Um das mais bem sucedidas tentativas de uso de cores (vermelho e verde aparecem em profusão), a favor de um narrativa inteligentemente pontuada pela pesada música de Bernard Herrmann. O enredo, um desdobramento doentio de uma obsessão (li em alguma lugar que o filme abordava, nas entrelinhas, sobre o tema da
Que o filme é um dos mais sonoros dos anos 70 (trilha deliciosa!), isso é fato. Ponto a favor! Que trata de forma bem humorada sobre o medo de se tornar adulto, de amadurecer, tão inerente aos adolescentes em transição para a fase das responsabilidades, não há dúvida. Mais um ponto a favor! Que a nostalgia vai correr solta em quem viveu a época de ouro dos bailes ginasiais, não há o que questionar. Outro ponto! Filme simpaticíssimo.
Épico que lida, nas entrelinhas, com relacionamentos familiares. A linguagem simbólica é forte nas falas, e as cores, no visual da ambientação (inclusive com papel importante na trama). Provavelmente, as cenas de batalha do filme, com esse nível de realismo e qualidade, poucas vezes foram superadas no cinema. Enfim, são 2h40min que em nada incomodam quando à duração. Pessoalmente, estou apenas iniciando a filmografia do Kurosawa, e já sinto que é um diretor para acompanhar com toda a atenção. Altamente recomendado.
Bom na ação e no visual. O pano de fundo, ao tratar de um futuro (quase imediato) que mescla problemas sociais e tecnologia também agrada. O que não dá para engolir são os diversos furos no roteiro, que remetem a uma condução de história amadora (por exemplo, é citado no início do filme que os robôs policiais não poderiam ser desativados à distância, ideia que entra em contradição mais a frente). E aquele final, poxa vida, faz o filme sair totalmente da linha da ficção científica de qualidade para a fantasia duvidosa, sem uma construção de narrativa que justifique isso.
A melhor coisa do filme é, sem dúvida, a atuação de George C. Scott. Ora comedido, ora surtado, leva o filme todo praticamente nas costas (tá bom, Brad Dourif rouba a cena em suas poucas aparições). Em grande parte um suspense policial, que se ancora nos acontecimentos finais e no clima pesado do primeiro O Exorcista, foge da estrutura estabelecida desse, ficando mais próximo de um spin-off (razoável) da história original. Melhor do que a grande bobagem que foi a segunda parte, não há nem o que discutir! .
Spike Lee é um cara legal. Dirige filmes com enredos que respeitam sua origem étnica e social. Aqui ele parece fazer uma mistura de Boogie Nights (na ambientação setentista e na soundtrack) com Zodíaco (com o plote do serial killer). Pode incomodar um pouco os longos diálogos naturalistas, que representam aquele contexto cultural com o máximo de realismo, mas o filme é sempre consciente do painel social que se propõe a traçar.
Abordagem sincera de três temas dolorosos e interligados: luto, depressão e suicídio. Seguir em frente nunca é fácil. Há avanços e retrocessos, e o mais importante, o apoio das pessoas próximas, paradoxalmente, nem sempre é oferecido. Ao final, a chance de superar, crescer com a dor (muito mais psicológica do que física), é o que resta.
- ... e só me deixava disparar no quintal contra latas vazias. Mas sabendo que cedo ou tarde a tentação de atirar nos pássaros me venceria... disse que eu poderia atirar em todos os urubus que quisesse se aparecessem. Mas que não me esquecesse que matar um rouxinol era um grave pecado. - Por que? - Acho que é porque os rouxinóis não fazem outra coisa a não ser cantar para alegrar nossos ouvidos. Eles não comem as sementes das lavouras. Não entram nos celeiros para comer o trigo. Não fazem mais do que cantar com todas as suas forças para alegrar-nos.
Sobre empatia e os pré-julgamentos que fazemos das pessoas. De uma lado, o ponto de vista das crianças (quase um filme leve de Sessão da Tarde), e o amadurecimento ao descobrir que as aparências podem enganar. De outro, a comoção causada pelo julgamento de um indivíduo inocente, sumariamente condenado pela sociedade americana segregacionista em que vive. Brilhante discussão social, amplificada pela mítica atuação de Gregory Peck, que consegue perfeitamente construir em torno de si a aura de dignidade e integridade que seu personagem exige.
Em um mundo perfeito essa continuação equivocada nunca teria sido feita. Em um mundo perfeito a Regan não teria poderes pseudo-telepatas, nem gafanhotos possuídos seriam importantes para a trama. Como não é o caso, e nem a Linda Blair cocotinha e nem a habilidade inconstante do diretor John Boorman foram suficientes para salvar essa lástima, resta nos contentar com o prazer íntimo de dar uma nota 2,0.
Tudo o que chamou a atenção no primeiro filme, aqui foi levado às últimas consequências, desde a ambientação (que agora é mais fácil de definir temporalmente como um futuro pós-apocalíptico) e os figurinos punk exagerados, até as cenas de ação surtadas. Difícil comparar no quesito ação com qualquer outro filme da época: a perseguição final, de tão inventiva e orgânica, é um dos grandes exemplos de domínio de concepção e edição de cenas. Um grande filme!
O filme discute dois pontos de modo incisivo com que Max Rockatansky terá de lidar. Em primeiro lugar, um mundo atemporal dominado pelo ódio e violência precisa de alguém que assuma as rédeas da situação, uma figura de herói em que as pessoas possam acreditar. Em segundo lugar, até que ponto esse indivíduo também não será envolvido pela violência e selvageria do meio, se tornando um "deles?" Qual o limite entre a justiça e a insanidade? Fora as ideias sugeridas, a ação é quase artesanal (as melhores cenas parecem que foram gravadas com câmera na mão, o que não é um demérito). Ação de primeira qualidade!
A tesoura foi cruel com a terceira parte da trilogia do Battousai, o Retalhador. É o mesmo mal que acomete a maioria das adaptações de mangás e animes, mas aqui é notável pela participação reduzida dos coadjuvantes (os outros membros do grupo Juppongatana, por exemplo) e pelo final apressado (sim, inclui as tão esperadas batalhas épicas). O único personagem desenvolvido adequadamente foi o próprio Kenshin, o que é um alívio. Isso, e o fato da produção ser asseada, na ambientação e nas lutas coreografadas.
- Tu não conheceste a Norma Desmond quando era uma jovem encantadora de 17 anos... com mais coragem, talento e coração... que qualquer jovem. - Ouvi dizer que era um terror trabalhar com ela. - Só perto do fim. Sabes, uma dúzia de agentes hiperativos podem fazer coisas terríveis ao espírito humano.
Lá pelas tantas fica claro que Norma Desmond (Gloria Swanson, em grande atuação, intencionalmente teatral) é mais uma vítima do ostracismo hollywoodiano que sempre acometeu grandes e talentosíssimos astros. É aí que a genialidade do filme reside, em desconstruir com um olhar cínico (muitas vezes encarnado em Joe Gillis) a velha Hollywood dos cenários encantadoramente falsos, dos jovens artistas em busca de um lugar ao sol, sumariamente ignorados pelos produtores, das glórias passadas. Somado a isso, diálogos saborosos de tão irônicos, e auto-referenciais (a meta linguagem é forte no filme, inclusive com grandes nomes interpretando a eles mesmos). E para quem acha que Birdman iniciou uma nova abordagem com uma dura crítica à indústria cinematográfica americana, Billy Wilder já fez isso há 65 anos.
Para mostrar os dotes galantes de Brosnan (na verdade, os cacoetes de sua atuação como Bond), e as curvas balzaquianas de Salma Hayek. Apenas isso justifica filme tão sem graça e bobo ser feito!
Dentre as simbologias exploradas, uma se destaca por ditar o compasso de todo o filme: a imagem de uma mosca presa em um copo. Os personagens são presos. Presos pela repressão sexual. Presos pela herança de uma sociedade patriarcal, em que tudo gira em torno da figura masculina (por exemplo, o pai de Alfonsina). Presos pelos sentimentos escondidos. Esta sensível e sensorial obra mostra os seus personagens (situados geograficamente numa quase indefinida e atemporal cidade do sertão nordestino) estão envoltos em amor, solidão e tragédia. Os pontos altos envolvem nostálgicas canções, como na cena da dança de Joo (catártica!), ao som de Secos e Molhados, e a cena de apresentação de Alfonsina (que edição maravilhosa!) ao som de Pholhas. Um filme para ser sentido!
Clássico do gênero sandália e espada, com ambientação histórica imersiva. A duração excessiva pode desagradar algumas pessoas, mas no geral o filme nos entrega grandes momentos (a impressionante e violenta batalha campal ao final, por exemplo).
É uma história otimista de superação beirando o clichê? Correto. É um resgate do mito do sonho americano? Sem dúvida. Ainda sim, quase 40 anos após o seu lançamento, impossível não se emocionar ao final!
Perturbadora história sobre irmãs siamesas separadas e as macabras consequências disso, com ênfase inicial no desequilíbrio mental da protagonista, evoluindo rapidamente para uma trama de assassinato (numa sequência magistralmente conduzida). Tudo isso batido no liquidificador junto com os plots de Psicose, Festim Diabólico e Janela Indiscreta. Suspense de primeira!
Thriller competente, mesclando agilidade, um roteiro bem amarrado, redondinho, e uma leve menção a conflitos raciais e étnicos (típico da obra de Spike Lee). Os cortes secos na edição, alternando as cenas de maneira brusca demais, podem confundir um pouco, e o final (não a grande revelação, que é bem legal, mas o desfecho dos personagens principais) talvez tenha soado meio bobo. De qualquer maneira vale pelo entretenimento.
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraUm das mais bem sucedidas tentativas de uso de cores (vermelho e verde aparecem em profusão), a favor de um narrativa inteligentemente pontuada pela pesada música de Bernard Herrmann. O enredo, um desdobramento doentio de uma obsessão (li em alguma lugar que o filme abordava, nas entrelinhas, sobre o tema da
necrofilia
Loucuras de Verão
3.5 160 Assista AgoraQue o filme é um dos mais sonoros dos anos 70 (trilha deliciosa!), isso é fato. Ponto a favor! Que trata de forma bem humorada sobre o medo de se tornar adulto, de amadurecer, tão inerente aos adolescentes em transição para a fase das responsabilidades, não há dúvida. Mais um ponto a favor! Que a nostalgia vai correr solta em quem viveu a época de ouro dos bailes ginasiais, não há o que questionar. Outro ponto! Filme simpaticíssimo.
O Homem de Duas Vidas
3.0 3Fraquinho. Vale apenas pelos nomes de peso envolvidos.
Ran
4.5 265 Assista AgoraÉpico que lida, nas entrelinhas, com relacionamentos familiares. A linguagem simbólica é forte nas falas, e as cores, no visual da ambientação (inclusive com papel importante na trama). Provavelmente, as cenas de batalha do filme, com esse nível de realismo e qualidade, poucas vezes foram superadas no cinema. Enfim, são 2h40min que em nada incomodam quando à duração. Pessoalmente, estou apenas iniciando a filmografia do Kurosawa, e já sinto que é um diretor para acompanhar com toda a atenção. Altamente recomendado.
Chappie
3.6 1,1K Assista AgoraBom na ação e no visual. O pano de fundo, ao tratar de um futuro (quase imediato) que mescla problemas sociais e tecnologia também agrada. O que não dá para engolir são os diversos furos no roteiro, que remetem a uma condução de história amadora (por exemplo, é citado no início do filme que os robôs policiais não poderiam ser desativados à distância, ideia que entra em contradição mais a frente). E aquele final, poxa vida, faz o filme sair totalmente da linha da ficção científica de qualidade para a fantasia duvidosa, sem uma construção de narrativa que justifique isso.
Velozes e Furiosos 7
3.8 1,7K Assista AgoraDivertido. E traz uma bonita homenagem ao Paul Walker. E só. E já está de bom tamanho!
O Exorcista III
2.6 196 Assista AgoraA melhor coisa do filme é, sem dúvida, a atuação de George C. Scott. Ora comedido, ora surtado, leva o filme todo praticamente nas costas (tá bom, Brad Dourif rouba a cena em suas poucas aparições). Em grande parte um suspense policial, que se ancora nos acontecimentos finais e no clima pesado do primeiro O Exorcista, foge da estrutura estabelecida desse, ficando mais próximo de um spin-off (razoável) da história original. Melhor do que a grande bobagem que foi a segunda parte, não há nem o que discutir!
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Mary Poppins
4.0 612 Assista AgoraSupercalifragilisticexpialidocious. Fácil aprender essa palavra. Difícil é não se encantar pela adorável Julie Andrews.
O Verão de Sam
3.7 66Spike Lee é um cara legal. Dirige filmes com enredos que respeitam sua origem étnica e social. Aqui ele parece fazer uma mistura de Boogie Nights (na ambientação setentista e na soundtrack) com Zodíaco (com o plote do serial killer). Pode incomodar um pouco os longos diálogos naturalistas, que representam aquele contexto cultural com o máximo de realismo, mas o filme é sempre consciente do painel social que se propõe a traçar.
Cake - Uma Razão Para Viver
3.4 699 Assista AgoraAbordagem sincera de três temas dolorosos e interligados: luto, depressão e suicídio. Seguir em frente nunca é fácil. Há avanços e retrocessos, e o mais importante, o apoio das pessoas próximas, paradoxalmente, nem sempre é oferecido. Ao final, a chance de superar, crescer com a dor (muito mais psicológica do que física), é o que resta.
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista Agora- ... e só me deixava disparar no quintal contra latas vazias. Mas sabendo que cedo ou tarde a tentação de atirar nos pássaros me venceria... disse que eu poderia atirar em todos os urubus que quisesse se aparecessem. Mas que não me esquecesse que matar um rouxinol era um grave pecado.
- Por que?
- Acho que é porque os rouxinóis não fazem outra coisa a não ser cantar para alegrar nossos ouvidos. Eles não comem as sementes das lavouras. Não entram nos celeiros para comer o trigo. Não fazem mais do que cantar com todas as suas forças para alegrar-nos.
Sobre empatia e os pré-julgamentos que fazemos das pessoas. De uma lado, o ponto de vista das crianças (quase um filme leve de Sessão da Tarde), e o amadurecimento ao descobrir que as aparências podem enganar. De outro, a comoção causada pelo julgamento de um indivíduo inocente, sumariamente condenado pela sociedade americana segregacionista em que vive. Brilhante discussão social, amplificada pela mítica atuação de Gregory Peck, que consegue perfeitamente construir em torno de si a aura de dignidade e integridade que seu personagem exige.
O Exorcista II: O Herege
2.1 307 Assista AgoraEm um mundo perfeito essa continuação equivocada nunca teria sido feita. Em um mundo perfeito a Regan não teria poderes pseudo-telepatas, nem gafanhotos possuídos seriam importantes para a trama. Como não é o caso, e nem a Linda Blair cocotinha e nem a habilidade inconstante do diretor John Boorman foram suficientes para salvar essa lástima, resta nos contentar com o prazer íntimo de dar uma nota 2,0.
Mad Max 2: A Caçada Continua
3.8 478 Assista AgoraTudo o que chamou a atenção no primeiro filme, aqui foi levado às últimas consequências, desde a ambientação (que agora é mais fácil de definir temporalmente como um futuro pós-apocalíptico) e os figurinos punk exagerados, até as cenas de ação surtadas. Difícil comparar no quesito ação com qualquer outro filme da época: a perseguição final, de tão inventiva e orgânica, é um dos grandes exemplos de domínio de concepção e edição de cenas. Um grande filme!
Festa de Casamento
3.2 6Vale apenas como curiosidade histórica.
O Exorcista
4.1 2,3K Assista AgoraA cena final, do exorcismo, é tecnicamente impressionante. William Friedkin é mestre em criar climas tensos.
Mad Max
3.6 729 Assista AgoraO filme discute dois pontos de modo incisivo com que Max Rockatansky terá de lidar. Em primeiro lugar, um mundo atemporal dominado pelo ódio e violência precisa de alguém que assuma as rédeas da situação, uma figura de herói em que as pessoas possam acreditar. Em segundo lugar, até que ponto esse indivíduo também não será envolvido pela violência e selvageria do meio, se tornando um "deles?" Qual o limite entre a justiça e a insanidade? Fora as ideias sugeridas, a ação é quase artesanal (as melhores cenas parecem que foram gravadas com câmera na mão, o que não é um demérito). Ação de primeira qualidade!
Samurai X: O Fim de uma Lenda
4.0 136 Assista AgoraA tesoura foi cruel com a terceira parte da trilogia do Battousai, o Retalhador. É o mesmo mal que acomete a maioria das adaptações de mangás e animes, mas aqui é notável pela participação reduzida dos coadjuvantes (os outros membros do grupo Juppongatana, por exemplo) e pelo final apressado (sim, inclui as tão esperadas batalhas épicas). O único personagem desenvolvido adequadamente foi o próprio Kenshin, o que é um alívio. Isso, e o fato da produção ser asseada, na ambientação e nas lutas coreografadas.
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista Agora- Tu não conheceste a Norma Desmond quando era uma jovem encantadora de 17 anos... com mais coragem, talento e coração... que qualquer jovem.
- Ouvi dizer que era um terror trabalhar com ela.
- Só perto do fim. Sabes, uma dúzia de agentes hiperativos podem fazer coisas terríveis
ao espírito humano.
Lá pelas tantas fica claro que Norma Desmond (Gloria Swanson, em grande atuação, intencionalmente teatral) é mais uma vítima do ostracismo hollywoodiano que sempre acometeu grandes e talentosíssimos astros. É aí que a genialidade do filme reside, em desconstruir com um olhar cínico (muitas vezes encarnado em Joe Gillis) a velha Hollywood dos cenários encantadoramente falsos, dos jovens artistas em busca de um lugar ao sol, sumariamente ignorados pelos produtores, das glórias passadas. Somado a isso, diálogos saborosos de tão irônicos, e auto-referenciais (a meta linguagem é forte no filme, inclusive com grandes nomes interpretando a eles mesmos). E para quem acha que Birdman iniciou uma nova abordagem com uma dura crítica à indústria cinematográfica americana, Billy Wilder já fez isso há 65 anos.
Ladrão de Diamantes
2.9 85 Assista AgoraPara mostrar os dotes galantes de Brosnan (na verdade, os cacoetes de sua atuação como Bond), e as curvas balzaquianas de Salma Hayek. Apenas isso justifica filme tão sem graça e bobo ser feito!
A História da Eternidade
4.3 448Dentre as simbologias exploradas, uma se destaca por ditar o compasso de todo o filme: a imagem de uma mosca presa em um copo. Os personagens são presos. Presos pela repressão sexual. Presos pela herança de uma sociedade patriarcal, em que tudo gira em torno da figura masculina (por exemplo, o pai de Alfonsina). Presos pelos sentimentos escondidos. Esta sensível e sensorial obra mostra os seus personagens (situados geograficamente numa quase indefinida e atemporal cidade do sertão nordestino) estão envoltos em amor, solidão e tragédia. Os pontos altos envolvem nostálgicas canções, como na cena da dança de Joo (catártica!), ao som de Secos e Molhados, e a cena de apresentação de Alfonsina (que edição maravilhosa!) ao som de Pholhas. Um filme para ser sentido!
Spartacus
4.0 345 Assista AgoraClássico do gênero sandália e espada, com ambientação histórica imersiva. A duração excessiva pode desagradar algumas pessoas, mas no geral o filme nos entrega grandes momentos (a impressionante e violenta batalha campal ao final, por exemplo).
Rocky: Um Lutador
4.1 848 Assista AgoraÉ uma história otimista de superação beirando o clichê? Correto. É um resgate do mito do sonho americano? Sem dúvida. Ainda sim, quase 40 anos após o seu lançamento, impossível não se emocionar ao final!
Irmãs Diabólicas
3.5 111Perturbadora história sobre irmãs siamesas separadas e as macabras consequências disso, com ênfase inicial no desequilíbrio mental da protagonista, evoluindo rapidamente para uma trama de assassinato (numa sequência magistralmente conduzida). Tudo isso batido no liquidificador junto com os plots de Psicose, Festim Diabólico e Janela Indiscreta. Suspense de primeira!
O Plano Perfeito
3.8 659 Assista AgoraThriller competente, mesclando agilidade, um roteiro bem amarrado, redondinho, e uma leve menção a conflitos raciais e étnicos (típico da obra de Spike Lee). Os cortes secos na edição, alternando as cenas de maneira brusca demais, podem confundir um pouco, e o final (não a grande revelação, que é bem legal, mas o desfecho dos personagens principais) talvez tenha soado meio bobo. De qualquer maneira vale pelo entretenimento.