Me surpreendeu positivamente, tanto pela sua execução/história quanto pela presença de dois atores de alto calibre como Juliette Binoche e Morgan Freeman. Verdade que o auge dos dois já se foi, mas mesmo assim!
Esse é o primeiro que pego pra tentar zerar o que ainda não vi dos vencedores do Oscar. Sempre deixei ele meio que passar batido, simplesmente pelo fato de a sinopse nunca ter minimamente me interessado, apesar de gostar demais da Juliette Binoche e do Ralph Fiennes. De fato, ambos estão ótimos aqui, tal qual boa parte do elenco de apoio. É um filme que tem seus pontos de interesse e contextualizações interessantes, mas como muitos filmes que são indicados pro Oscar (ou mesmo o vencem), a gente acaba saindo com a impressão "tá, mas não é tudo isso pra chegar onde chegou". Paciente Inglês não é nada memorável e tem pouquíssimas sequências que se sobressaem. Suas quase 3 horas não chegam a ser enfadonhas, mas ele busca por meio desse tempo puxar a empatia do espectador mais pela quantidade de tempo próxima ao espectador do que necessariamente por sua narrativa.
O filme não é necessariamente sobre o julgamento em si, e sim pelas dissecações familiares. Honestamente, achei muito frenesi para pouca entrega. Um filme razoável pra bom.
É aquela coisa né... No afã de tentar modernizar um filme para novos públicos, muita obra acaba entrando nesse rebolo de reformulação. Algumas bolas dentro, outras nem tanto. Não julgo, e até consumo muitas dessas releituras, sem muita expectativa quase sempre é verdade. Contudo, o que me faz por vezes questionar a necessidade dessas realizações é justamente o critério de se escolher obras para passar por esse processo, como é caso desse filme em questão. Deixando o livro de lado, o filme original nunca foi lá aquelas coisas, convenhamos. Tinha o Patrick Schwayze, tinha uma história mais ou menos amarrada e muita porrada. Beleza, nada demais, mas cumpria seu papel e, o mais importante, não é e nem tem potencial para ser considerado um filme datado. Qualquer jovem hoje em dia pode assisti-lo com apreço. Aí inventam de fazer essa coisa de 2024. Gyllenhaal impecável em seu personagem, tudo bem. De resto? Nada. O filme é isso. Uma falta de carisma, um excesso de sequências desinteressantes, um filme apagado e esquecível. O antigo ainda consigo lembrar, mesmo tendo assistido há mais de 10 anos.
Fazia um bom tempo que eu desejava assistir esse filme, e ele estava disponível no Youtube todo esse tempo. Não acho que ele logra tão espetacularmente na área filosófica, como podemos presumir a julgar pelo título, mas sim, ele traz grandes momentos de reflexões corriqueiras (muitas vezes sem muito sentido beirando o psicodelismo), mas não tem nada absurdo. Soma-se a isso alguns estereótipos propositais e temos aqui o resultado dessa obra, que é muito boa por sinal! Confiram e prestigiem o cinema nacional por meio dele!
Por mais que o Bruce Willis figure no pôster, novamente, não é um filme do Bruce Willis, e sim com o Bruce Willis, em momentos específicos e nada que lembre um espectro do que foi a carreira dele. A dupla Megan Fox e Emile Hirsch funciona bem e a história central é relevante. Legalzinho.
Uma obra de altíssimo calibre que logra em absoluto por revelar explicitamente todo o joguete manipulador por parte do espectro direitista da sociedade. É assombroso como ele se mantém firme e atual em seus argumentos. Creio que seu caricatismo é proposital com a intenção de deixar ainda mais evidente as manobras e cunho de caráter (leia-se falta dele) dos envolvidos.
O filme em sua primeira metade tem um desenrolar meio caótico, difícil de acompanhar em alguns momentos, mas ele fica muito melhor na segunda parte.
Que experiência! Acho que um registro desse calibre muito mereceu ter um filme que também registrasse o percurso de seu sucesso. E que melhor forma do que apresentar isso de forma tão espontânea e lisergica do que foi feito aqui? Em muitos momentos não senti que estava assistindo um documentário, e sim um filme atuado de fato.
Será que alguém mesmo conheceu esse personagem? haha Cada resposta era uma coisa completamente diferente.
Assunto esse à parte, a figura do personagem foi apenas um pano de fundo a ser trabalhado sobre um registro histórico da vivência dessa etnia rutenda(a quel eu nunca tinha ouvido falar antes). Nessa função, o documentário é primoroso para se revelar, mesmo que de forma breve e superficial, costumes típicos, modo de vida e sobretudo a relação dos mesmos com o local onde se encontram.
É interessantíssimo ter essa perspectiva de povos expatriados e inspirar a reflexão: e se nós em algum momento histórico fossemos expulsos de nossa terra de origem? Qual seria nossa relação com o local para onde nos instalaríamos?
É, a cada filme Wong Kar Wai vem me cativando. Esse filme é extremamente multifacetado e basicamente revela a toxicidade de uma relação em qual um se dá muito e idolatatra a outra parte, o segundo não se dá nada e só puxa a outra parte para baixo. Esses relacionamentos carmáticos só trazem desgraça e inebria a pessoa a enxergar que existe um mundo do lado de fora. É interessante que hoje esse é um tema muito comum de ser debatido, mas à época da realização do filme pouco se falava sobre isso (na verdade não tenho nenhuma lembrança de ter ouvido sobre o tema antes de 2010). Brilhante!
Caiu perfeito para o que eu estava querendo no momento. Um filminho de suspense, descompromissado, nada muito elaborado, bons atores... É isso, nada mais.
Chegar ao final disso aqui realmente foi uma árdua tarefa e para tal, acho justo escrever um pouquinho mais do que o usual, ainda que essas últimas temporadas passem longe de merecer algum esforço, mas vá lá...
Na época da tv a cabo quando ainda era exibida na Warner, ainda consegui acompanhar até a metade da temporada 11, mas pouco me lembrava dela (ainda bem, pois senão não teria topado a missão que me comprometi de ver o encerramento). Essa série após a saída de Charlie Sheen, e especialmente após a de Angus seguiu de fato uma caminhada de velório e enterro. Aqui constatamos sem sombra de dúvidas que as mesmas pessoas envolvidas em um processo criativo são capazes de entregar coisas brilhantes e também lastimáveis. Me parece que a revolta de Chuck Lorre após os delírios narcóticos públicos de Chatlie Sheen foi tamanha que ele fez questão, por bem ou por mal, de prová-lo que a série poderia seguir sem ele. É pena que para tal tarefa ele esteve disposto a jogar um legado de tanto tempo na privada e conduzi-la por uma trilha catastrófica que em grande parte primou por degradar o quanto fosse possível a imagem do ator por meio de seu personagem. As referências quanto ao nariz de 12 de Charlie são tão frequentes quanto desnecessárias, e em nenhum momento anterior elas haviam sido trazidas à tona. Isso é só um dos muitos pontos negativos.
As transformações comportamentais dos personagens protagonistas, tais quais dos coadjuvantes frequentes são marcantes, e não em um sentido bom. Isso só demonstrou o trem sem rumo que a série trilhava, apelando para tudo que fosse possível de se manter ativa, definhando.
Chegamos ao presente momento dessa 12a temporada, a qual já não se esperava mais que pudesse piorar, mas logo ao primeiro episódio esse pressuposto cai logo por terra, demonstrando que a capacidade de ir além é sem limites. Ao final dessa conta, nota-se claramente que o personagem que indubitavelmente foi disparado o melhor da série, sendo também o mais constante foi o de Berta, segurado bravamente pela talentosíssima e falecida há pouco, Conchata Ferrell. É notável que ao longo de todas essas 12 temporadas, a série recebeu ilustres convidados, mesmo nessas temporadas a qual se encontrava apodrecendo. Alguns dos constantes foram exageradamente encaixados sem qualquer necessidade, exemplo máximo vai para Rose (Melanie Lynskey), personagem surreal de exagerada, que acabou por alargar os limites do aceitável que se esticou até mesmo para os principais. Outros personagens foram sumindo, deixando o público sem qualquer explicação. Enfim, a lista de escrachos seria longa demais e nem valeria a pena para tentar descrever algo tão ruim.
Considere Dois Homens e Meio uma série que foi até a temporada 8, quando muito até a 9 que ainda é um esforço interessante de pingar um desfecho merecido. Chuck Lorre teve essa chance na mão, e deveria ter aproveitado, deixando um arco aberto para Walden e pensado em algo mais palpável para o personagem de Alan, que ainda se encontrava verossímil de alguma forma.
Nem fazia tanto tempo que havia visto e nem tão fantástico ele é para ter sido revisto nesse intervalo de tempo, mas na preguiça de escolher algo....
Sem dúvida é um daqueles que reúne inúmeras figuras carimbadas em começo de carreira dos anos 90, incluindo a curiosidade de juntar o protagonismo de dois irmãos Estevez (beleza, o Charlie resolveu pegar outro sobrenome, mas também é). É um filme que entretém em boa parte de sua duração, mas dá uma boa oscilada no seu ritmo. Propõe em retratar uma das inúmeras versões lendárias do icônico personagem Billy The Kid, e até que se garante nisso. Não é de se rasgar elogios nem ser algo memorável em sua vida, mas se estiver sem muita paciência para ficar escolhendo algum filme pra rolar e gosta do gênero, pode ir sem muito erro.
Dentre as coisas que você vai aprendendo com o tempo é que não adianta você jogar em um caldo uma infinidade de atores decadentes que já foram excelentes um dia, eles vão continuar decadentes. Às vezes um diretor excepcional ou uma produção pomposa como O Irlandês, por exemplo, pode até dar um jeito nisso, mas definitivamente esse não foi o caso.
Já cheguei a me deparar com muitas comparações entre esse filme e o Fitzcarraldo, então a expectativa era grande, embora eu agora que vi os dois não consiga entender a conexão, exceto as presenças de Klaus Kinski e a Floresta Amazônica. É um filme bom, mas não tem nada de excepcional. Muito curto, pouco se aprofunda na abordagem da ganância e poder, seus pilares centrais. É uma obra interessante se considerarmos um alemão retratando história do início da colonização da América espanhola para a Europa.
Herzog já vinha bem, mas de fato entregaria grandes obras a partir de Kasper Hauser.
Mais um projeto único e brilhante da diretora que só ela conseguia ter a ótica que teve por detrás das câmeras. A peculiaridade de Agnes enxergar seus atores vai tão além que ela mesma não se contém de deixar de participar de suas alegorias. Neste filme-homenagem sobre Jane Birkin, um ícone do cinema franco-saxão, a diretora explora as inúmeras faces dessa atriz sendo que em poucos momentos de fato se debruça sobre sua arte, e sim traduz os meandros de sua vida por meio de planos-sequências fragmentadas que as mesmas expõem suas dúvidas do que se tornará a junção daquilo tudo. Achei linda sobretudo a franqueza da metalinguagem que as duas se propuseram nesta empreitada.
Já há algum tempo venho aprofundando minha admiração pelo cinema iraniano que quase sempre apresenta uma faceta muito particular a respeito de suas narrativas. Em Separação, essa que por sua vez parece bem simples, a tratar de uma separação de um casal em uma sociedade conservadora onde a mulher possui pouca voz e autoridade para com suas decisões e caminhos que deseja trilhar. Contudo, o filme vai se enriquecendo em seus detalhes e nuances sutis, as quais não deixa muito no campo do visível o que de fato está ocorrendo. Tudo isso beneficiado com um belíssimo jogo de câmeras que sempre coloca o espectador no campo do oculto, poucas vezes sendo privilegiado por uma visão ampla das sequências. Os pequenos detalhes são os que fazem a grande diferença nesse filme!
Eu imagino que deve ser muito triste para a carreira de um artista quando ele se torna mais famoso por sua suposta infâmia do que necessariamente por seu legado. Indubitavelmente, Wilson Simonal foi um dos grandes nomes da música popular nacional, não creio que haja alguém disposto a contestar essa posição. Infelizmente, a história pode ser ingrata com alguns personagens, especialmente quando ligados a contextos políticos. Não sei ao certo se o mesmo foi ingênuo, inconsequente ou malicioso. Tudo sempre vai depender de cada interpretação contada, mas essa obra foi capaz de resgatar a imagem de Simonal de uma forma positiva que enalteceu grandemente os seus feitos musicais.
Foi uma experiência interessante de se assistir uma obra cinematográfica de uma adaptação teatral. Acho que houve uma conexão muito boa entre Colin Farrell e Jessica Chastain e mal se sente a ausência de outros personagens mesmo com o tanto de coisas que se desenvolvem ali. Pra quem procura por um drama de época, essa é uma boa oportunidade, especialmente de se prestigiar a direção de uma atriz consagrada como a Liv Ullman.
Crime na Rodovia Paraíso
2.9 26 Assista AgoraMe surpreendeu positivamente, tanto pela sua execução/história quanto pela presença de dois atores de alto calibre como Juliette Binoche e Morgan Freeman.
Verdade que o auge dos dois já se foi, mas mesmo assim!
O Paciente Inglês
3.7 459 Assista AgoraEsse é o primeiro que pego pra tentar zerar o que ainda não vi dos vencedores do Oscar.
Sempre deixei ele meio que passar batido, simplesmente pelo fato de a sinopse nunca ter minimamente me interessado, apesar de gostar demais da Juliette Binoche e do Ralph Fiennes.
De fato, ambos estão ótimos aqui, tal qual boa parte do elenco de apoio.
É um filme que tem seus pontos de interesse e contextualizações interessantes, mas como muitos filmes que são indicados pro Oscar (ou mesmo o vencem), a gente acaba saindo com a impressão "tá, mas não é tudo isso pra chegar onde chegou".
Paciente Inglês não é nada memorável e tem pouquíssimas sequências que se sobressaem.
Suas quase 3 horas não chegam a ser enfadonhas, mas ele busca por meio desse tempo puxar a empatia do espectador mais pela quantidade de tempo próxima ao espectador do que necessariamente por sua narrativa.
Oppenheimer
4.0 1,1KEsse filme me dá preguiça até de comentar.
Passou o rodo no Oscar? Nossa, que novidade!
Anatomia de uma Queda
4.0 780 Assista AgoraO filme não é necessariamente sobre o julgamento em si, e sim pelas dissecações familiares.
Honestamente, achei muito frenesi para pouca entrega. Um filme razoável pra bom.
Matador de Aluguel
3.1 255 Assista AgoraÉ aquela coisa né... No afã de tentar modernizar um filme para novos públicos, muita obra acaba entrando nesse rebolo de reformulação. Algumas bolas dentro, outras nem tanto.
Não julgo, e até consumo muitas dessas releituras, sem muita expectativa quase sempre é verdade.
Contudo, o que me faz por vezes questionar a necessidade dessas realizações é justamente o critério de se escolher obras para passar por esse processo, como é caso desse filme em questão.
Deixando o livro de lado, o filme original nunca foi lá aquelas coisas, convenhamos. Tinha o Patrick Schwayze, tinha uma história mais ou menos amarrada e muita porrada. Beleza, nada demais, mas cumpria seu papel e, o mais importante, não é e nem tem potencial para ser considerado um filme datado. Qualquer jovem hoje em dia pode assisti-lo com apreço.
Aí inventam de fazer essa coisa de 2024. Gyllenhaal impecável em seu personagem, tudo bem. De resto? Nada.
O filme é isso. Uma falta de carisma, um excesso de sequências desinteressantes, um filme apagado e esquecível. O antigo ainda consigo lembrar, mesmo tendo assistido há mais de 10 anos.
Reflexões de um Liquidificador
3.8 583 Assista AgoraFazia um bom tempo que eu desejava assistir esse filme, e ele estava disponível no Youtube todo esse tempo.
Não acho que ele logra tão espetacularmente na área filosófica, como podemos presumir a julgar pelo título, mas sim, ele traz grandes momentos de reflexões corriqueiras (muitas vezes sem muito sentido beirando o psicodelismo), mas não tem nada absurdo.
Soma-se a isso alguns estereótipos propositais e temos aqui o resultado dessa obra, que é muito boa por sinal!
Confiram e prestigiem o cinema nacional por meio dele!
Meia-Noite no Switchgrass
2.2 50Por mais que o Bruce Willis figure no pôster, novamente, não é um filme do Bruce Willis, e sim com o Bruce Willis, em momentos específicos e nada que lembre um espectro do que foi a carreira dele.
A dupla Megan Fox e Emile Hirsch funciona bem e a história central é relevante.
Legalzinho.
Megalodon
1.6 12 Assista AgoraA julgar pela proposta, foi um filme totalmente dentro do esperado.
Fraco, mas no gênero existem bem piores.
Z
4.4 122Uma obra de altíssimo calibre que logra em absoluto por revelar explicitamente todo o joguete manipulador por parte do espectro direitista da sociedade.
É assombroso como ele se mantém firme e atual em seus argumentos.
Creio que seu caricatismo é proposital com a intenção de deixar ainda mais evidente as manobras e cunho de caráter (leia-se falta dele) dos envolvidos.
O filme em sua primeira metade tem um desenrolar meio caótico, difícil de acompanhar em alguns momentos, mas ele fica muito melhor na segunda parte.
O Nosso Pai
3.5 7Para um curta achei interessante e por que não dizer ousado de se produzir isso em plena turbulência fascistoide que vivíamos.
Meeting People Is Easy
4.2 17Que experiência!
Acho que um registro desse calibre muito mereceu ter um filme que também registrasse o percurso de seu sucesso.
E que melhor forma do que apresentar isso de forma tão espontânea e lisergica do que foi feito aqui?
Em muitos momentos não senti que estava assistindo um documentário, e sim um filme atuado de fato.
JAKUB
3.4 1 Assista AgoraSerá que alguém mesmo conheceu esse personagem? haha
Cada resposta era uma coisa completamente diferente.
Assunto esse à parte, a figura do personagem foi apenas um pano de fundo a ser trabalhado sobre um registro histórico da vivência dessa etnia rutenda(a quel eu nunca tinha ouvido falar antes).
Nessa função, o documentário é primoroso para se revelar, mesmo que de forma breve e superficial, costumes típicos, modo de vida e sobretudo a relação dos mesmos com o local onde se encontram.
É interessantíssimo ter essa perspectiva de povos expatriados e inspirar a reflexão: e se nós em algum momento histórico fossemos expulsos de nossa terra de origem? Qual seria nossa relação com o local para onde nos instalaríamos?
Felizes Juntos
4.2 261 Assista AgoraÉ, a cada filme Wong Kar Wai vem me cativando.
Esse filme é extremamente multifacetado e basicamente revela a toxicidade de uma relação em qual um se dá muito e idolatatra a outra parte, o segundo não se dá nada e só puxa a outra parte para baixo.
Esses relacionamentos carmáticos só trazem desgraça e inebria a pessoa a enxergar que existe um mundo do lado de fora.
É interessante que hoje esse é um tema muito comum de ser debatido, mas à época da realização do filme pouco se falava sobre isso (na verdade não tenho nenhuma lembrança de ter ouvido sobre o tema antes de 2010).
Brilhante!
Os Pequenos Vestígios
3.0 393 Assista AgoraCaiu perfeito para o que eu estava querendo no momento. Um filminho de suspense, descompromissado, nada muito elaborado, bons atores...
É isso, nada mais.
Pelé: A Origem
2.0 7Filme extremamente amador, parece até trabalho de colégio.
Dois Homens e Meio (12ª Temporada)
3.2 115 Assista AgoraChegar ao final disso aqui realmente foi uma árdua tarefa e para tal, acho justo escrever um pouquinho mais do que o usual, ainda que essas últimas temporadas passem longe de merecer algum esforço, mas vá lá...
Na época da tv a cabo quando ainda era exibida na Warner, ainda consegui acompanhar até a metade da temporada 11, mas pouco me lembrava dela (ainda bem, pois senão não teria topado a missão que me comprometi de ver o encerramento).
Essa série após a saída de Charlie Sheen, e especialmente após a de Angus seguiu de fato uma caminhada de velório e enterro.
Aqui constatamos sem sombra de dúvidas que as mesmas pessoas envolvidas em um processo criativo são capazes de entregar coisas brilhantes e também lastimáveis.
Me parece que a revolta de Chuck Lorre após os delírios narcóticos públicos de Chatlie Sheen foi tamanha que ele fez questão, por bem ou por mal, de prová-lo que a série poderia seguir sem ele.
É pena que para tal tarefa ele esteve disposto a jogar um legado de tanto tempo na privada e conduzi-la por uma trilha catastrófica que em grande parte primou por degradar o quanto fosse possível a imagem do ator por meio de seu personagem.
As referências quanto ao nariz de 12 de Charlie são tão frequentes quanto desnecessárias, e em nenhum momento anterior elas haviam sido trazidas à tona. Isso é só um dos muitos pontos negativos.
As transformações comportamentais dos personagens protagonistas, tais quais dos coadjuvantes frequentes são marcantes, e não em um sentido bom. Isso só demonstrou o trem sem rumo que a série trilhava, apelando para tudo que fosse possível de se manter ativa, definhando.
Chegamos ao presente momento dessa 12a temporada, a qual já não se esperava mais que pudesse piorar, mas logo ao primeiro episódio esse pressuposto cai logo por terra, demonstrando que a capacidade de ir além é sem limites.
Ao final dessa conta, nota-se claramente que o personagem que indubitavelmente foi disparado o melhor da série, sendo também o mais constante foi o de Berta, segurado bravamente pela talentosíssima e falecida há pouco, Conchata Ferrell.
É notável que ao longo de todas essas 12 temporadas, a série recebeu ilustres convidados, mesmo nessas temporadas a qual se encontrava apodrecendo.
Alguns dos constantes foram exageradamente encaixados sem qualquer necessidade, exemplo máximo vai para Rose (Melanie Lynskey), personagem surreal de exagerada, que acabou por alargar os limites do aceitável que se esticou até mesmo para os principais.
Outros personagens foram sumindo, deixando o público sem qualquer explicação.
Enfim, a lista de escrachos seria longa demais e nem valeria a pena para tentar descrever algo tão ruim.
Considere Dois Homens e Meio uma série que foi até a temporada 8, quando muito até a 9 que ainda é um esforço interessante de pingar um desfecho merecido.
Chuck Lorre teve essa chance na mão, e deveria ter aproveitado, deixando um arco aberto para Walden e pensado em algo mais palpável para o personagem de Alan, que ainda se encontrava verossímil de alguma forma.
Escolheu o pior remédio possível.
Mulheres Diabólicas
4.0 86 Assista AgoraNão sei nem o que achar desse filme, uma tentativa bizarra de desvelar a hipocrisia da classe burguesa?
Sei lá!
Os Jovens Pistoleiros
3.7 145 Assista AgoraNem fazia tanto tempo que havia visto e nem tão fantástico ele é para ter sido revisto nesse intervalo de tempo, mas na preguiça de escolher algo....
Sem dúvida é um daqueles que reúne inúmeras figuras carimbadas em começo de carreira dos anos 90, incluindo a curiosidade de juntar o protagonismo de dois irmãos Estevez (beleza, o Charlie resolveu pegar outro sobrenome, mas também é).
É um filme que entretém em boa parte de sua duração, mas dá uma boa oscilada no seu ritmo.
Propõe em retratar uma das inúmeras versões lendárias do icônico personagem Billy The Kid, e até que se garante nisso. Não é de se rasgar elogios nem ser algo memorável em sua vida, mas se estiver sem muita paciência para ficar escolhendo algum filme pra rolar e gosta do gênero, pode ir sem muito erro.
Vingança e Redenção
2.2 13 Assista AgoraDentre as coisas que você vai aprendendo com o tempo é que não adianta você jogar em um caldo uma infinidade de atores decadentes que já foram excelentes um dia, eles vão continuar decadentes.
Às vezes um diretor excepcional ou uma produção pomposa como O Irlandês, por exemplo, pode até dar um jeito nisso, mas definitivamente esse não foi o caso.
Aguirre, a Cólera dos Deuses
4.1 159Já cheguei a me deparar com muitas comparações entre esse filme e o Fitzcarraldo, então a expectativa era grande, embora eu agora que vi os dois não consiga entender a conexão, exceto as presenças de Klaus Kinski e a Floresta Amazônica.
É um filme bom, mas não tem nada de excepcional. Muito curto, pouco se aprofunda na abordagem da ganância e poder, seus pilares centrais.
É uma obra interessante se considerarmos um alemão retratando história do início da colonização da América espanhola para a Europa.
Herzog já vinha bem, mas de fato entregaria grandes obras a partir de Kasper Hauser.
Jane B. por Agnès V.
4.1 9 Assista AgoraMais um projeto único e brilhante da diretora que só ela conseguia ter a ótica que teve por detrás das câmeras.
A peculiaridade de Agnes enxergar seus atores vai tão além que ela mesma não se contém de deixar de participar de suas alegorias.
Neste filme-homenagem sobre Jane Birkin, um ícone do cinema franco-saxão, a diretora explora as inúmeras faces dessa atriz sendo que em poucos momentos de fato se debruça sobre sua arte, e sim traduz os meandros de sua vida por meio de planos-sequências fragmentadas que as mesmas expõem suas dúvidas do que se tornará a junção daquilo tudo.
Achei linda sobretudo a franqueza da metalinguagem que as duas se propuseram nesta empreitada.
A Separação
4.2 725 Assista AgoraJá há algum tempo venho aprofundando minha admiração pelo cinema iraniano que quase sempre apresenta uma faceta muito particular a respeito de suas narrativas.
Em Separação, essa que por sua vez parece bem simples, a tratar de uma separação de um casal em uma sociedade conservadora onde a mulher possui pouca voz e autoridade para com suas decisões e caminhos que deseja trilhar.
Contudo, o filme vai se enriquecendo em seus detalhes e nuances sutis, as quais não deixa muito no campo do visível o que de fato está ocorrendo. Tudo isso beneficiado com um belíssimo jogo de câmeras que sempre coloca o espectador no campo do oculto, poucas vezes sendo privilegiado por uma visão ampla das sequências.
Os pequenos detalhes são os que fazem a grande diferença nesse filme!
Simonal
3.3 76 Assista AgoraEu imagino que deve ser muito triste para a carreira de um artista quando ele se torna mais famoso por sua suposta infâmia do que necessariamente por seu legado.
Indubitavelmente, Wilson Simonal foi um dos grandes nomes da música popular nacional, não creio que haja alguém disposto a contestar essa posição.
Infelizmente, a história pode ser ingrata com alguns personagens, especialmente quando ligados a contextos políticos.
Não sei ao certo se o mesmo foi ingênuo, inconsequente ou malicioso. Tudo sempre vai depender de cada interpretação contada, mas essa obra foi capaz de resgatar a imagem de Simonal de uma forma positiva que enalteceu grandemente os seus feitos musicais.
Miss Julie
3.2 82Foi uma experiência interessante de se assistir uma obra cinematográfica de uma adaptação teatral.
Acho que houve uma conexão muito boa entre Colin Farrell e Jessica Chastain e mal se sente a ausência de outros personagens mesmo com o tanto de coisas que se desenvolvem ali.
Pra quem procura por um drama de época, essa é uma boa oportunidade, especialmente de se prestigiar a direção de uma atriz consagrada como a Liv Ullman.