O 7 episódio foi o melhor. Achei que demorou um pouco para chegar no ápice da trama, mas a direção fez uma boa mescla entre cenas do passado e do presente, junto com essa trilha sonora que é incrível. Tem momentos que ficaram forçados, achei que existiram furos, mas é uma história que aparentemente só funciona mesmo se der essa forçada, acho que vale o entretenimento.
Tem uma parábola do Kafka que se chama Diante da Lei (está no famoso O processo). E, nossa, impressionante como esse filme trouxe analogias e reflexões que me lembraram muito esse texto, uma espécie de metáfora política, social e filosófica para aquele que fica diante da porta, esperando que ela seja aberta quase que por milagre ou concessão divina - e que entra, afinal (ou não?)
Uma denúncia em forma de filme, é o absurdo normalizado. Com tantas camadas que faz ter vontade de ler todas as teorias e análises possíveis relacionadas ao filme.
Estou aqui encantada. São tantas e tantas cenas irônicas e satíricas. O padre encontrando o assassino dos seus próprios pais no leito de morte, a guerra acontecendo enquanto os burgueses jantam, o enterro inesperado que acontece num restaurante qualquer, a cocaína, os adultérios. Buñuel viu tudo. As cenas do mensageiro soldado que aparece de tempos em tempos e conta as histórias místicas que envolvem sua mãe-fantasma me lembraram muito as cenas de Hiroshima Mon Amour. Uma espécie de eterno retorno, de relembrar o que se esquece, da ruína que está sempre presente.
Um filme que vale a pena cada minuto. O próprio título já é espetacular
Ao contrário dos comentários anteriores, o que eu gostei foi justamente a mescla teatral, a troca constante entre atuar e discutir o roteiro e o tom que deve ser adotado (lembra um pouco a pegada do Eduardo Coutinho, inclusive). Gostei muito da mescla das linguagens do cinema e do teatro, foi uma escolha que reforçou o fato de ser uma adaptação, além de causar a impressão de que estamos sempre vendo "detrás da cortina", a reação do público mas também a dos atores - e é impressionante ver a facilidade com que cada um deles se insere nas personagens conforme lê o roteiro.
Olivia de Havilland está fascinante na atuação, conseguimos notar toda a evolução de Catherine, em todas as nuances de cada fase. Da inocência à dor, ao olhar experiente da vivência.
Gostei muito da evolução da personagem de Broderick Crawford, e a sua atuação é parte fundamental dessa mudança que vamos observando ao longo do filme (que tem um roteiro tão bem feito que faz as duas horas de duração parecerem quatro, é muito notável a quantidade de paralelos e histórias que acontecem ao longo do filme, ao mesmo tempo sem comprometer o ritmo e o interesse que temos). Se assistirmos o filme sem lermos a sinopse somos surpreendidos com a corrupção que toma conta (ou que vai sendo mostrada) de Willie Stark, confesso que nos primeiros 40 minutos eu não esperava que ele fosse se tornar um chefe de milícia, gângster típico, inclemente. Excelente e muito atual. Eu destacaria, ainda que de forma muito marginal da trama principal, a atuação de Anne Seymour.
Um filme precursor do que mais tarde também rende outros lindos como Garota Interrompida ou Um estranho no ninho. Vamos gradualmente encontrando diálogo e formando simpatia pelas mulheres internadas e suas peculiaridades. O excesso de didática sobre o tratamento pode talvez ser atribuído ao período.
Para quem não sabe dançar ballet, como eu, pode parecer à primeira vista que não é tão difícil transmitir leveza na dança, um grande erro.
Um dos filmes mais completos, vivos, coloridos, bem atuado, bem desenvolvido. Figurino e maquiagens espetaculares, além dos cenários, da coreografia - eu destacaria inclusive os efeitos especiais, um tanto surrealistas e lembrando até um pouco de Salvador Dali em alguns momentos. O paralelo entre a narrativa do conto de fadas, o espetáculo de ballet e a vida das personagens é maravilhoso. O trio central, Moira Shearer (que tem coincidentemente o mesmo sobrenome de uma das melhores atrizes da década de 30, Norma Shearer), Marius Goring e Anton Walbrook desenvolvem seus papéis de forma curiosamente harmônica entre eles, como se de fato estivessem em equilíbrio na trama, sempre em contrapontos. A escolha que Victoria Page é constantemente chamada a fazer entre carreira e vida pessoal - e todo o drama que envolve isso - pode nos parecer mais distante hoje em dia, mas ainda recentemente era uma questão para muitas mulheres.
Um filme que trata de temas tão sensíveis, de morte, mas que nos faz querer viver e ver mais.
Um filme muito provocativo para os tempos em que vivemos. Inverte a noção de prazer (ou será que escancara o que não vemos?), também projeta noções biológicas de evolução e tecnologia para um contexto muito terrível e estranhamente… provável. A evolução é poder comer plástico? Provocativo.
Que filme poético, que delicadeza. É uma proposta excêntrica e ao mesmo tempo mística, fantasiosa, filosófica. Tem muito de autodescoberta, de relação com a natureza e o humano. Amei essa mescla de temas, nunca imaginei algo assim ser possível e tão bem executado. Assistam tendo consciência de que a proposta é de mesclar os mitos e as reflexões. Tem sim algo de assustador e tenebroso que nos remete aos filmes e histórias de bruxas que estamos acostumados, mas aqui a narrativa toma outros rumos.
O filme é vendido como suspense, mas na verdade é um sessão da tarde meio clichezão e água com açúcar, com mensagens muito óbvias. Como disseram aí embaixo, as atuações estão muito ruins - acho que principalmente da Daisy Edgar-Jones. Achei a maquiagem forçada (a mulher vive no pântano e está com o cabelo melhor que muita gente), além de que ficar vendo apenas atores muito padrões é muito anos 90 para a minha cabeça. Em suma, não assista pensando que é um suspense, não espere uma história sem furos. Acho que a premissa tinha potencial, mas nossa, deixou muito a desejar.
O poder da arte (nesse caso, do teatro) é algo impressionante. A cena do encontro entre a família do Joseph White e o neto da Helen Wilson é de fazer chorar. No fim das contas alguns erros fazem com que todos, sem exceção, sofram muito.
Um homem que primeiro tenta acertar, mas pelos motivos errados. E ao final se redime e acaba errando, mas pelos motivos certos. Redenção e um processo jurídico infinito, uma loucura kafkiana de labirintos, a busca pela dona da bolsa que seria a única capaz de salvar tudo (um eterno messias que nunca vem). Eu amo os filmes do Farhadi, nunca erram.
Como se o simples fato do Papai Noel ser generoso e bondoso pudesse mudar o espírito competitivo capitalista de uma loja tão grande quanto a Macy’s. Exagerado? Sem duvida. Mas gostamos mesmo assim porque é filme de Natal e dá aquele quentinho no coração.
Qualquer um que tenha contato e vivência com a clássica família de classe média ou média-alta consegue configurar que: sim, eles podem ter encoberto (e mesmo dado propina para que dessem laudos falso) e ao mesmo tempo não tenham sido eles os envolvidos no crime. É estranho? É. Mas quem conhece bem a classe média não duvidaria de uma lógica bizarra dessas.
Esse é o melhor do Almodóvar, demorei tanto para ver e agora já quero reassistir. Tudo está ali, os dramas complexos e bem engendrados, as personagens profundas e controversas, as escolhas que levam a reencontros (sempre com esse passado mal resolvido). As mulheres espetaculares, as cores. E o final com a dedicatória a três das melhores atrizes do cinema (isso realmente me pegou): Bette Davis, Gena Rowlands e Romy Schneider. Fora as referências subterrâneas, All about eve, Garcia Lorca, Tennessee Williams. É o melhor do Almodóvar
Os filmes com o Bing Crosby tem uma delicadeza de arranjos musicais que emocionam. Eles se inserem no filme de forma tão orgânica que fazem tudo valer a pena. A cena que começa com a Ingrid Bergman cantando em sueco e evolui para um arranjo entre as freiras e ele é de uma beleza impressionante
Yellowjackets (2ª Temporada)
3.5 105O 7 episódio foi o melhor. Achei que demorou um pouco para chegar no ápice da trama, mas a direção fez uma boa mescla entre cenas do passado e do presente, junto com essa trilha sonora que é incrível. Tem momentos que ficaram forçados, achei que existiram furos, mas é uma história que aparentemente só funciona mesmo se der essa forçada, acho que vale o entretenimento.
O Pagador de Promessas
4.3 365 Assista AgoraTem uma parábola do Kafka que se chama Diante da Lei (está no famoso O processo). E, nossa, impressionante como esse filme trouxe analogias e reflexões que me lembraram muito esse texto, uma espécie de metáfora política, social e filosófica para aquele que fica diante da porta, esperando que ela seja aberta quase que por milagre ou concessão divina - e que entra, afinal (ou não?)
O Discreto Charme da Burguesia
4.1 284 Assista AgoraUma denúncia em forma de filme, é o absurdo normalizado. Com tantas camadas que faz ter vontade de ler todas as teorias e análises possíveis relacionadas ao filme.
Estou aqui encantada. São tantas e tantas cenas irônicas e satíricas. O padre encontrando o assassino dos seus próprios pais no leito de morte, a guerra acontecendo enquanto os burgueses jantam, o enterro inesperado que acontece num restaurante qualquer, a cocaína, os adultérios. Buñuel viu tudo. As cenas do mensageiro soldado que aparece de tempos em tempos e conta as histórias místicas que envolvem sua mãe-fantasma me lembraram muito as cenas de Hiroshima Mon Amour. Uma espécie de eterno retorno, de relembrar o que se esquece, da ruína que está sempre presente.
Um filme que vale a pena cada minuto. O próprio título já é espetacular
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraO Oscar de melhor atriz coadjuvante desse ano precisa ir para a Hong Chau. O de melhor ator precisa ir para o Brendan Fraser.
O Beijo no Asfalto
4.1 95Ao contrário dos comentários anteriores, o que eu gostei foi justamente a mescla teatral, a troca constante entre atuar e discutir o roteiro e o tom que deve ser adotado (lembra um pouco a pegada do Eduardo Coutinho, inclusive). Gostei muito da mescla das linguagens do cinema e do teatro, foi uma escolha que reforçou o fato de ser uma adaptação, além de causar a impressão de que estamos sempre vendo "detrás da cortina", a reação do público mas também a dos atores - e é impressionante ver a facilidade com que cada um deles se insere nas personagens conforme lê o roteiro.
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraClichezão, nada ousado
Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo
4.4 164Perfeito, nostálgico, forte, musical, poético.
Tarde Demais
4.2 83 Assista AgoraOlivia de Havilland está fascinante na atuação, conseguimos notar toda a evolução de Catherine, em todas as nuances de cada fase. Da inocência à dor, ao olhar experiente da vivência.
A Grande Ilusão
3.9 41 Assista AgoraGostei muito da evolução da personagem de Broderick Crawford, e a sua atuação é parte fundamental dessa mudança que vamos observando ao longo do filme (que tem um roteiro tão bem feito que faz as duas horas de duração parecerem quatro, é muito notável a quantidade de paralelos e histórias que acontecem ao longo do filme, ao mesmo tempo sem comprometer o ritmo e o interesse que temos). Se assistirmos o filme sem lermos a sinopse somos surpreendidos com a corrupção que toma conta (ou que vai sendo mostrada) de Willie Stark, confesso que nos primeiros 40 minutos eu não esperava que ele fosse se tornar um chefe de milícia, gângster típico, inclemente. Excelente e muito atual. Eu destacaria, ainda que de forma muito marginal da trama principal, a atuação de Anne Seymour.
A Cova da Serpente
4.1 42Um filme precursor do que mais tarde também rende outros lindos como Garota Interrompida ou Um estranho no ninho. Vamos gradualmente encontrando diálogo e formando simpatia pelas mulheres internadas e suas peculiaridades. O excesso de didática sobre o tratamento pode talvez ser atribuído ao período.
Os Sapatinhos Vermelhos
4.3 171 Assista AgoraPara quem não sabe dançar ballet, como eu, pode parecer à primeira vista que não é tão difícil transmitir leveza na dança, um grande erro.
Um dos filmes mais completos, vivos, coloridos, bem atuado, bem desenvolvido. Figurino e maquiagens espetaculares, além dos cenários, da coreografia - eu destacaria inclusive os efeitos especiais, um tanto surrealistas e lembrando até um pouco de Salvador Dali em alguns momentos. O paralelo entre a narrativa do conto de fadas, o espetáculo de ballet e a vida das personagens é maravilhoso. O trio central, Moira Shearer (que tem coincidentemente o mesmo sobrenome de uma das melhores atrizes da década de 30, Norma Shearer), Marius Goring e Anton Walbrook desenvolvem seus papéis de forma curiosamente harmônica entre eles, como se de fato estivessem em equilíbrio na trama, sempre em contrapontos. A escolha que Victoria Page é constantemente chamada a fazer entre carreira e vida pessoal - e todo o drama que envolve isso - pode nos parecer mais distante hoje em dia, mas ainda recentemente era uma questão para muitas mulheres.
Um filme que trata de temas tão sensíveis, de morte, mas que nos faz querer viver e ver mais.
Crimes do Futuro
3.2 265 Assista AgoraUm filme muito provocativo para os tempos em que vivemos. Inverte a noção de prazer (ou será que escancara o que não vemos?), também projeta noções biológicas de evolução e tecnologia para um contexto muito terrível e estranhamente… provável. A evolução é poder comer plástico? Provocativo.
Você Não Estará Só
3.6 126 Assista AgoraQue filme poético, que delicadeza. É uma proposta excêntrica e ao mesmo tempo mística, fantasiosa, filosófica. Tem muito de autodescoberta, de relação com a natureza e o humano. Amei essa mescla de temas, nunca imaginei algo assim ser possível e tão bem executado. Assistam tendo consciência de que a proposta é de mesclar os mitos e as reflexões. Tem sim algo de assustador e tenebroso que nos remete aos filmes e histórias de bruxas que estamos acostumados, mas aqui a narrativa toma outros rumos.
Um Lugar Bem Longe Daqui
3.7 345 Assista AgoraO filme é vendido como suspense, mas na verdade é um sessão da tarde meio clichezão e água com açúcar, com mensagens muito óbvias. Como disseram aí embaixo, as atuações estão muito ruins - acho que principalmente da Daisy Edgar-Jones. Achei a maquiagem forçada (a mulher vive no pântano e está com o cabelo melhor que muita gente), além de que ficar vendo apenas atores muito padrões é muito anos 90 para a minha cabeça. Em suma, não assista pensando que é um suspense, não espere uma história sem furos. Acho que a premissa tinha potencial, mas nossa, deixou muito a desejar.
Memórias de Um Assassinato
3.7 3 Assista AgoraO poder da arte (nesse caso, do teatro) é algo impressionante. A cena do encontro entre a família do Joseph White e o neto da Helen Wilson é de fazer chorar. No fim das contas alguns erros fazem com que todos, sem exceção, sofram muito.
A Luz é para Todos
3.8 62 Assista AgoraAinda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais.
Um Herói
3.9 56 Assista AgoraUm homem que primeiro tenta acertar, mas pelos motivos errados. E ao final se redime e acaba errando, mas pelos motivos certos. Redenção e um processo jurídico infinito, uma loucura kafkiana de labirintos, a busca pela dona da bolsa que seria a única capaz de salvar tudo (um eterno messias que nunca vem). Eu amo os filmes do Farhadi, nunca erram.
De Ilusão Também Se Vive
3.9 91 Assista AgoraComo se o simples fato do Papai Noel ser generoso e bondoso pudesse mudar o espírito competitivo capitalista de uma loja tão grande quanto a Macy’s. Exagerado? Sem duvida. Mas gostamos mesmo assim porque é filme de Natal e dá aquele quentinho no coração.
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista AgoraA última cena!
Virtude Selvagem
3.9 28 Assista AgoraAinda bem que eu não assisti esse filme na minha época de pré-adolescência, o tanto que eu ia chorar, nossa
Quem Matou María Marta?
3.4 44 Assista AgoraQualquer um que tenha contato e vivência com a clássica família de classe média ou média-alta consegue configurar que: sim, eles podem ter encoberto (e mesmo dado propina para que dessem laudos falso) e ao mesmo tempo não tenham sido eles os envolvidos no crime. É estranho? É. Mas quem conhece bem a classe média não duvidaria de uma lógica bizarra dessas.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraEsse é o melhor do Almodóvar, demorei tanto para ver e agora já quero reassistir. Tudo está ali, os dramas complexos e bem engendrados, as personagens profundas e controversas, as escolhas que levam a reencontros (sempre com esse passado mal resolvido). As mulheres espetaculares, as cores. E o final com a dedicatória a três das melhores atrizes do cinema (isso realmente me pegou): Bette Davis, Gena Rowlands e Romy Schneider. Fora as referências subterrâneas, All about eve, Garcia Lorca, Tennessee Williams. É o melhor do Almodóvar
O Show Deve Continuar
4.0 126 Assista AgoraA cena de dança da Air Rotica, melhor cena sensual-sexual dançada que já vi, um espetáculo à parte
Os Sinos de Santa Maria
3.8 26Os filmes com o Bing Crosby tem uma delicadeza de arranjos musicais que emocionam. Eles se inserem no filme de forma tão orgânica que fazem tudo valer a pena. A cena que começa com a Ingrid Bergman cantando em sueco e evolui para um arranjo entre as freiras e ele é de uma beleza impressionante