Um adeus imperfeito a uma personagem/uma introdução quase perfeita para outra.
Não compartilho o desdém que alguns dos meus colegas cinéfilos têm pelo MCU. Longe disso. Não considero nenhum dos filmes ou programas de TV dentro desse universo exemplos genuínos de pura arte. Mas eles trazem a oportunidade de uma experiência comunal que me é cada vez mais rara. E ao longo de mais de 10 anos, um apego genuíno para com essas personagens foi forjado.
Com raras exceções (ex:"Homem de Ferro 2"), mergulhar por 2 horas ou mais neste universo sempre me traz um conforto escapista único - Uma coisa que a pandemia me fez perceber o quão valioso é. E não vou negar que faço vista grossa para vários dos atalhos narrativos que foram (e ainda são) tomados em alguns dos seus capítulos.
Bem, com "Viúva Negra" não foi diferente.
Não é a despedida perfeita que os entusiastas de Natasha Romanoff estavam pedindo pro Kevin Feige já faz algum tempo. Estou no grupo daqueles que gostaram do final dela em ULTIMATO. Então eu não pude deixar de sentir uma pequena sensação de redundância no projeto desde o início.
Dito isto, um novo mundo de possibilidades é aberto aqui na forma da Yelena Belova de Pugh. Florence Pugh é dotada de uma presença tão magnética singular. Em todas as cenas em que ela está, os holofotes são dela. Ela traz a fisicalidade e a vulnerabilidade de Yelena à vida. Ela é uma estrela nata que sozinha consegue elevar o material e transformar cada linha de diálogo proferida por ela em algo especial.
Mas Johansson também está muito bem. Ela conhece Natasha como a palma da mão. E ela traz algumas escolhas interessantes, mesmo que o roteiro nem sempre a ajude.
David Harbour é um cara hiper-carismático. Ele é a pura encarnação da alegria em cada minuto que está na tela (Sinto muito, Steve, mas acho que o Guardião Vermelho é mais legal agora). Finalmente um super-herói cujo físico eu posso (e quero) aspirar a alcançar.
Rachel Weisz dá vida a um papel funcional. Eu queria muito ver uma série da Disney+ com ela e Harbour no estilo de "The Americans". Ou talvez uma comédia romântica com super-soldados. De qualquer forma, quero ver mais dos dois.
Os vilões infelizmente ficam devendo. Ray Winstone está completamente desperdiçado como um melagomaníaco genético. Uma pena visto que ele é um dos atores mais genuinamente ameaçadores que eu já vi ("Os Infiltrados" é um exemplo perfeito disso). Já Taskmaster, por outro lado, não consegue ir além de um conceito muito legal. A conexão desse personagem com o passado de Natasha mostra o potencial algo mais catártico caso fosse estabelecido como o centro dramático desde o início.
Mas no final minha afeição por esses personagens acaba falando mais alto do que o Clímax pesado do CGI. Não há cinismo que tire meu sentimento de satisfação. E estou ansioso por um novo capítulo desta franquia na tela grande.
Começa bem promissor - graças a presença do sempre incrível Hiroyuki Sanada. Infelizmente, vai gradativamente se tornando genérico. Pior de tudo é que toda a trama é pra impedir o Mortal Kombat - ou seja, já começa parecendo um teaser de um próximo filme.
Sub-zero é pretty cool tho. Toda a inventividade ficou reservada aos efeitos visuais que dão vida as habilidades desse personagem.
É bem bacaninha. Mas provavelmente não vou lembrar de mais nada até o fim do mês. O encontro dos dois ao meu ver perde o impacto devido a banalização da figura dos 2 personagens títulos. Problema herdado dos 2 últimos filmes. Gostando ou não, o filme de 2014 foi o único que conseguiu reproduzir a assustadora discrepância de escala entre nós e os kaijus. Pelo menos os humanos são menos insuportáveis dessa vez.
Ep. 9: Fácil fácil top 3 desse universo. Belíssimo final, coerente com a história que estava sendo contada e que não cai na tentação do fan service. Ainda deixa pontas bem interessantes.
Tem meia-hora sobrando e precisa de muito mais Andrew Rannells, maaaaaaaas é fofinho quando tem que ser. Pelo menos uma canção é chiclete e outra é hilária.
Denso, requer múltiplas revisões. Fincher e sua equipe fazem um trabalho de recriação absurdo, trazendo uma Hollywood cinzenta e traiçoeira. Um filme carregado políticamente de maneira surpreendente, que captura o zeitgeist de uma maneira nada óbvia. As referência a Cidadão Kane são bem inseridas e nunca distraem da trama principal: um poderoso conto sobre a vontade do indivíduo de mudar o sistema.
"What's Happened, Happened, It's An Expression Of Faith In The Mechanics Of The World, It's Not An Excuse For Doing Nothing."
Segunda revisão: Engraçado (e estranho) essa forma como a pandemia vai estar sempre ligada ao jeito que leio Tenet, potencializando minha relação com ele de um jeito bem íntimo. Me perdi naquele pequeno infinito e mais uma vez sai com blockbuster experimental sobre a importância do ato de ter fé. E eu aceito de bom grado um pouco mais de fé no mundo de hoje. Venha de onde vier.
Irônico que o filme aonde Nolan é acusado por uns de ser frio ao meu ver é o que ele se mostra mais humano.
O casamento perfeito entre o Nolan experimental e o Nolan comercial. A mesclagem de narrativa linear com elementos de uma narrativa não-linear é orgânica, rompe a estrutura de causa/efeito. Dando caldo pra muitas revisões. Um blockbuster idiossincrático, feito de som e fúria. Melodramático na medida certa. O Neil do Robert Pattinson já entra pro Hall da galeria de personagens mais fascinantes da filmografia do Nolan.
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraMarvel Movie Nights - Eu sinto falta delas
Um adeus imperfeito a uma personagem/uma introdução quase perfeita para outra.
Não compartilho o desdém que alguns dos meus colegas cinéfilos têm pelo MCU. Longe disso. Não considero nenhum dos filmes ou programas de TV dentro desse universo exemplos genuínos de pura arte. Mas eles trazem a oportunidade de uma experiência comunal que me é cada vez mais rara. E ao longo de mais de 10 anos, um apego genuíno para com essas personagens foi forjado.
Com raras exceções (ex:"Homem de Ferro 2"), mergulhar por 2 horas ou mais neste universo sempre me traz um conforto escapista único - Uma coisa que a pandemia me fez perceber o quão valioso é. E não vou negar que faço vista grossa para vários dos atalhos narrativos que foram (e ainda são) tomados em alguns dos seus capítulos.
Bem, com "Viúva Negra" não foi diferente.
Não é a despedida perfeita que os entusiastas de Natasha Romanoff estavam pedindo pro Kevin Feige já faz algum tempo. Estou no grupo daqueles que gostaram do final dela em ULTIMATO. Então eu não pude deixar de sentir uma pequena sensação de redundância no projeto desde o início.
Dito isto, um novo mundo de possibilidades é aberto aqui na forma da Yelena Belova de Pugh. Florence Pugh é dotada de uma presença tão magnética singular. Em todas as cenas em que ela está, os holofotes são dela. Ela traz a fisicalidade e a vulnerabilidade de Yelena à vida. Ela é uma estrela nata que sozinha consegue elevar o material e transformar cada linha de diálogo proferida por ela em algo especial.
Mas Johansson também está muito bem. Ela conhece Natasha como a palma da mão. E ela traz algumas escolhas interessantes, mesmo que o roteiro nem sempre a ajude.
David Harbour é um cara hiper-carismático. Ele é a pura encarnação da alegria em cada minuto que está na tela (Sinto muito, Steve, mas acho que o Guardião Vermelho é mais legal agora). Finalmente um super-herói cujo físico eu posso (e quero) aspirar a alcançar.
Rachel Weisz dá vida a um papel funcional. Eu queria muito ver uma série da Disney+ com ela e Harbour no estilo de "The Americans". Ou talvez uma comédia romântica com super-soldados. De qualquer forma, quero ver mais dos dois.
Os vilões infelizmente ficam devendo. Ray Winstone está completamente desperdiçado como um melagomaníaco genético. Uma pena visto que ele é um dos atores mais genuinamente ameaçadores que eu já vi ("Os Infiltrados" é um exemplo perfeito disso). Já Taskmaster, por outro lado, não consegue ir além de um conceito muito legal. A conexão desse personagem com o passado de Natasha mostra o potencial algo mais catártico caso fosse estabelecido como o centro dramático desde o início.
Mas no final minha afeição por esses personagens acaba falando mais alto do que o Clímax pesado do CGI. Não há cinismo que tire meu sentimento de satisfação. E estou ansioso por um novo capítulo desta franquia na tela grande.
Arquivo X (1ª Temporada)
4.5 310 Assista AgoraScully crush fortíssima
Censor
3.1 123Cinema de terror continua trazendo as melhores revelações do ano.
Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio
3.2 959 Assista AgoraO "menos bom" da trilogia. Mas, como eu AMO a Lorraine e o Ed, acabei me divertindo horrores.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraFinalmente um live-action da Disney com algum pulso de vida.
Nova Ordem
3.0 45Mirou no Haneke e acabou acertando no Todd Phillips...
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraComeça bem promissor - graças a presença do sempre incrível Hiroyuki Sanada. Infelizmente, vai gradativamente se tornando genérico. Pior de tudo é que toda a trama é pra impedir o Mortal Kombat - ou seja, já começa parecendo um teaser de um próximo filme.
Sub-zero é pretty cool tho. Toda a inventividade ficou reservada aos efeitos visuais que dão vida as habilidades desse personagem.
Shiva Baby
3.8 258 Assista Agoraobra-prima judaica
Godzilla vs. Kong
3.1 794 Assista AgoraÉ bem bacaninha. Mas provavelmente não vou lembrar de mais nada até o fim do mês. O encontro dos dois ao meu ver perde o impacto devido a banalização da figura dos 2 personagens títulos. Problema herdado dos 2 últimos filmes. Gostando ou não, o filme de 2014 foi o único que conseguiu reproduzir a assustadora discrepância de escala entre nós e os kaijus. Pelo menos os humanos são menos insuportáveis dessa vez.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KUm salve pra Connie Nielsen que roubou um filme de 4 horas estando apenas uns 10 minutos em cena.
WandaVision
4.2 844 Assista AgoraEp. 9: Fácil fácil top 3 desse universo. Belíssimo final, coerente com a história que estava sendo contada e que não cai na tentação do fan service. Ainda deixa pontas bem interessantes.
Saint Maud
3.5 334 Assista AgoraMorfydd Clark é uma revelação divina
Soul
4.3 1,4KPutz, me desmontaram mais uma vez...
A Voz Suprema do Blues
3.5 539 Assista AgoraFuracão Chadwick
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraDiana vs. o individualismo.
Belíssima continuação.
A Festa de Formatura
3.1 238Tem meia-hora sobrando e precisa de muito mais Andrew Rannells, maaaaaaaas é fofinho quando tem que ser. Pelo menos uma canção é chiclete e outra é hilária.
Freaky: No Corpo de um Assassino
3.2 464Kathryn Newton <3 <3 <3
Lovers Rock
4.2 24É como se apaixonar <3
Mank
3.2 462 Assista AgoraDenso, requer múltiplas revisões. Fincher e sua equipe fazem um trabalho de recriação absurdo, trazendo uma Hollywood cinzenta e traiçoeira. Um filme carregado políticamente de maneira surpreendente, que captura o zeitgeist de uma maneira nada óbvia. As referência a Cidadão Kane são bem inseridas e nunca distraem da trama principal: um poderoso conto sobre a vontade do indivíduo de mudar o sistema.
The Crown (4ª Temporada)
4.5 246 Assista AgoraNão só o ápice da série até o momento, mas também o ápice da tv em 2020. Uma perfeição.
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraAs vezes eu me pego sonhando com a Anya Taylor-Joy me dando uma surra no xadrez e me olhando com desdém.
Esses sonhos estão sendo bastante frequentes.
Os Novos Mutantes
2.6 719 Assista AgoraOs adiamentos foram a melhor coisa pra esse filme. Deveria ter permanecido no campo do folclore.
Tenet
3.4 1,3K Assista Agora"What's Happened, Happened, It's An Expression Of Faith In The Mechanics Of The World, It's Not An Excuse For Doing Nothing."
Segunda revisão: Engraçado (e estranho) essa forma como a pandemia vai estar sempre ligada ao jeito que leio Tenet, potencializando minha relação com ele de um jeito bem íntimo. Me perdi naquele pequeno infinito e mais uma vez sai com blockbuster experimental sobre a importância do ato de ter fé. E eu aceito de bom grado um pouco mais de fé no mundo de hoje. Venha de onde vier.
Irônico que o filme aonde Nolan é acusado por uns de ser frio ao meu ver é o que ele se mostra mais humano.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraQue maneira mais linda de voltar pros cinemas.
O casamento perfeito entre o Nolan experimental e o Nolan comercial. A mesclagem de narrativa linear com elementos de uma narrativa não-linear é orgânica, rompe a estrutura de causa/efeito. Dando caldo pra muitas revisões. Um blockbuster idiossincrático, feito de som e fúria. Melodramático na medida certa. O Neil do Robert Pattinson já entra pro Hall da galeria de personagens mais fascinantes da filmografia do Nolan.
Já sei que vou rever e rever.