, com direito a uma insistente trilha sonora romântica. Na real, o filme fala sobre um maníaco manipulador e mentiroso que tá fazendo de tudo pra arranjar uma namorada qualquer, inclusive usando cantadas genéricas que o roteiro romantiza, tratando as mulheres do filme apenas como extensão da mente egocêntrica e objetificadora masculina, cheio de reações inconsistentes e que contradizem o proprio roteiro, com direito a mulher ficando excitada porque o cara sabia como tirar o sutiã (tipo "Nossa, você tira o sutiã de uma maneira tão sexy kkk). A atriz, coitada, nem conseguiu disfarçar o incredulidade dos próprios diálogos, deixando escapar algumas caretas ao dizer frases forçadas pelo roteiro como algo romântico (mas que não deveria ser).
Se essas questões te incomodam em 500 Dias Com Ela, esse é pior, pois em 500 Dias, pelo menos o roteiro tá repleto de cenas que justificam a paixão do protagonista por Summer, já que ela o faz sair de seu mundo e viver experiências bem diferentes das que era acostumado. Aqui não, a "mocinha" é só uma mocinha que o protagonista encontrou literalmente às escuras e "encarnou" nela. Outro ponto melhor no outro filme é que lá o assunto "Smiths" não fica só no diálogo, na cena do elevador, ele é dramatizado e tem relação direta com a relação deles (a gente vê o impacto de Smiths no dia-a-dia do casal), ao contrário daqui, que Kate Moss é apenas mencionada.
Maravilhoso esse filme, principalmente em como as camadas metalinguísticas se entrelaçam de forma fluída entre literatura, teatro, TV, cinema etc. Amei o final também
Filme divertido e libertador quando pensamos ser uma protagonista mulher querendo ser uma rock star brasileira. O argumento do filme parece ser muito bom. Fica claro o sistema de causa e consequência na estória, mas no roteiro ela tem um problema grande de transição entre os pontos chave. As atuações e principalmente as dublagens e a mixagem de trilha musical me deram agonia. Pesaram a mão. Vale a pena pra acompanhar a estória dela e se divertir com uma trama leve e que nos tira umas risadas.
Não dá pra sustentar um filme somente pela premissa. E mesmo a premissa não é lá essas coisas para cinéfilos e estudantes de cinema menos inocentes, digamos assim. Na prática, o roteiro e a direção são extremamente rasas e previsíveis. Ele tenta fazer um discurso anti-racista, anti-estereótipo, anti-preconceito (extremamente rasos, por sinal) e acaba caindo exatamente no racismo, estereótipo, preconceito quando coloca as mulheres e não-brancos como figurantes, não dando voz nem argumento a eles. Não discuto o resultado da votação, mas o percurso até chegar lá. Bem ruim. O único ponto positivo do filme é o ritmo.
Quando assisto cinebiografias de bandas ou músicos, percebo que a música em si influencia bastante a percepção das pessoas sobre as cenas e elas associam as músicas à qualidade do filme. Mesmo quando um filme é ruim como Bohemian Rapsody, dá a impressão de ser um filme incrível porque Queen é incrível, mas não foi mérito do filme.
Bem, voltando ao Amadeus, filme indiscutivelmente melhor que Bohemian Rapsody, é interessante acompanhar as tentativas frustradas de Salieri, único personagem não linear da estória, o que é uma pena colocar Mozart apenas como um bobão que fazia grandes músicas, deixando o filme quase todo sustentado por Salieri. É interessante também quando temos cenas de composição, especialmente uma das últimas cenas que faz valer o filme todo quando Salieri transcreve uma música composta por Mozart. Uma verdadeira aula de diálogo, de tensão, imersão musical. A outra cena fantástica também é a entrada do padre no quarto de Salieri no início e as várias quebras de expectativa, as reações das duas personagens.
Tirando essas duas cenas citadas acima, posso dizer que o filme é bastante comum e raso. Nem sequer cita a sinestesia de Mozart. Imagina que incrível seria uma cena com Mozart compondo uma música através de uma imagem! Também como disse: Mozart é linear, levado pela necessidade de dinheiro, aparentemente. Vemos nesse personagem não exatamente uma paixão pela música que faz, mas uma vaidade e arrogância que nós, o público, precisamos acreditar que a música é incrível, quando há poucas cenas que mostram o efeito dessas músicas no público, que somente aplaude, mas não vemos reações das pessoas como acontece em Perfume quando as pessoas sentem as fragrâncias.
Outro ponto negativo é essa narração disfarçada quando o padre tem que sabe-se lá quanto tempo sentado, calado. Se eu fosse o padre, eu teria ido embora na primeira meia hora kkk Poderíamos ali ter usado para aprofundar a estória, a percepção de Salieri sobre seus atos e memórias, mas não, era só pra justificar a narração
Resumindo: o filme é bom, apesar de não aprofundar as camadas de Mozart, e tem duas cenas incríveis. :)
Admiro muito o trabalho de Kaufman como roteirista, mas esse filme aqui me soou muito como um filme de Kaufman para Kaufman, porque achei muito distante mesmo dos filmes dele. Fotografia e figurinos lindos nas cenas internas da casa. No mais, filme cansativo com 50 minutos de cabeças falantes dentro de um carro sobre assuntos específicos metidos a intelectuais e que não tem muita conexão entre si, com uma direção e roteiro que não geram conflito nem no diálogo nem na cena, termina introduzindo elementos que não dão em nada e finalizam com personagens que nem tivemos o prazer de conhecer, portanto não nos importamos, e movimentos que o roteiro não desenvolve durante o filme. O trailer dá uma impressão totalmente diferente do filme, especialmente pra quem já viu os outros filmes de Kaufman. Decepção é a palavra aqui. Ele até começa interessante gerando um certo mistério que dá uma curiosidadezinha, mas também não dá em nada.
Totalmente desnecessária essa temporada. A primeira ainda segurava com caminhos surpreendentes. Essa é bastante previsível, nada acontece, feijoada. Começa e termina do mesmo jeito. Não tem fôlego.
Tudo em relação ao irmão gêmeo de Steve foi forçado: a apresentação artificial dele como alguém bobão, o clima exageradamente leve diante do sumiço de um irmão a semanas, a aproximação dele com as protagonistas, o caso dele com ela, a atuação, tudo muito forçado pelo roteiro.
Filme redundante (especialmente a conclusão), cansativo, todo apoiado em narração que não aprofunda em nada os personagens, com umas imagens que também não aprofundam, só reforçam a narração. Apresenta personagens desinteressantes sem fortes motivações, conclui as subtramas de qualquer jeito, tenta a todo custo nos fazer sentir pena de Robert: primeiro mostra que não recebeu aplauso pelo assassinato, depois põe ele falando que não recebeu aplauso, depois põe na narração que ele não recebeu aplausos. Facilmente dava pra cortar 1 hora de filme e ainda deixar a estória mais interessante. Senti como uma tortura, praticamente. Fora que as decisões dos personagens não fazem sentido. Muito ruim.
Vi esse filme depois de uma recomendação de um canal no youtube em inglês chamado "Art Of STory". No video, o filme parecia ser mto interessante e cheio de significados, mas vendo aqui, depois de ver e estudar mais de 1000 filmes, vejo que é apenas uma bagunça de roteiro.
Muito bem escrito, equilibrado, quase todas as cenas tem alguma virada. O ritmo também é muito bem desenhado. Só não dá pra dar nota máxima por três motivos:
1) A conclusão teve um tempo muito curto, fraco. Esperava mais tanto do roteiro nesse finalzinho quanto das atuações. Hoffman aqui não pareceu se importar muito com o resultado e o roteiro também não dá espaço para apreciarmos essa conclusão. 2) Faltou contexto social, faltou entendermos o universo que as personagens estavam. Poderia ter aprofundado isso para o filme se tornar maior do que simplesmente uma estória de guarda pelo filho. 3) Os personagens não são muito bem explorados além da trama principal. Não há subtramas e até mesmo no tribunal os argumentos ficam um pouco previsíveis, rasos.
Em suma, o resultado é muito satisfatório, especialmente pelo equilíbrio que o roteiro dá, não demonizando ninguém. É bem dirigido e são bons atores, apesar de Hoffman ter faltado um pouco no final, mas não é um filme pra chamar de incrível ou que nos traz significados profundos sobre a vida.
Engraçado ver os comentários e notas do filme discutindo veracidade ou falsidade dos fatos no filme. É ficção. Ponto. Agora, o filme é OK, serve mais como curiosidade sobre a história do Facebook, um filme informativo, mas um tanto burocrático e pouco inspirador, com um ritmo sem pausas, o que torna o filme acelerado demais, monótono. É a segunda vez que vejo. Não gostei da primeira vez, nem da segunda.
Se você é "branco" como eu e achou o filme bonito, tenta refletir um pouco na mensagem que o filme passa. É o mesmo que fazem em Green Book: um filme para brancos se sentirem menos racistas e americanos se sentirem menos xenofóbicos, já que "no fundo, todos têm preconceitos :D vamos dar as mãos e ser felizes". Porra. Não é assim. A mulher no final abraçando a empregada foi BIZARRO, primeiro porque ela foi usada, humilhada o tempo todo, e no fim ainda é obrigada a cuidar da mulher e abraçar pra ela se sentir menos racista e exploradora? Até a segunda metade do filme tava massa, mas estragaram com essa mensagem de que "mesmo racistas são boas pessoas :D amem racistas".
O ponto positivo do filme é só que é tecnicamente bem escrito e dirigido, mas foi escrito por dois homens brancos retratando a visão DELES sobre diversidade. Mas o que desmerece o filme não é eles serem brancos, é perceber que aparentemente eles nem pesquisaram ou conversaram com pessoas de outras etnias e pediram opinião sobre o roteiro. Se tivessem ouvido mais, a mensagem não seria tão rasa.
Eu costumo dizer que existem dois tipos de filmes, independente de serem bons ou ruins: aqueles que são feitos e entregues de qualquer jeito, e aqueles que acreditam no projeto e dão o máximo de si. Rocky, Um Lutador é esse segundo. Inspirador, simples, realista, escrito e produzido com muito vigor, muito carinho e cuidado. São filmes assim que valorizo, mesmo notando vários problemas técnicos ou tendo um roteiro mais simples. Dá pra sentir no filme que os realizadores deram o melhor de si. No entanto, confesso que esperava mais da segunda metade do filme em relação ao desenvolvimento do personagem pra chegar na decisão dele antes do clímax. Também sempre me incomoda quando escrevem personagens mulheres só para apoiar o protagonista, ou servir de prêmio, como se ela não tivesse vontade própria.
Que gostosinho esse filme. Leve, bem escrito, despretensioso. Dá vontade de continuar acompanhando aquela estória. Não há grandes dramas, mas a experiência de um menine que não sabe o que é transexualidade em uma família e universo que também não sabe. E ele só quer brincar, ser ele mesme.
Tirando a conclusão, o filme é muito bom, especialmente a introdução, onde conhecemos muito sobre o protagonista, seus desejos, seu nome, suas relações nos primeiros 8 minutos. Vale muito a pena. Mas começou a cair o nível quando emplaca um tom mais cômico na segunda metade. E esse tipo de estória de bloqueio criativo de escritor é tão batida. Tudo bem que aí é 1991, mas pra mim faltou mão no roteiro no final, ficou exagerado e meio aleatória essa "crítica a Hollywood";
Cafarnaum
4.6 674 Assista AgoraArrasado depois de assistir.
:(
Hannibal (2ª Temporada)
4.5 802Começa muito bem, mostrando a evolução de Will Graham, mas passa a tomar um rumo incoerente com os personagens. Parece que Jack, Alana e cia precisam ficar "burros" pra enaltecer a inteligência de Hannibal, e isso é ruim. Fica um vai-não-vai de Jack se ele confia ou não em Will, se ele acredita que Hannibal é um canibal, e todos ficam indo na casa de Hannibal pra comer, mesmo desconfiando. Comportamentos incoerentes aí. Outra coisa que me dá agonia é que NINGUÉM guarda segredo nessa série. Parece que estão todos coçando a língua o tempo todo pra revelar alguma informação, especialmente pra Hannibal. Faria sentido se não houvesse um mínimo de desconfiança ou evidência, mas com tantas setas apontando pra Hannibal, as pessoas revelando e se arriscando não faz sentido. No mínimo, um ser humano normal perderia o apetite. Outro ponto bastante negativo na série é que a partir do ponto que é levantado uma suspeita contra Hannibal, por mais que fosse ou não verdade a acusação de Will, Hannibal deveria ser afastado do FBI e principalmente afastado de qualquer contato com Will, ao invés de ficar ali como uma variável a mais nas outras investigações. Por último, tem umas cenas desnecessárias e repetitivas das viagens de Will. Poderia ser muito mais sutil
Acho que a parte boa dessa temporada mesmo é Mason Verger, que Michael Pitt compôs brilhantemente, até mesmo o timbre de voz, a forma de falar, as risadas. Genial. Vale a pena por isso.
Hannibal (1ª Temporada)
4.4 984 Assista AgoraEstou vendo pela segunda vez após alguns anos. Na primeira vez que vi, tinha gostado bastante, mas depois de estudar cinema, ter visto muitas obras audiovisuais, não curti tanto. Mas vale a pena pra ver o desenvolvimento da relação entre Will e Hannibal, os diálogos, as ironias etc.
A Madeline de Madeline
3.2 17As personagens são muito interessantes e complexas, cada uma doente de alguma maneira. A direção e montagem são criativas, misturando surrealismo com cenas quase documentais. Gosto muito do tratamento que dão à protagonista: como o de uma adolescente, e das pessoas como humanas. Muitas vezes os filmes querem mostrar personagens super diferentes, quase super heróis e sempre cientes da intenção do outro. Aqui não, são personagens humanos e cheios de falhas, inseguranças.
O lado negativo do filme é no meio dele, talvez pelo estilo da diretora/roteirista que numa entrevista disse entender melhor o processo na montagem, e aí pode ser um pouco cansativo-barulhento uma parte do filme, que bate numa mesma tecla e ritmo por um tempo, embora não tenha cenas longas, arrastadas, pelo contrário.
Por outro lado, esse ritmo frenético contribui para a ambientação psicológica da protagonista, especialmente no final, quando ela mostra aos outros a versão dela mesma. É tudo o que ela quer: ser ela mesma, e não uma interpretação de outra pessoa, não uma vida controlada e manipulada como se ela fosse apenas um objeto.
Belíssimo filme. Apesar desse cansaço do meio dele ,vale muito a pena.
Shirley
3.3 70 Assista AgoraMe lembrou muito Estou Pensando Em Acabar Com Tudo, mas sem as partes arrastadas e longas, com muito mais dinamismo, personagens mais complexos e interessantes, atuações incríveis de Elizabeth Moss, fotografia, arte, montagem, tudo muito fluído, mesmo tendo seu toque de caos, ainda que mais leve que o filme citado.
Não Há Mal Algum
4.0 35O último curta é lindo demais e muuito bem dirigido. Os outros, nem tanto. Se fosse pelos outros, daria nota 3,5. Se fosse pelo último, 4,5 ou 5
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 404Tem 3 episódios bons, o resto é muita bagunça. Faltou tempo de maturidade pro roteiro, eu acho. O final deixa isso muito claro, quando vemos que as soluções foram tiradas do nada e o roteiro força uma resposta e atitudes incoerentes das personagens numa tentativa de final épico. É uma pena. Queria muito ter gostado da série, mas...
O Animal Cordial
3.4 618 Assista AgoraIncrível pra um filme escrito em uma semana. Pena que teve tantos problemas de áudio. Poderia também ter mais tempo de roteiro. Irandhir sensacional na atuação. Murilo também!
A Tartaruga Vermelha
4.1 392 Assista AgoraO filme é muito bonito e interessante por não haver diálogos, mas confesso que achei este filme muito diferente dos outros do Studio Ghibli. Esperava mais tempo acompanhando a tal da tartaruga vermelha, segurando mais o mistério sobre ela. Revela-se muito cedo e acaba que o filme não é sobre essa tartaruga vermelha, e sim sobre um naufrago que em determinado momento encontra uma tartaruga vermelha em uma parte curta do filme (não quero revelar mais). Mas as duas pessoas que conheço que viram também acham muito lindo e tudo. :)
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraNa camada superficial, o filme parece ser um romancezinho boy-meet-girl que fala sobre o tempo, com direito a uma insistente trilha sonora romântica. Na real, o filme fala sobre um maníaco manipulador e mentiroso que tá fazendo de tudo pra arranjar uma namorada qualquer, inclusive usando cantadas genéricas que o roteiro romantiza, tratando as mulheres do filme apenas como extensão da mente egocêntrica e objetificadora masculina, cheio de reações inconsistentes e que contradizem o proprio roteiro, com direito a mulher ficando excitada porque o cara sabia como tirar o sutiã (tipo "Nossa, você tira o sutiã de uma maneira tão sexy kkk). A atriz, coitada, nem conseguiu disfarçar o incredulidade dos próprios diálogos, deixando escapar algumas caretas ao dizer frases forçadas pelo roteiro como algo romântico (mas que não deveria ser).
Se essas questões te incomodam em 500 Dias Com Ela, esse é pior, pois em 500 Dias, pelo menos o roteiro tá repleto de cenas que justificam a paixão do protagonista por Summer, já que ela o faz sair de seu mundo e viver experiências bem diferentes das que era acostumado. Aqui não, a "mocinha" é só uma mocinha que o protagonista encontrou literalmente às escuras e "encarnou" nela. Outro ponto melhor no outro filme é que lá o assunto "Smiths" não fica só no diálogo, na cena do elevador, ele é dramatizado e tem relação direta com a relação deles (a gente vê o impacto de Smiths no dia-a-dia do casal), ao contrário daqui, que Kate Moss é apenas mencionada.
Romance
4.0 576Maravilhoso esse filme, principalmente em como as camadas metalinguísticas se entrelaçam de forma fluída entre literatura, teatro, TV, cinema etc. Amei o final também
Bete Balanço
3.1 115 Assista AgoraFilme divertido e libertador quando pensamos ser uma protagonista mulher querendo ser uma rock star brasileira. O argumento do filme parece ser muito bom. Fica claro o sistema de causa e consequência na estória, mas no roteiro ela tem um problema grande de transição entre os pontos chave. As atuações e principalmente as dublagens e a mixagem de trilha musical me deram agonia. Pesaram a mão. Vale a pena pra acompanhar a estória dela e se divertir com uma trama leve e que nos tira umas risadas.
Bacurau no Mapa
3.7 27Pra quem é da área de cinema, é bem estimulante ver esse making of
Circle
3.0 682 Assista AgoraNão dá pra sustentar um filme somente pela premissa. E mesmo a premissa não é lá essas coisas para cinéfilos e estudantes de cinema menos inocentes, digamos assim. Na prática, o roteiro e a direção são extremamente rasas e previsíveis. Ele tenta fazer um discurso anti-racista, anti-estereótipo, anti-preconceito (extremamente rasos, por sinal) e acaba caindo exatamente no racismo, estereótipo, preconceito quando coloca as mulheres e não-brancos como figurantes, não dando voz nem argumento a eles. Não discuto o resultado da votação, mas o percurso até chegar lá. Bem ruim. O único ponto positivo do filme é o ritmo.
Amadeus
4.4 1,1KQuando assisto cinebiografias de bandas ou músicos, percebo que a música em si influencia bastante a percepção das pessoas sobre as cenas e elas associam as músicas à qualidade do filme. Mesmo quando um filme é ruim como Bohemian Rapsody, dá a impressão de ser um filme incrível porque Queen é incrível, mas não foi mérito do filme.
Bem, voltando ao Amadeus, filme indiscutivelmente melhor que Bohemian Rapsody, é interessante acompanhar as tentativas frustradas de Salieri, único personagem não linear da estória, o que é uma pena colocar Mozart apenas como um bobão que fazia grandes músicas, deixando o filme quase todo sustentado por Salieri. É interessante também quando temos cenas de composição, especialmente uma das últimas cenas que faz valer o filme todo quando Salieri transcreve uma música composta por Mozart. Uma verdadeira aula de diálogo, de tensão, imersão musical. A outra cena fantástica também é a entrada do padre no quarto de Salieri no início e as várias quebras de expectativa, as reações das duas personagens.
Tirando essas duas cenas citadas acima, posso dizer que o filme é bastante comum e raso. Nem sequer cita a sinestesia de Mozart. Imagina que incrível seria uma cena com Mozart compondo uma música através de uma imagem! Também como disse: Mozart é linear, levado pela necessidade de dinheiro, aparentemente. Vemos nesse personagem não exatamente uma paixão pela música que faz, mas uma vaidade e arrogância que nós, o público, precisamos acreditar que a música é incrível, quando há poucas cenas que mostram o efeito dessas músicas no público, que somente aplaude, mas não vemos reações das pessoas como acontece em Perfume quando as pessoas sentem as fragrâncias.
Outro ponto negativo é essa narração disfarçada quando o padre tem que sabe-se lá quanto tempo sentado, calado. Se eu fosse o padre, eu teria ido embora na primeira meia hora kkk Poderíamos ali ter usado para aprofundar a estória, a percepção de Salieri sobre seus atos e memórias, mas não, era só pra justificar a narração
Resumindo: o filme é bom, apesar de não aprofundar as camadas de Mozart, e tem duas cenas incríveis. :)
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraAdmiro muito o trabalho de Kaufman como roteirista, mas esse filme aqui me soou muito como um filme de Kaufman para Kaufman, porque achei muito distante mesmo dos filmes dele. Fotografia e figurinos lindos nas cenas internas da casa. No mais, filme cansativo com 50 minutos de cabeças falantes dentro de um carro sobre assuntos específicos metidos a intelectuais e que não tem muita conexão entre si, com uma direção e roteiro que não geram conflito nem no diálogo nem na cena, termina introduzindo elementos que não dão em nada e finalizam com personagens que nem tivemos o prazer de conhecer, portanto não nos importamos, e movimentos que o roteiro não desenvolve durante o filme. O trailer dá uma impressão totalmente diferente do filme, especialmente pra quem já viu os outros filmes de Kaufman. Decepção é a palavra aqui. Ele até começa interessante gerando um certo mistério que dá uma curiosidadezinha, mas também não dá em nada.
Disque Amiga para Matar (2ª Temporada)
4.0 106Totalmente desnecessária essa temporada. A primeira ainda segurava com caminhos surpreendentes. Essa é bastante previsível, nada acontece, feijoada. Começa e termina do mesmo jeito. Não tem fôlego.
Tudo em relação ao irmão gêmeo de Steve foi forçado: a apresentação artificial dele como alguém bobão, o clima exageradamente leve diante do sumiço de um irmão a semanas, a aproximação dele com as protagonistas, o caso dele com ela, a atuação, tudo muito forçado pelo roteiro.
O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
3.6 478 Assista AgoraFilme redundante (especialmente a conclusão), cansativo, todo apoiado em narração que não aprofunda em nada os personagens, com umas imagens que também não aprofundam, só reforçam a narração. Apresenta personagens desinteressantes sem fortes motivações, conclui as subtramas de qualquer jeito, tenta a todo custo nos fazer sentir pena de Robert: primeiro mostra que não recebeu aplauso pelo assassinato, depois põe ele falando que não recebeu aplauso, depois põe na narração que ele não recebeu aplausos. Facilmente dava pra cortar 1 hora de filme e ainda deixar a estória mais interessante. Senti como uma tortura, praticamente. Fora que as decisões dos personagens não fazem sentido. Muito ruim.
Vi esse filme depois de uma recomendação de um canal no youtube em inglês chamado "Art Of STory". No video, o filme parecia ser mto interessante e cheio de significados, mas vendo aqui, depois de ver e estudar mais de 1000 filmes, vejo que é apenas uma bagunça de roteiro.
Kramer vs. Kramer
4.1 551 Assista AgoraMuito bem escrito, equilibrado, quase todas as cenas tem alguma virada. O ritmo também é muito bem desenhado. Só não dá pra dar nota máxima por três motivos:
1) A conclusão teve um tempo muito curto, fraco. Esperava mais tanto do roteiro nesse finalzinho quanto das atuações. Hoffman aqui não pareceu se importar muito com o resultado e o roteiro também não dá espaço para apreciarmos essa conclusão.
2) Faltou contexto social, faltou entendermos o universo que as personagens estavam. Poderia ter aprofundado isso para o filme se tornar maior do que simplesmente uma estória de guarda pelo filho.
3) Os personagens não são muito bem explorados além da trama principal. Não há subtramas e até mesmo no tribunal os argumentos ficam um pouco previsíveis, rasos.
Em suma, o resultado é muito satisfatório, especialmente pelo equilíbrio que o roteiro dá, não demonizando ninguém. É bem dirigido e são bons atores, apesar de Hoffman ter faltado um pouco no final, mas não é um filme pra chamar de incrível ou que nos traz significados profundos sobre a vida.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraEngraçado ver os comentários e notas do filme discutindo veracidade ou falsidade dos fatos no filme. É ficção. Ponto. Agora, o filme é OK, serve mais como curiosidade sobre a história do Facebook, um filme informativo, mas um tanto burocrático e pouco inspirador, com um ritmo sem pausas, o que torna o filme acelerado demais, monótono. É a segunda vez que vejo. Não gostei da primeira vez, nem da segunda.
Crash: No Limite
3.9 1,2KSe você é "branco" como eu e achou o filme bonito, tenta refletir um pouco na mensagem que o filme passa. É o mesmo que fazem em Green Book: um filme para brancos se sentirem menos racistas e americanos se sentirem menos xenofóbicos, já que "no fundo, todos têm preconceitos :D vamos dar as mãos e ser felizes". Porra. Não é assim. A mulher no final abraçando a empregada foi BIZARRO, primeiro porque ela foi usada, humilhada o tempo todo, e no fim ainda é obrigada a cuidar da mulher e abraçar pra ela se sentir menos racista e exploradora? Até a segunda metade do filme tava massa, mas estragaram com essa mensagem de que "mesmo racistas são boas pessoas :D amem racistas".
O ponto positivo do filme é só que é tecnicamente bem escrito e dirigido, mas foi escrito por dois homens brancos retratando a visão DELES sobre diversidade. Mas o que desmerece o filme não é eles serem brancos, é perceber que aparentemente eles nem pesquisaram ou conversaram com pessoas de outras etnias e pediram opinião sobre o roteiro. Se tivessem ouvido mais, a mensagem não seria tão rasa.
Rocky: Um Lutador
4.1 848 Assista AgoraEu costumo dizer que existem dois tipos de filmes, independente de serem bons ou ruins: aqueles que são feitos e entregues de qualquer jeito, e aqueles que acreditam no projeto e dão o máximo de si. Rocky, Um Lutador é esse segundo. Inspirador, simples, realista, escrito e produzido com muito vigor, muito carinho e cuidado. São filmes assim que valorizo, mesmo notando vários problemas técnicos ou tendo um roteiro mais simples. Dá pra sentir no filme que os realizadores deram o melhor de si. No entanto, confesso que esperava mais da segunda metade do filme em relação ao desenvolvimento do personagem pra chegar na decisão dele antes do clímax. Também sempre me incomoda quando escrevem personagens mulheres só para apoiar o protagonista, ou servir de prêmio, como se ela não tivesse vontade própria.
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraQue gostosinho esse filme. Leve, bem escrito, despretensioso. Dá vontade de continuar acompanhando aquela estória. Não há grandes dramas, mas a experiência de um menine que não sabe o que é transexualidade em uma família e universo que também não sabe. E ele só quer brincar, ser ele mesme.
Barton Fink, Delírios de Hollywood
4.0 174 Assista AgoraTirando a conclusão, o filme é muito bom, especialmente a introdução, onde conhecemos muito sobre o protagonista, seus desejos, seu nome, suas relações nos primeiros 8 minutos. Vale muito a pena. Mas começou a cair o nível quando emplaca um tom mais cômico na segunda metade. E esse tipo de estória de bloqueio criativo de escritor é tão batida. Tudo bem que aí é 1991, mas pra mim faltou mão no roteiro no final, ficou exagerado e meio aleatória essa "crítica a Hollywood";