Há bastante tempo que assisti Profondo Rosso, mas apesar de gostar muito deste Suspiria certamente é a obra máxima do Argento. Nos traz momentos de tensão e certo pavor aliados a uma trilha sonora sombria no contraste genial com as cores vibrantes do filme.
Stephen Frears utilizou uma história única e conseguiu um bom resultado. O roteiro, com diálogos inteligentes e situações memoráveis, não se ofuscou pelos momentos de leve apelo dramático. Acho que os elogios à presença de Judi Dench jamais ficariam restritos ao meu comentário, pois ela estava numa atuação à altura do papel maternal presente no filme.
Como produzir ficção científica e ao mesmo tempo um filme tão ''real'' com a premissa delicada mas o resultado sofisticado? Até agora, acho que apenas em Her. Outros aspectos que valem ser destacados é a fotografia e cenário, ambos incríveis.
Abril Despedaçado faz parte dos raros filmes brasileiros com uma dramatização mais consistente e menos apelativa, e que não se anula num clichê abusivo. Ainda nos traz a perspectiva história do Brasil na década de 1910, logo no inicio do século XX, as questões de posse de terra e os traços do Coronelismo. Gostei muito da atuação do Rodrigo Santoro e as particularidades dos personagens, é um filme bonito
Obra-prima de Dreyer. Não há uma religiosidade exacerbante e sim diálogos e pensamentos para se refletir. E que final fantástico! Beirando o metafísico.
Mesmo que o segredo exista implicitamente durante todo o filme a tensão não é focalizada na revelação definitiva, pois nem de longe é o principal intuito de Vagas Estrelas da Ursa, que nos remete a um passado primordial e ao mito, passeando também na história da humanidade, principalmente a contemporânea. E nos apresenta o dilema familiar cheio de pormenores e segredos, muito bem executado por Visconti. A fotografia sombria e melancólica junto com a ininterrupta trilha sonora de quê trágico entrou numa harmonia com os outros aspectos, os personagens com suas particularidades flui de forma sobrenatural.
Noites Brancas foi baseado num dos livros de Doistoiévski que mais gosto. A fotografia, os cenários e cenas memoráveis com Mastroiani são alguns dos pontos positivos do filme. Certas coisas são difíceis para se retirar de um livro, ainda mais se tratando do escritor que soube retratar o ser humano de forma profunda, mas nesse caso não há necessariamente uma questão adaptativa como Morte em Veneza, baseado no livro do Mann, que obteve um resultado espetacular. Por isso seria errôneo comparar aos detalhes do livro à obra do Visconti.
Encerra a Trilogia do Proletariado ou quem sabe subjetivamente: A trilogia da realidade. O que vemos no filme é exatamente a verdade crua nos seus atos, a desilusão de uma mulher finlandesa que vive na frieza da sua rotina e sub existência e que sucessivamente custa outras vidas.
Kaurismäki me lembrou em certo ponto o cinema da fase ''restritamente polonesa'' de Kieślowski pelo modo de abordar o cotidiano diretamente...
Não há fatos para justificar precisamente de forma imprevisível e genial, mas o filme é ainda um dos melhores de Hitchcock, tanto pelas mensagens a se passar quanto pelo trabalho visual e ainda por Nathalie Hedren, que literalmente sofreu na mão do diretor.
A posição do documentário é ímpar e admirável, pois o Diretor acima de tudo conquistou confiança suficiente para deixá-los retratar a verdade e denunciar a eles mesmos. E o mais estranho não são os crimes anticomunistas em si (já que a realidade dos diálogos e fatos consegue ser para além de estranho, perturbador), mas a consciência do grupo e os argumentos utilizados, como se fossem suficientes para justificar os assassinatos e torturas.
Um cinema autoral francês no século XXI fica quase que limitado a Brisseau. O longa passa longe de qualquer superficialidade, embora fale da filosofia de forma direta. Mas não se restringe à abordagem filosófica, há também o amor: menos erótico e mais transcendental e a espiritualidade em comum do Cineasta com o Eric Rohmer. Até as cenas metafisicas ficaram interessantes...
Ousadamente realista. O filme não mostra uma cultura do passado, mas a limitação individual em pleno século XXI pela tradição perdurada até hoje como sendo irrevogável. O Sonho de Wadjda tão perto mas ao mesmo tempo tão distante... Lindo.
Tatuagem impregna em você até o momento de esquecer a música. O filme focou no ambiente do Chão de Estrelas, o que acho natural abordar a ditadura de forma mais justificativa porém sem perder a importância. É uma exceção no teor sexual, ao contrário de muitos filmes brasileiros em que esse tipo de coisa fica deslocado, sem noção e exagerado.
Há dois anos atrás eu iria assistir O Raio Verde sem saber de antemão que se tratava de um filme do Eric Rohmer... Ele é belo mesmo envolvendo a história de uma personagem que vive numa solidão, mas ao mesmo tempo possui a delicadeza cinematográfica francesa e o contexto interessantíssimo sobre o respectivo título do filme. Sem falar que Delphine é uma das poucas personagens que você não consegue se identificar por meio termo: é nada ou tudo.
Acho muito interessante o fato de não abordar substancialmente a sexualidade de Adèle de forma limitada como a repercussão das cenas de sexo. A filmagem realista e intimista entra profundamente na consciência o tornando natural.
A classificação indicativa onde assisti constava 12 anos, estranho...
Como uma recifense nada leiga do lugar onde moro foi formidável e de uma nostalgia misteriosa presenciar num filme de Alberto Cavalcanti o Recife nos anos de 1950 e me deparar com os mesmos lugares bastante diferentes mas reconhecíveis. Ressaltando um comentário feito pelo Diário de Pernambuco na época da estreia, fala por si só: "A humanidade do filme é de uma força que excede o que antes emergiu da cinematografia nacional".
A profundidade e lucidez de Saraband, mesmo com a mudança radical de uma utilização clássica com película para um advento digital não ofuscou ou deixou de vir à tona as características que permeia a vida retratada por Bergman. O lado bom de ser o último filme dele é completar a frase afirmando ser um final tão visceral quanto seus antecessores. Sem falar nos diálogos, que mostram algo inflexível denotando um final puramente bergniano nos seus exatos 85 anos de vida!.
A metáfora que é o personagem Terence na vida de uma família burguesa e a iniciativa frustrada deles por uma identidade própria, sendo cada um a representação no que temos na sociedade (inclusive a empregada!) foi muito bem 'traduzido' para o Cinema. Tudo girando em torno da visão marxista que o diretor soube deixar evidente e utilizar muito bem.
É uma pena ser desconhecido do público de cinema clássico, embora fique bem evidente a falta de investimentos técnicos o breve enredo é original e o final muito inteligente!.
Suspiria
3.8 978 Assista AgoraHá bastante tempo que assisti Profondo Rosso, mas apesar de gostar muito deste Suspiria certamente é a obra máxima do Argento. Nos traz momentos de tensão e certo pavor aliados a uma trilha sonora sombria no contraste genial com as cores vibrantes do filme.
Philomena
4.0 920 Assista AgoraStephen Frears utilizou uma história única e conseguiu um bom resultado. O roteiro, com diálogos inteligentes e situações memoráveis, não se ofuscou pelos momentos de leve apelo dramático. Acho que os elogios à presença de Judi Dench jamais ficariam restritos ao meu comentário, pois ela estava numa atuação à altura do papel maternal presente no filme.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraComo produzir ficção científica e ao mesmo tempo um filme tão ''real'' com a premissa delicada mas o resultado sofisticado? Até agora, acho que apenas em Her. Outros aspectos que valem ser destacados é a fotografia e cenário, ambos incríveis.
Abril Despedaçado
4.2 673Abril Despedaçado faz parte dos raros filmes brasileiros com uma dramatização mais consistente e menos apelativa, e que não se anula num clichê abusivo. Ainda nos traz a perspectiva história do Brasil na década de 1910, logo no inicio do século XX, as questões de posse de terra e os traços do Coronelismo.
Gostei muito da atuação do Rodrigo Santoro e as particularidades dos personagens, é um filme bonito
E triste, pelo significado dado à vida e pela morte de Pacú.
A Palavra
4.5 100Obra-prima de Dreyer. Não há uma religiosidade exacerbante e sim diálogos e pensamentos para se refletir. E que final fantástico! Beirando o metafísico.
Vagas Estrelas da Ursa
4.1 27Mesmo que o segredo exista implicitamente durante todo o filme a tensão não é focalizada na revelação definitiva, pois nem de longe é o principal intuito de Vagas Estrelas da Ursa, que nos remete a um passado primordial e ao mito, passeando também na história da humanidade, principalmente a contemporânea. E nos apresenta o dilema familiar cheio de pormenores e segredos, muito bem executado por Visconti. A fotografia sombria e melancólica junto com a ininterrupta trilha sonora de quê trágico entrou numa harmonia com os outros aspectos, os personagens com suas particularidades flui de forma sobrenatural.
Noites Brancas
4.0 62Noites Brancas foi baseado num dos livros de Doistoiévski que mais gosto. A fotografia, os cenários e cenas memoráveis com Mastroiani são alguns dos pontos positivos do filme.
Certas coisas são difíceis para se retirar de um livro, ainda mais se tratando do escritor que soube retratar o ser humano de forma profunda, mas nesse caso não há necessariamente uma questão adaptativa como Morte em Veneza, baseado no livro do Mann, que obteve um resultado espetacular. Por isso seria errôneo comparar aos detalhes do livro à obra do Visconti.
Ladrões de Bicicleta
4.4 533 Assista AgoraA sequência do Bruno chorando me faz agradecer avidamente pelo cinema existir e ter o De Sica para proporcionar um filme como Ladrões de Bicicleta....
A Garota da Fábrica de Fósforos
3.9 161 Assista AgoraEncerra a Trilogia do Proletariado ou quem sabe subjetivamente: A trilogia da realidade. O que vemos no filme é exatamente a verdade crua nos seus atos, a desilusão de uma mulher finlandesa que vive na frieza da sua rotina e sub existência e que sucessivamente custa outras vidas.
Kaurismäki me lembrou em certo ponto o cinema da fase ''restritamente polonesa'' de Kieślowski pelo modo de abordar o cotidiano diretamente...
Os Pássaros
3.9 1,1KNão há fatos para justificar precisamente de forma imprevisível e genial, mas o filme é ainda um dos melhores de Hitchcock, tanto pelas mensagens a se passar quanto pelo trabalho visual e ainda por Nathalie Hedren, que literalmente sofreu na mão do diretor.
O Ato de Matar
4.3 134A posição do documentário é ímpar e admirável, pois o Diretor acima de tudo conquistou confiança suficiente para deixá-los retratar a verdade e denunciar a eles mesmos. E o mais estranho não são os crimes anticomunistas em si (já que a realidade dos diálogos e fatos consegue ser para além de estranho, perturbador), mas a consciência do grupo e os argumentos utilizados, como se fossem suficientes para justificar os assassinatos e torturas.
A Garota de Lugar Nenhum
3.7 23Um cinema autoral francês no século XXI fica quase que limitado a Brisseau. O longa passa longe de qualquer superficialidade, embora fale da filosofia de forma direta. Mas não se restringe à abordagem filosófica, há também o amor: menos erótico e mais transcendental e a espiritualidade em comum do Cineasta com o Eric Rohmer. Até as cenas metafisicas ficaram interessantes...
O Sonho de Wadjda
4.2 137 Assista AgoraOusadamente realista. O filme não mostra uma cultura do passado, mas a limitação individual em pleno século XXI pela tradição perdurada até hoje como sendo irrevogável. O Sonho de Wadjda tão perto mas ao mesmo tempo tão distante... Lindo.
Broken
4.0 79Um clichê melhor trabalhado.
Tatuagem
4.2 923Tatuagem impregna em você até o momento de esquecer a música. O filme focou no ambiente do Chão de Estrelas, o que acho natural abordar a ditadura de forma mais justificativa porém sem perder a importância. É uma exceção no teor sexual, ao contrário de muitos filmes brasileiros em que esse tipo de coisa fica deslocado, sem noção e exagerado.
''Deus não existe, apenas deusas!'', hahaha.
O Raio Verde
4.1 87Há dois anos atrás eu iria assistir O Raio Verde sem saber de antemão que se tratava de um filme do Eric Rohmer... Ele é belo mesmo envolvendo a história de uma personagem que vive numa solidão, mas ao mesmo tempo possui a delicadeza cinematográfica francesa e o contexto interessantíssimo sobre o respectivo título do filme. Sem falar que Delphine é uma das poucas personagens que você não consegue se identificar por meio termo: é nada ou tudo.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraAcho muito interessante o fato de não abordar substancialmente a sexualidade de Adèle de forma limitada como a repercussão das cenas de sexo. A filmagem realista e intimista entra profundamente na consciência o tornando natural.
A classificação indicativa onde assisti constava 12 anos, estranho...
A Baía dos Anjos
3.8 30Moreau espetacular, roubou todas as cenas desde a expulsão do Cassino. Interessante foi o fato de ter assistido após ler O jogador, de Dostoiévski,
O Mistério Do Número 17
2.9 25(Ruim) Confuso, me perdi num filme que nem sequer sustenta uma história.Trata-se de um filme do... Alfred Hitchcock?!
O Canto do Mar
3.8 14 Assista AgoraComo uma recifense nada leiga do lugar onde moro foi formidável e de uma nostalgia misteriosa presenciar num filme de Alberto Cavalcanti o Recife nos anos de 1950 e me deparar com os mesmos lugares bastante diferentes mas reconhecíveis. Ressaltando um comentário feito pelo Diário de Pernambuco na época da estreia, fala por si só: "A humanidade do filme é de uma força que excede o que antes emergiu da cinematografia nacional".
Sarabanda
4.1 65A profundidade e lucidez de Saraband, mesmo com a mudança radical de uma utilização clássica com película para um advento digital não ofuscou ou deixou de vir à tona as características que permeia a vida retratada por Bergman. O lado bom de ser o último filme dele é completar a frase afirmando ser um final tão visceral quanto seus antecessores. Sem falar nos diálogos, que mostram algo inflexível denotando um final puramente bergniano nos seus exatos 85 anos de vida!.
Teorema
4.0 198Pasolini fez de teorema um filme sutil em vários pontos e num todo genial.
A metáfora que é o personagem Terence na vida de uma família burguesa e a iniciativa frustrada deles por uma identidade própria, sendo cada um a representação no que temos na sociedade (inclusive a empregada!) foi muito bem 'traduzido' para o Cinema. Tudo girando em torno da visão marxista que o diretor soube deixar evidente e utilizar muito bem.
A Curva do Destino
3.8 49 Assista AgoraÉ uma pena ser desconhecido do público de cinema clássico, embora fique bem evidente a falta de investimentos técnicos o breve enredo é original e o final muito inteligente!.
Pink Floyd - Pulse
4.8 80O melhor show em amplos sentidos junto com ''Ok computer'' do Radiohead.