"O Estrangeiro" de Albert Camus, adaptado para o cinema por Luchino Visconti, que segundo a crítica: " Em 1967, o cineasta italiano começa a trabalhar num argumento que transpõe a ação de O Estrangeiro dos anos 30 para os anos 60, descobrindo-lhe uma nova atualidade política focada no fim dos impérios coloniais (tendo a Guerra da Argélia como pano de fundo). Acontece que a viúva de Camus - o trabalho já ia adiantado e o produtor Dino De Laurentis investido soma considerável - veta o projeto, exigindo que a adaptação seja escrupulosamente fiel ao livro. Forçado a suprimir as guerras de independências coloniais, Visconti ainda tenta desistir do projeto (agarra-se à desculpa de Alain Delon não poder fazer o papel de Mersault, que acabaria nas mãos de Marcello Mastroianni como o intérprete), mas já era demasiado tarde. Uma vez concluído, às pressas, 'Lo Straniero' resulta num Visconti distante, 'sem o olhar' do diretor que tanto encantara o público em suas obras anteriores.»
O livro trata de encontros fictícios entre personagens reais. Nietzsche, até onde se sabe, nunca encontrou com dr. Breuer nem ao menos passou por qualquer tipo de tratamento psicanalítico e o interessante está nessa união de eventos reais ocorridos, separadamente entre esses homens, transportados para a ficção de maneira que tudo se encaixa. Quando Nietzsche Chorou é muito bem amarrado, trazendo o momento do germinar da psicanálise para o centro da discussão. Como fazer um paciente como Nietzsche cooperar? Pior ainda: como fazê-lo cooperar sem saber que estaria sendo tratado? Breuer recebe tal missão de uma jovem russa muito atraente, Lou Salomé, que diz estar preocupada com seu amigo Friedrich (Nietzsche), um homem brilhante que, ela clama, será o futuro da filosofia e que sofre de impulsos suicidas. Breuer concorda em tratá-lo a partir de sua embrionária terapia pela conversa que, ainda sem grandes confirmações científicas, foi sua grande aposta ao tratar de uma paciente especial que sofria de histeria.
- Este é um thriller militar importante, um documento que deve ser visto. Além de suas qualidades técnicas, sem ser melodramático e romântico, o filme apresenta uma história concisa.
- Filmes sobre crianças-soldado na África costumam ser rodados em estilo documental e em tom de denúncia. A Feiticeira da Guerra, dirigido pelo canadense de ascendência vietnamita Kim Nguyen ousa colocar algum lirismo nesse assunto horripilante.
Muitos filmes são para entreter, mas alguns são especiais e marcantes, nos tocam, além dos olhos, da alma e do coração. Este é um exemplo. Embora o tema pareça deprimente, velhice, solidão e morte, o filme retrata com leveza e até com passagens bem-humoradas.
- Obra sensorial e aberta a interpretações. Nessa versão, Orson Welles procurou ser fiel a Kafka, possíveis modificações saiu da imaginação do diretor para adaptá-la aos anos sessenta. Um dos melhores filmes de Orson Welles.
É um ótimo thriller. Com cenários góticos da mansão vitoriana e seus amplos espaços escuros a atmosfera torna-se sombria o que cria verdadeiros momentos de suspense.
Filmado inteiramente usando luz natural, o filme Paganini é um tentativa honesta do escritor/diretor/ator Klaus Kinski de retratar a vida do lendário violinista, tanto que usou muitas locações reais.s.. Por mais que esse filme pareça uma tentativa de excentricidade, com mais ênfase no papel de Kinski, ele consegue retratar Paganini como o casulo de sofrimento de um ser humano; nunca satisfeito, sempre incompleto e quase sempre espiritualmente morto. Tem uma ótima trilha sonora graças aos esforços do violinista Salvatore Accardo. Também tem as atuações da esposa de Kinski, Deborah Caprioglio Kinski e seu filho Nikolai Kinski, que fazem seus papéis incrivelmente bem. Este é um filme essencial, sem importar se você é fã ou não de Klaus Kinski. Infelizmente, este é seu último filme.
Filme, ou documentário, breve, com imagens muito belas e uma filmagem extraordinária. Fala dessa grande figura do Jazz e da música de sempre: O ícone do Jazz da Costa Oeste dos USA. e a canção "Almost blue". - O filme ganhou o Prêmio Internacional da Crítica, no Festival de Veneza em 1988.
É um dos filmes representativos entre aqueles que na virada dos anos 1960 para os 70 procuravam fugir do lugar-comum e manter o diálogo aberto com um público que – às voltas com a Guerra do Vietnã, a liberdade sexual, dentre outras conquistas sociais – se tornava muito mais crítico e não se espelhava mais – ou tão somente – numa dramaturgia romântico-intimista, que encontrou apogeu no cinema dos anos 1930 e 40. "
- Essa adaptação para as telas rendeu seis indicações para o Oscar, incluindo Melhor Ator (Cornel Wilde) e Melhor Roteiro Original. O filme foi produzido para promover o discurso em favor da liberdade da Polônia (então sob o domínio nazista, afinal foi a invasão dela que provocou a Segunda Guerra e logo mais tarde, pelos russos novamente). Paul Muni, no papel do professor de Chopin, é um grande destaque. - A trilha sonora do filme é simplesmente soberba, e só por isso já compensa assisti-lo. O álbum contém 16 das mais conhecidas músicas do compositor polonês, entre elas: Noturno Opus 9 nº 2, Estudo Revolucionário (Dó menor) Opus 10 nº 12, 15º e 16º Prelúdios Opus 28, Estudo Opus 10 nº 3 (Tristesse), Primeira Balada Opus 23 e muitas outras. A música piano da trilha sonora é executada por José Iturbi.
Valsa Com Bashir, animação que quase recria uma espécie de auto-biografia documental acerca dos terríveis episódios ocorridos durante o Massacre de Sabra e Chatila. Através de uma narrativa que confere teor documentarista ao longa, 'Valsa' estrutura não só um enredo forte e pesado, como nos brinda com uma técnica de animação – desenho a mão, com traços de HQ – pouco usada no cinema nos últimos anos e repleta de beleza, e detalhes incríveis.
A primeira meia hora de filme tem poucos diálogos, a narrativa e construção de atmosfera são primorosas e depois disso o filme tem algumas viradas espetaculares e uma discussão interessante sobre o tema da identidade.
- Tecnicamente excelente mas o grande atrativo do filme é o roteiro e toda a avalanche de pensamentos e sentimentos que ele pode gerar em cada um de nós.
Vício e miséria, um início preciso para esse filme de Kurosawa, já que sua câmera acompanhará personagens que se encontram nesse estado. São personagens sujos, desiludidos, sem esperança. São várias facetas do fracasso. O fracasso profissional, o fracasso nos relacionamentos, o fracasso diante de uma doença severa. E o mais triste disso tudo é que os personagens não parecem enxergar a porta de saída, a rota de fuga, isso se elas realmente existirem.
Existem muitos filmes de guerra. A maioria deles de ação. Poucos utilizam o tema como forma de contestação. Em A Harpa da Birmânia, o diretor japonês Kon Ichikawa conta uma história carregada de poesia, beleza, dor e desespero.
O cinema underground de Jarmusch é para poucos já que é bem comum seus filmes serem tachados de chato, parado, louco, nonsense etc. Um filme exclusivamente de arte.
O cinema underground de Jarmusch é para poucos já que é bem comum seus filmes serem tachados de chato, parado, louco, nonsense etc. Um filme exclusivamente de arte.
começo pouco convencional, surpreendente e nem um pouco revelador, Resnais convida o espectador a uma brincadeira, e é aí que percebemos que Vocês Ainda… será uma grande farsa de mise en scène.
Geralmente voltado para descrever os processos de desintegração do homem burguês, que ele conhece bem por ser um deles, Michelangelo Antonioni coloca em O grito (Il grido; 1957) o universo operário: já não são pessoas dilaceradas exclusivamente pela crise existencial, mas homens e mulheres que têm de lutar por sua sobrevivência e chegam às vezes a passar fome, elemento novo e inusitado num filme de Antonioni
O Estrangeiro
3.8 49"O Estrangeiro" de Albert Camus, adaptado para o cinema por Luchino Visconti, que segundo a crítica: " Em 1967, o cineasta italiano começa a trabalhar num argumento que transpõe a ação de O Estrangeiro dos anos 30 para os anos 60, descobrindo-lhe uma nova atualidade política focada no fim dos impérios coloniais (tendo a Guerra da Argélia como pano de fundo). Acontece que a viúva de Camus - o trabalho já ia adiantado e o produtor Dino De Laurentis investido soma considerável - veta o projeto, exigindo que a adaptação seja escrupulosamente fiel ao livro. Forçado a suprimir as guerras de independências coloniais, Visconti ainda tenta desistir do projeto (agarra-se à desculpa de Alain Delon não poder fazer o papel de Mersault, que acabaria nas mãos de Marcello Mastroianni como o intérprete), mas já era demasiado tarde. Uma vez concluído, às pressas, 'Lo Straniero' resulta num Visconti distante, 'sem o olhar' do diretor que tanto encantara o público em suas obras anteriores.»
Quando Nietzsche Chorou
3.5 291 Assista AgoraO livro trata de encontros fictícios entre personagens reais. Nietzsche, até onde se sabe, nunca encontrou com dr. Breuer nem ao menos passou por qualquer tipo de tratamento psicanalítico e o interessante está nessa união de eventos reais ocorridos, separadamente entre esses homens, transportados para a ficção de maneira que tudo se encaixa.
Quando Nietzsche Chorou é muito bem amarrado, trazendo o momento do germinar da psicanálise para o centro da discussão. Como fazer um paciente como Nietzsche cooperar? Pior ainda: como fazê-lo cooperar sem saber que estaria sendo tratado? Breuer recebe tal missão de uma jovem russa muito atraente, Lou Salomé, que diz estar preocupada com seu amigo Friedrich (Nietzsche), um homem brilhante que, ela clama, será o futuro da filosofia e que sofre de impulsos suicidas. Breuer concorda em tratá-lo a partir de sua embrionária terapia pela conversa que, ainda sem grandes confirmações científicas, foi sua grande aposta ao tratar de uma paciente especial que sofria de histeria.
Um Dia, Um Gato
4.0 80 Assista AgoraLindo de se ver. Poético.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista AgoraO filme escuro, silencioso, de gestos e repetições que falam mais que as bocas e as vozes, é, talvez, a melhor adaptação dos romances de Saramago
A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista Agora- Este é um thriller militar importante, um documento que deve ser visto. Além de suas qualidades técnicas, sem ser melodramático e romântico, o filme apresenta uma história concisa.
A Feiticeira da Guerra
3.9 109 Assista Agora- Filmes sobre crianças-soldado na África costumam ser rodados em estilo documental e em tom de denúncia. A Feiticeira da Guerra, dirigido pelo canadense de ascendência vietnamita Kim Nguyen ousa colocar algum lirismo nesse assunto horripilante.
Hanami: Cerejeiras em Flor
4.4 291Muitos filmes são para entreter, mas alguns são especiais e marcantes, nos tocam, além dos olhos, da alma e do coração. Este é um exemplo. Embora o tema pareça deprimente, velhice, solidão e morte, o filme retrata com leveza e até com passagens bem-humoradas.
O Processo
4.0 128 Assista Agora- Obra sensorial e aberta a interpretações. Nessa versão, Orson Welles procurou ser fiel a Kafka, possíveis modificações saiu da imaginação do diretor para adaptá-la aos anos sessenta. Um dos melhores filmes de Orson Welles.
Silêncio nas Trevas
3.8 48 Assista AgoraÉ um ótimo thriller. Com cenários góticos da mansão vitoriana e seus amplos espaços escuros a atmosfera torna-se sombria o que cria verdadeiros momentos de suspense.
Paganini
3.1 11Filmado inteiramente usando luz natural, o filme Paganini é um tentativa honesta do escritor/diretor/ator Klaus Kinski de retratar a vida do lendário violinista, tanto que usou muitas locações reais.s..
Por mais que esse filme pareça uma tentativa de excentricidade, com mais ênfase no papel de Kinski, ele consegue retratar Paganini como o casulo de sofrimento de um ser humano; nunca satisfeito, sempre incompleto e quase sempre espiritualmente morto. Tem uma ótima trilha sonora graças aos esforços do violinista Salvatore Accardo. Também tem as atuações da esposa de Kinski, Deborah Caprioglio Kinski e seu filho Nikolai Kinski, que fazem seus papéis incrivelmente bem. Este é um filme essencial, sem importar se você é fã ou não de Klaus Kinski. Infelizmente, este é seu último filme.
Let's Get Lost
4.4 8Filme, ou documentário, breve, com imagens muito belas e uma filmagem extraordinária. Fala dessa grande figura do Jazz e da música de sempre: O ícone do Jazz da Costa Oeste dos USA. e a canção "Almost blue".
- O filme ganhou o Prêmio Internacional da Crítica, no Festival de Veneza em 1988.
A Noite dos Desesperados
4.2 112 Assista AgoraÉ um dos filmes representativos entre aqueles que na virada dos anos 1960 para os 70 procuravam fugir do lugar-comum e manter o diálogo aberto com um público que – às voltas com a Guerra do Vietnã, a liberdade sexual, dentre outras conquistas sociais – se tornava muito mais crítico e não se espelhava mais – ou tão somente – numa dramaturgia romântico-intimista, que encontrou apogeu no cinema dos anos 1930 e 40. "
À Noite Sonhamos
4.0 38- Essa adaptação para as telas rendeu seis indicações para o Oscar, incluindo Melhor Ator (Cornel Wilde) e Melhor Roteiro Original. O filme foi produzido para promover o discurso em favor da liberdade da Polônia (então sob o domínio nazista, afinal foi a invasão dela que provocou a Segunda Guerra e logo mais tarde, pelos russos novamente). Paul Muni, no papel do professor de Chopin, é um grande destaque.
- A trilha sonora do filme é simplesmente soberba, e só por isso já compensa assisti-lo. O álbum contém 16 das mais conhecidas músicas do compositor polonês, entre elas: Noturno Opus 9 nº 2, Estudo Revolucionário (Dó menor) Opus 10 nº 12, 15º e 16º Prelúdios Opus 28, Estudo Opus 10 nº 3 (Tristesse), Primeira Balada Opus 23 e muitas outras. A música piano da trilha sonora é executada por José Iturbi.
O Homem-Urso
4.0 142 Assista AgoraHerzog mostra as várias dimensões da relação homem e natureza, além de fazer uma análise crítica da sociedade americana,. Documentário imperdível.
Valsa com Bashir
4.2 305 Assista AgoraValsa Com Bashir, animação que quase recria uma espécie de auto-biografia documental acerca dos terríveis episódios ocorridos durante o Massacre de Sabra e Chatila.
Através de uma narrativa que confere teor documentarista ao longa, 'Valsa' estrutura não só um enredo forte e pesado, como nos brinda com uma técnica de animação – desenho a mão, com traços de HQ – pouco usada no cinema nos últimos anos e repleta de beleza, e detalhes incríveis.
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Uma Aventura na África
3.7 99Uma boa história, bem contada, que continua a funcionar graças a bem dosada mistura de bom humor, ação, boas personagens e pura aventura.
Morte do Caixeiro Viajante
3.7 23 Assista AgoraUma crítica cáustica do "sonho americano"
O Segundo Rosto
4.1 68 Assista AgoraA primeira meia hora de filme tem poucos diálogos, a narrativa e construção de atmosfera são primorosas e depois disso o filme tem algumas viradas espetaculares e uma discussão interessante sobre o tema da identidade.
Ela
4.2 5,8K Assista Agora- Tecnicamente excelente mas o grande atrativo do filme é o roteiro e toda a avalanche de pensamentos e sentimentos que ele pode gerar em cada um de nós.
O Anjo Embriagado
4.0 36 Assista AgoraVício e miséria, um início preciso para esse filme de Kurosawa, já que sua câmera acompanhará personagens que se encontram nesse estado. São personagens sujos, desiludidos, sem esperança. São várias facetas do fracasso. O fracasso profissional, o fracasso nos relacionamentos, o fracasso diante de uma doença severa. E o mais triste disso tudo é que os personagens não parecem enxergar a porta de saída, a rota de fuga, isso se elas realmente existirem.
A Harpa da Birmânia
4.3 35Existem muitos filmes de guerra. A maioria deles de ação. Poucos utilizam o tema como forma de contestação. Em A Harpa da Birmânia, o diretor japonês Kon Ichikawa conta uma história carregada de poesia, beleza, dor e desespero.
Férias Permanentes
3.6 57 Assista AgoraO cinema underground de Jarmusch é para poucos já que é bem comum seus filmes serem tachados de chato, parado, louco, nonsense etc. Um filme exclusivamente de arte.
O cinema underground de Jarmusch é para poucos já que é bem comum seus filmes serem tachados de chato, parado, louco, nonsense etc. Um filme exclusivamente de arte.
Vocês Ainda Não Viram Nada!
3.6 28começo pouco convencional, surpreendente e nem um pouco revelador, Resnais convida o espectador a uma brincadeira, e é aí que percebemos que Vocês Ainda… será uma grande farsa de mise en scène.
O Grito
4.0 21Geralmente voltado para descrever os processos de desintegração do homem burguês, que ele conhece bem por ser um deles, Michelangelo Antonioni coloca em O grito (Il grido; 1957) o universo operário: já não são pessoas dilaceradas exclusivamente pela crise existencial, mas homens e mulheres que têm de lutar por sua sobrevivência e chegam às vezes a passar fome, elemento novo e inusitado num filme de Antonioni