Viagens literais e psicológicas; monólogos sobre dúvidas e descobertas em ilhas suecas; algum lugar no futuro; mistérios eternos; uma corrida em busca da liberdade, em busca do nada; conflitos na Idade Média, outros no oeste e outros em algum lugar do século XX; retratos doces e belas de futilidade; o amor platônico, a insanidade... Corpos solitários vagando por cidades, por campos, por montanhas, por hotéis gigantescos, pela França, por Londres, por Roma, por vilas escuras, pelo Mundo... Oh, a solidão...
Foram centenas de filmes escolhidos, selecionados e selecionados, enquanto o número diminuia até chegar a 50, que seriam os meus favoritos. Mas eu queria 30, e consegui.
Os melhores? Sim. Prefiro me assumir como um pretencioso do que vir com falsos papos sobre humildade. São os melhores; os melhores para mim; os melhores para mim neste momento, pois talvez amanhã eu assista outro filme que seja ainda melhor, e assim eu espero. Pois qual seria a graça se não houvesse filmes melhores do que esses? Qual seria o sentido de ver qualquer filme, se os melhores já foram vistos? Por isso eu desejo acreditar que há outros 30 melhores filmes de todos os tempos, filmes que eu ainda não vi, mas que desejo ver - e que vou ver.
E independentemente do tempo ou da maneira, eu ainda vou ver os melhores filmes de todos os tempos; talvez eu já tenha visto, mas ainda não reconheci. Espero, então, que essa busca demore muito, que seja longa a procura dos melhores filmes de todos os tempos. E muitas vezes eu chego a acreditar que isso é algo que dura uma vida inteira.
Então seria esses os melhores filmes de todos os tempos? Não, de maneira alguma. São apenas as coisas que eu mais amo no mundo. (02/12/2013)