Ainda tenho um amor especial por "Dois dias, Uma noite", mas o filme é muito bom. A direção de fotografia e atuação tem que ter potência pra segurar a direção dos Dardenne, é surreal os planos longos e a mise-en-scène. Foi interessante ver o filme que consagrou eles nesse cinema-realidade - é incrível.
Esse curta-metragem tem uma potência enorme. É difícil de assistir por causa das cenas bem violentas mas é incrível como é bem dirigido e metafórico (socialmente falando).
A sequência da perseguição no mercado popular escancara a invisibilidade da prostituição infantil na sociedade: ela está seminua na rua mas ninguém a nota. A cena do salto é angustiante, mas tem uma certa beleza.
Eu estou de cara com a potência desse roteiro e a ousadia em algumas passagens do filme. Fiquei ainda mais impressionada ao ver a filmografia do diretor e me soou como algo muito diferente dos outros trabalhos de direção dele.
O filme tem uma fotografia impecável e alguns planos super elaborados que enchem os olhos. Demorei pra ver e me surpreendi muito, recomendo.
Eu achei a série muito bonita apesar de alguns problemas que senti na execução. Acredito que os dois episódios iniciais e finais são os melhores porque deixam mais explicita uma ligação um com o outro. Mas tirando esse ponto a série é linda e muito bem dirigida. A Rebecca Hall é tudo de bom!
É interessante como a Josephine Decker trabalha uma biografia a partir das suas esquisitices (maravilhosas) estéticas. Quase um anti-biopic em que a Shirley Jackson funciona como um grande figurativo da contaminação abusiva da masculinidade.
Com certeza esses flowl's e blur's da fotografia vão ser uma marca registrada da diretora em sua filmografia: é lindo demais.
Esse filme poderia ser tão bom, por causa da proposta super interessante dos libertinos e a ambientação na mesma perspectiva e época da vida do Marquês de Sade. Nos primeiros minutos eu estava gostando muito. Me remeteu à alguns contos de Sade, Aretino e Bataille. Mas após a apresentação do título o filme se tornou extremamente massante. Me parecia que aqueles atos gigantes só estavam ali pra preencher algo.
Já vi filmes com teor parecido que funcionam muito bem em termos de transgressão e pornografia no cinema de arte, mas infelizmente não consigo acompanhar o estilo/cinema do Albert Serra.
Qual é o nosso olhar quando a sociedade inverte os valores? É um filme extremamente necessário para refletir sobre casos que acontecem o tempo todo nos impulsionando a um olhar sobre o sofrimento alheio, acarretado por tanta intolerância.
Esse filme tem uma sacada genial do diretor em te colocar em uma visão crítica. É através desse final que podemos perceber até onde nosso olhar objetivo sobre uma situação se torna inerente. Eu acho que o final, no meu olhar e na ótica da sociedade, se resume a:
Uma visão divertida às estéticas dos filmes de horror da década de 70, e também um olhar metafílmico sobre as produções iniciais do movimento pós-pornô. É um filme divertido, porém do meio para o final fica um tanto confuso.
Esse é sem dúvidas um dos documentários mais bonitos que eu já vi. É muito sincero e nos apresenta algo muito rico em termos de sentimento: redenção e perdão. Desde que vi o trailer, eu fiquei extremamente emocionada e me peguei pensando em como a Barbora foi sensível e extremamente audaciosa em encomendar um filme como esse.
Sinto que eu possa talvez ter negativado qualquer visão técnica e cinematográfica quanto a ele. Talvez por causa de ter sentido a cada momento uma dualidade de sensações me colocando nos dois lados, nesses dois extremos. Enfim, negativar sua dor para olhar a dor do outro é para poucos e por esse motivo esse filme é de encher os olhos.
Eu estou chocada sobre a potência desse filme. Quando acabou fiquei pensando muito sobre minha existência e em observar mais as coisas. Tem tantas referências nos diálogos que é preciso ver mais de uma vez para entender sua completude. Uma experiência incrível!
Começo dizendo que esse filme é muito subestimado. Digo isso, porque eu mesma criei uma resistência em assistir um filme do Moodysson que me soava aos padrões mais americanizados. Me enganei, esse filme apresenta exatamente todas as críticas a sociedade capitalista e ao mundo globalizado dos seus outros filmes.
O que é mais interessante é que o próprio filme faz uma crítica cultural aos norte americanos, o que explica a recepção da crítica. O roteiro é minucioso e apresenta uma história que no fim, serve de plano de fundo para tantas questões implícitas. Sejam as evidentes na narrativa, quanto as implícitas no filme.
O noticiário, a foto no armário da Ellen, por exemplo, são minucias do filme em apresentar uma crítica social. Além de todas as outras que enxergamos nitidamente na trama: globalização, prostituição, trabalho sucateado, pobreza, ausência familiar, estupro e as problemáticas dos turistas.
Um filme muito delicado que aborda tudo isso com uma sutileza incrível. Fiquei muito abalada com todas essas representações transpostas a musica da Cat Power. Enfim, incrível!
Esse filme é impecável, os monólogos e última sequência de imagens mexeram muito comigo. Com certeza vou me atentar a assistir outros filmes do Alain Resnais.
Muito belo e complexo. As linguagens pelo corpo são um grande figurativo no filme para os sentidos da obra, acho que é por isso que é um filme tão estudado cientificamente. Na época do lançamento, ele apresentava esse apontamento tão oportuno, em que vemos o corpo como um elemento central. A história é linda e eu fiquei muito curiosa para ler o livro.
Ele tem muitos elementos que são difíceis de notar ao mesmo tempo, mas aquelas imagens de pinturas japonesas históricas do sexo, apresentadas nas cenas através da sobreposição e releituras pra encenação dos personagens, me chamaram muito atenção e são lindas demais.
Demorei para conseguir vê-lo, achei extremamente interessante para a época e completamente ousado em inserir imagens bem pesadas. As passagens oníricas são belíssimas, confesso que criei um patamar internalizado porque 'Imagens do Velho Mundo' é um amor pra mim. Mas de toda forma, é um belo filme.
Acredito que o efeito do documentário não está em criar uma posição e sim pensar sobre a redenção das pessoas, que com tudo que vivemos, sabemos que é uma coisa muito rara. Além disso, há uma discussão muito séria sobre crianças serem julgadas como adultos, e acho que é a segunda vez que assisto um caso que explode minha mente e cria uma reflexão internalizada sobre o que é certo ou errado. Mas no fim é incrível saber esse desfecho.
Primeiro filme da Claire Denis que gosto. Ela é uma excelente diretora, mas sempre tive um incomodo do qual não sei explicar em relação aos filmes. Esse é muito fluido e prega um discurso importantíssimo. Muito bom.
Sem dúvidas eu vou sair assistindo a filmografia toda. É extremamente contemplativo e belo. Fiquei encantada com cada monólogo e todo o visual mórbido em tons pastéis.
O déjà-vu é um resultado pós a falha da vida em simulação e isso explica o porque da sensação. Essas seriam as rupturas da nossa consciência sobre o que já vivemos antes do dia de nossa morte, tendo que não podemos ter a consciência completa da simulação devido a essa falha.
Será que o Alex Garland descobriu o porque da nossa existência? Minha vida é real? Socorro?
Esse filme mexeu muito comigo quando o vi no último festival de SP, sai tão reflexiva que esperei para poder ter a oportunidade de ver ele de novo. É muito potente e incrivelmente bem dirigido e performado pela Haley. Há um vazio no olhar da personagem que nos persegue depois do filme. Sem dúvidas o Carlo Mirabella-Davis é um diretor que promete.
Rosetta
3.9 76Ainda tenho um amor especial por "Dois dias, Uma noite", mas o filme é muito bom. A direção de fotografia e atuação tem que ter potência pra segurar a direção dos Dardenne, é surreal os planos longos e a mise-en-scène.
Foi interessante ver o filme que consagrou eles nesse cinema-realidade - é incrível.
Esclava
3.9 5Esse curta-metragem tem uma potência enorme. É difícil de assistir por causa das cenas bem violentas mas é incrível como é bem dirigido e metafórico (socialmente falando).
A sequência da perseguição no mercado popular escancara a invisibilidade da prostituição infantil na sociedade: ela está seminua na rua mas ninguém a nota.
A cena do salto é angustiante, mas tem uma certa beleza.
Fé Corrompida
3.7 375 Assista AgoraEu estou de cara com a potência desse roteiro e a ousadia em algumas passagens do filme. Fiquei ainda mais impressionada ao ver a filmografia do diretor e me soou como algo muito diferente dos outros trabalhos de direção dele.
O filme tem uma fotografia impecável e alguns planos super elaborados que enchem os olhos. Demorei pra ver e me surpreendi muito, recomendo.
Contos do Loop (1ª Temporada)
4.3 218 Assista AgoraEu achei a série muito bonita apesar de alguns problemas que senti na execução. Acredito que os dois episódios iniciais e finais são os melhores porque deixam mais explicita uma ligação um com o outro.
Mas tirando esse ponto a série é linda e muito bem dirigida. A Rebecca Hall é tudo de bom!
Shirley
3.3 70 Assista AgoraÉ interessante como a Josephine Decker trabalha uma biografia a partir das suas esquisitices (maravilhosas) estéticas. Quase um anti-biopic em que a Shirley Jackson funciona como um grande figurativo da contaminação abusiva da masculinidade.
Com certeza esses flowl's e blur's da fotografia vão ser uma marca registrada da diretora em sua filmografia: é lindo demais.
Liberté
2.1 21Esse filme poderia ser tão bom, por causa da proposta super interessante dos libertinos e a ambientação na mesma perspectiva e época da vida do Marquês de Sade.
Nos primeiros minutos eu estava gostando muito. Me remeteu à alguns contos de Sade, Aretino e Bataille. Mas após a apresentação do título o filme se tornou extremamente massante. Me parecia que aqueles atos gigantes só estavam ali pra preencher algo.
Já vi filmes com teor parecido que funcionam muito bem em termos de transgressão e pornografia no cinema de arte, mas infelizmente não consigo acompanhar o estilo/cinema do Albert Serra.
Os Miseráveis
4.0 161Qual é o nosso olhar quando a sociedade inverte os valores?
É um filme extremamente necessário para refletir sobre casos que acontecem o tempo todo nos impulsionando a um olhar sobre o sofrimento alheio, acarretado por tanta intolerância.
Esse filme tem uma sacada genial do diretor em te colocar em uma visão crítica. É através desse final que podemos perceber até onde nosso olhar objetivo sobre uma situação se torna inerente. Eu acho que o final, no meu olhar e na ótica da sociedade, se resume a:
É errado o oprimido se tornar o opressor?
Nesse caso, eu diria que não.
Faca no Coração
3.4 68 Assista AgoraUma visão divertida às estéticas dos filmes de horror da década de 70, e também um olhar metafílmico sobre as produções iniciais do movimento pós-pornô.
É um filme divertido, porém do meio para o final fica um tanto confuso.
A Artista e o Ladrão
4.1 22Esse é sem dúvidas um dos documentários mais bonitos que eu já vi. É muito sincero e nos apresenta algo muito rico em termos de sentimento: redenção e perdão.
Desde que vi o trailer, eu fiquei extremamente emocionada e me peguei pensando em como a Barbora foi sensível e extremamente audaciosa em encomendar um filme como esse.
Sinto que eu possa talvez ter negativado qualquer visão técnica e cinematográfica quanto a ele. Talvez por causa de ter sentido a cada momento uma dualidade de sensações me colocando nos dois lados, nesses dois extremos.
Enfim, negativar sua dor para olhar a dor do outro é para poucos e por esse motivo esse filme é de encher os olhos.
Meu Jantar com André
4.1 78Eu estou chocada sobre a potência desse filme. Quando acabou fiquei pensando muito sobre minha existência e em observar mais as coisas.
Tem tantas referências nos diálogos que é preciso ver mais de uma vez para entender sua completude. Uma experiência incrível!
The Fall
3.5 28O clipe da banda de black metal que você nunca viu.
Corações em Conflito
3.3 169 Assista AgoraComeço dizendo que esse filme é muito subestimado. Digo isso, porque eu mesma criei uma resistência em assistir um filme do Moodysson que me soava aos padrões mais americanizados. Me enganei, esse filme apresenta exatamente todas as críticas a sociedade capitalista e ao mundo globalizado dos seus outros filmes.
O que é mais interessante é que o próprio filme faz uma crítica cultural aos norte americanos, o que explica a recepção da crítica. O roteiro é minucioso e apresenta uma história que no fim, serve de plano de fundo para tantas questões implícitas. Sejam as evidentes na narrativa, quanto as implícitas no filme.
O noticiário, a foto no armário da Ellen, por exemplo, são minucias do filme em apresentar uma crítica social. Além de todas as outras que enxergamos nitidamente na trama: globalização, prostituição, trabalho sucateado, pobreza, ausência familiar, estupro e as problemáticas dos turistas.
Um filme muito delicado que aborda tudo isso com uma sutileza incrível. Fiquei muito abalada com todas essas representações transpostas a musica da Cat Power. Enfim, incrível!
Meu Tio da América
4.1 45Esse filme é impecável, os monólogos e última sequência de imagens mexeram muito comigo. Com certeza vou me atentar a assistir outros filmes do Alain Resnais.
O Livro de Cabeceira
3.8 79 Assista AgoraMuito belo e complexo. As linguagens pelo corpo são um grande figurativo no filme para os sentidos da obra, acho que é por isso que é um filme tão estudado cientificamente.
Na época do lançamento, ele apresentava esse apontamento tão oportuno, em que vemos o corpo como um elemento central. A história é linda e eu fiquei muito curiosa para ler o livro.
Ele tem muitos elementos que são difíceis de notar ao mesmo tempo, mas aquelas imagens de pinturas japonesas históricas do sexo, apresentadas nas cenas através da sobreposição e releituras pra encenação dos personagens, me chamaram muito atenção e são lindas demais.
322
3.7 9Demorei para conseguir vê-lo, achei extremamente interessante para a época e completamente ousado em inserir imagens bem pesadas.
As passagens oníricas são belíssimas, confesso que criei um patamar internalizado porque 'Imagens do Velho Mundo' é um amor pra mim. Mas de toda forma, é um belo filme.
Clemência: A História de Cyntoia Brown
3.6 25Acredito que o efeito do documentário não está em criar uma posição e sim pensar sobre a redenção das pessoas, que com tudo que vivemos, sabemos que é uma coisa muito rara.
Além disso, há uma discussão muito séria sobre crianças serem julgadas como adultos, e acho que é a segunda vez que assisto um caso que explode minha mente e cria uma reflexão internalizada sobre o que é certo ou errado.
Mas no fim é incrível saber esse desfecho.
Minha Terra, África
3.7 37 Assista AgoraPrimeiro filme da Claire Denis que gosto. Ela é uma excelente diretora, mas sempre tive um incomodo do qual não sei explicar em relação aos filmes.
Esse é muito fluido e prega um discurso importantíssimo. Muito bom.
Vocês, Os Vivos
3.9 74 Assista AgoraSem dúvidas eu vou sair assistindo a filmografia toda. É extremamente contemplativo e belo. Fiquei encantada com cada monólogo e todo o visual mórbido em tons pastéis.
Devs
4.0 58 Assista AgoraContinuando na minha cabeça
O déjà-vu é um resultado pós a falha da vida em simulação e isso explica o porque da sensação. Essas seriam as rupturas da nossa consciência sobre o que já vivemos antes do dia de nossa morte, tendo que não podemos ter a consciência completa da simulação devido a essa falha.
Será que o Alex Garland descobriu o porque da nossa existência? Minha vida é real? Socorro?
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre
4.0 215 Assista AgoraÉ muito delicado e sensível e o mais incrível, trata o tema com naturalidade sem criar grandes 'kamikazes' desnecessários.
Eu ainda estou sentindo o filme. Mas a fotografia, as questões implícitas e a 'sacada' do título são incríveis.
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista AgoraOs dez minutos finais foderam com a minha mente pro resto da vida.
37 Segundos
4.1 65 Assista AgoraTerminei o filme dando um belo de um sorriso. Que coisa mais sensível e linda!
A Caçada
3.2 642 Assista AgoraQue divertido. E a metáfora do filme é extremamente necessária!
Devorar
3.7 366 Assista AgoraEsse filme mexeu muito comigo quando o vi no último festival de SP, sai tão reflexiva que esperei para poder ter a oportunidade de ver ele de novo.
É muito potente e incrivelmente bem dirigido e performado pela Haley. Há um vazio no olhar da personagem que nos persegue depois do filme.
Sem dúvidas o Carlo Mirabella-Davis é um diretor que promete.