É um filme que joga na cara a fragilidade do homem, a banalidade dos relacionamentos e o poder feminino. Aliás, é um ponto de vista forte das bruxas que muitas vezes fica ofuscado pelas habilidades químicas e todo o resto. A fotografia, maquiagem, paleta de cores, até mesmo as atuações (que por vezes parece meio travada, igual à referência que vou citar) remetem muito aos filmes de terror dos anos 60 e 70, com cores fortes, vivas. O uso da cor nesse filme é maravilhoso. Apesar dessa referência, o filme é atemporal, o que torna ele peculiar e inrotulável. É uma mistura que deu muito certo.
Provavelmente inspirado pelo filme Um Condenado à Morte Escapou tem seu méritos por criar além de toda tensão no ato de fuga, uma tensão extra clássica se deveriam acreditar no novo preso ou não. Ambos caminhos são bem dirigidos e aproveitados. Algo que me incomodou um pouco foi a falta de cuidado com os ruídos, o que foi tão bem abordado em Um Condenado à Morte Escapou. Aquilo dava pros guardas ouvir facilmente. Enfim, mais um grande clássico pouco conhecido de fuga de prisão.
A Karine Teles, tanto em Que horas ela volta como aqui mostra um talento absurdo, que atuação maravilhosa! A história desse filme é comovente, principalmente se analisado pela perspectiva da mãe. Tendo que lidar com a saída de um filho, sua ausência em relação aos outros filhos e sendo mediadora entre a irmã e o marido abusivo. E em todos os pontos de vista é bem executado. É um filme que, por meio do filho, mostra o desespero de uma família de classe média baixa em querer sair dessa situação, tanto pelo filho egoísta quanto no marido que arrisca tudo pra se livrar disso.
Quando assisti o 2 não imaginava que um filme poderia ter uma continuação, muito menos algo tão perfeito como esse filme. O desenvolvimento dos personagens é tão real, mostra os dois lados de um casamento, suas falhas, suas alegrias, suas dores. As atuações foram mais maduras e fortes, os diálogos foram mais carregados de emoção e nos minutos finais é uma mistura de sentimentos bons e ruins. Adoro como o Linklater fecha os filmes da trilogia, sempre fica um gosto de quero mais. Essa vai virar minha trilogia favorita mesmo depois desse filme. Será que vai ter mais?
Nunca pensei que ficaria tão mal num filme desse estilo. A delicadeza do filme é incrível. Mesmo essa questão de rodeio ser bem questionável e não me agradar, felizmente não é o grande centro das atenções. O desenvolvimento do protagonista é perfeito, o diretor soube dar tempo pra respirar e imergir no papel. É uma situação muito difícil, realmente. O existencialismo é bem presente. O que é melhor... viver na zona de conforto e infeliz ou viver com altos riscos em busca de um sonho? A cena final do filme é que arrancar lágrima de qualquer um, a relação dos irmãos se torna muito mais emocionante conforme vamos descobrindo.
Ótimas atuações! o grande diferencial do filme é a construção das personagens, porque a história nem é tão atraente. Li ali na capa do filme "American Psycho meets Heathers" e esse filme tem o mesmo problema que o Heathers que é a justificação não apropriada da motivação do ato. Entretanto ainda é muito melhor que Heathers. A Amanda é incrível, que personagem mais unicamente estranha. Em poucas falas ela já consegue me ganhar facilmente. Franqueza e sinceridade que falta tanto hoje em dia, é contagiante.
Não é uma missão fácil manter o nível do primeiro filme, mas manteve e soube usar o tempo ao seu favor. Os personagens são mais maduros, a interação deles continua orgânica e super realista. As discussões são profundas, como é de se esperar do Linklater. O diretor consegue fechar bem o segundo filme, sem repetição... sendo que pelo título seria normal se esperar algo parecido e felizmente não é. É o típico filme que raramente funciona tão bem sem atos, sem clímax... apenas com diálogos hipnotizantes. Os planos sequências são geniais, é fundamental pra imersão total no filme. Obra prima!
Maravilhoso! Um dos melhores filmes de guerra que já vi, em se tratando de conflitos internos. Assim como em Glória feita de sangue, explora perfeitamente os bastidores da guerra. Aqui Lumet mostra os dois lados, os comandantes e os comandados, o abuso de autoridade baseada em um ego nutrido de muitos anos de tradição. A construção de cada personagem e suas transformações são impecáveis, tanto os comandantes mais autoritários, quanto os mais empáticos vão se divergindo cada vez mais, de acordo com os eventos. Realmente como dizem no filme, no campo de batalha é mais leve que ali no campo de treinamento. Entendo perfeitamente porque um soldado pode surtar numa guerra, é tanta injustiça e podridão que isso altera o estado mental de qualquer um.
O filme me fez imergir tão profundamente que após o término, me senti como se tivesse acontecido comigo. É um desgaste emocional absurdo. É um desrepeito enorme com a vontade do filho, em não permitir que faça sua escolha, por um motivo de família, uma mera convenção de lei. O clima vai ficando gradualmente mais tenso, conforme o personagem do pai vai quebrando a ambiguidade criada na cena inicial. E converge pra esse final arrasador! Um dos grandes filmes lançados no Brasil em 2018
Filmaço! Vai brincando com as domésticas! :) O final do filme realmente me pegou desprevenido, mas foi tipo WOOOW! Desde o começo, já dá pra perceber que tem algo bem errado com a Jeanne, é muito intrometida e Sophie facilmente influenciável, o que culmina numa bomba. Senti uma crítica ao sistema judiciário, por deixar 2 criminosas soltas por falta de provas, é um pouco irônico... e o final do filme só me leva a acreditar mais nisso. Difícil saber o contexto da época, se algum relato teve alguma influência.
Retrata bem a questão de como os judeus e protestantes foram marginalizados no país. Porém o clima parcialmente documental enfraquece o filme no geral. Os dez minutos iniciais são bem entediantes, com a apresentação de tantos personagens e não desenvolvendo tão bem eles ao longo da história. Além da duração que poderia ser encurtada em uns 20-30 minutos, sem prejuízo de conteúdo.
A construção dos personagens é muito boa. Tem um humor inocente a todo momento, que me agradou, principalmente do Albert. A aparência dos personagens não é o definitivo do relacionamento, mas a interação deles. Subverte um pouco esse clichê dos romances. A coincidência achei um pouco forçada, ainda mais como tudo é resolvido, ficou meio preguiçoso. Apesar de tudo, senti uma naturalidade convincente na história, com destaque para o final.
Um grande estudo de como a mente humana pode ser maligna. A forma que a fragilidade do Basini é explorada pelos seus "amigos" é perturbadora. É um filme que confirma a maldade que existe em nós e devemos que lutar constantemente contra isso. O Törless é um das poucas pessoas que não enxerga o mundo em preto e branco e busca a verdade a todo momento.
O diálogo com o professor sobre os números imaginários é mais uma prova de como a escola tenta doutrinar as pessoas e não incentivar o pensamento crítico. O que culmina na punição final do Törless por ter uma compreensão mais complexa e menos direta sobre o caso
Filme que dosa bem terror com drama. Apresenta seus momentos tensos e melhor ainda as reflexões sobre solidão e isolamento. O diretor dita o ritmo logo nos primeiros segundos, que o filme vai ser bem lento e é pra nós nos adaptarmos a isso rapidamente. Assim que entramos no clima, o filme começa a transmitir suas mensagens mais sutis, com o uso impecável do silêncio. Acredito que o filme tenha como referências Eu sou a Lenda e Extermínio, mais Eu sou a Lenda. Porém concentra ainda mais na sugestão e reflexão. É um filme pra se ver com calma e paciência e, então, será muito bem aproveitado.
Durante todo o filme, o clima desconfortável de forasteiro do policial atraiu bastante minha atenção. Há algumas tensões muito bem construídas entre os personagens, que são misteriosos e tem passados duvidosos. Agora o final do filme quebrou todas minhas expectativas, positivamente. Em vez de ser moralista, critica a corrupção ativa e passiva da polícia. É uma sacada inteligente do autor da história.
Um filme muito diferente do convencional retratado em guerra. Ainda mais quando se trata de um filme com base histórica. Apresenta um debate relevante sobre a dualidade entre ir até as últimas consequências da honra, sacrificando todo seu povo ou se humilhar e salvá-los... ambos do ponto de vista do rei. E um grande mérito do diretor que soube construir os dois lados desse cenário de forma que compreendemos como isso é um dilema enorme da cultura coreana. Atuações ótimas, obviamente tem o Lee Byung-hun no filme, então já se explica.
Queria ter gostado mais do filme, por ter uma crítica bem ácida contra a imprensa que basicamente destruiu a vida da protagonista. Porém o filme em nenhum momento me envolveu, apesar da grande habilidade técnica do diretor. É um típico filme que eu reconheço que é bom mas não me agradou pelo desenvolvimento da narrativa.
Gostei das mensagens do filme, mas que ritmo chato, dá vontade de dormir grande parte do filme. O diretor parece que não decide se quer ser profundo poeticamente com os personagens ou se quer desenvolver uma crítica mais real. E acaba que não me afetou muito em nenhum dos dois. Esperava um final melhor que este, mas não foi ruim não. Quebrou um pouco a expectativa apenas. Não recomendaria a alguém, mas não foi perda de tempo.
Que capa maravilhosa desse filme! Tem uma fotografia tão fantástica que é difícil acreditar que foi filmado em 1947, parece muito anos 70. A proposta é ousada por tratar de freiras sendo expostas a tentação carnal e se reprimirem (ou não) desse desejo que diria natural. E poucas vi no cinema uma freira sendo humanizada de tal forma que criamos uma conexão por seu passado triste.
O diretor retrata a culpa de atos incorretos no passado com grande classe. Critica a aversão aos judeus, e que muitas vezes há certa compaixão de fachada em relação a eles, mas que na verdade só resta o medo e a supremacia branca. O filme é um tapa na cara bem dado sobre como os judeus são pré julgados e que a dívida histórica das perseguições contra esse povo pode bater na porta a qualquer momento pra reivindicar tudo o que lhes foi tirado. Existe uma tensão e um mistério por trás das intenções da dupla, e só a sugestão já gerou tanto desastre, imagine o que poderia ocorrer se algo mais grave acontecesse...
A homenagem da arte que o Bergman costuma mencionar em seus filmes é mais uma vez presente aqui com a dança e a música do piano. Pra começar uma bela introdução de ballet e um final com o mesmo, não poderia ser mais a cara dele. Além disso, o diretor foca em poucos personagens, poucos cenários, diálogos profundos, o que são sua marca registrada por filmar de forma teatral. O envelhecimento é abordado em algumas ocasiões, como se a Marie fosse velha, apenas com 28 anos, pois suas feridas foram profundas, o que dava a impressão de muito mais idade para as pessoas ao seu redor. O sofrimento que ela carrega ao longo dos anos é poeticamente descrito e reflete nos seus relacionamentos posteriores. Ela age de forma imprevisível e confusa algumas vezes no passado, o que foi difícil criar uma empatia com ela. A juventude é saudosista e remete ao passado feliz da protagonista, enquanto que o presente é mais duro e frio nas suas relações. Relacionamento amoroso é tão puro e ingênuo. Ambos são imaturos e mesmo com todos os defeitos, formam um casal amável. Algumas cenas são realmente espetaculares como quando os dois descrevem como é a paixão na praia ou quando se beijam pela primeira vez com o tio tocando Fantasie Impromptu do Chopin.
As atuações foram boas, a protagonista se destacou por ter um papel bem mais complexo que os outros, mas nada excepcional.
Já começa com um trilha sonora foda e uma filmagem de drone de respeito. É tipo um taxi driver húngaro hahaha. Obviamente sem comparações, mas tem um princípio parecido de um taxista que está cansado da sua realidade e não vai mais aceitar calado tudo. Tem suas limitações, mas ainda sim é divertido.
Ambientação impecável. Preto e branco sensacional que combinou os planos lentos, até slow motion em alguns momentos, com reflexões muito bem encaixadas (Que coisa maravilhosa foi aquela introdução!). O filme tem um tom depressivo, com a maior parte da fotografia escura, e a situação do Woyzeck é nada boa. Enfrentar um dia inteiro de trabalho, se sujeitando a situações embaraçosas com uma esposa daquelas ainda. Sorte minha que não li a sinopse, resume o que acontece em todo filme, basicamente.
A Bruxa do Amor
3.6 204 Assista AgoraÉ um filme que joga na cara a fragilidade do homem, a banalidade dos relacionamentos e o poder feminino. Aliás, é um ponto de vista forte das bruxas que muitas vezes fica ofuscado pelas habilidades químicas e todo o resto.
A fotografia, maquiagem, paleta de cores, até mesmo as atuações (que por vezes parece meio travada, igual à referência que vou citar) remetem muito aos filmes de terror dos anos 60 e 70, com cores fortes, vivas. O uso da cor nesse filme é maravilhoso.
Apesar dessa referência, o filme é atemporal, o que torna ele peculiar e inrotulável. É uma mistura que deu muito certo.
A Um Passo da Liberdade
4.3 40Provavelmente inspirado pelo filme Um Condenado à Morte Escapou tem seu méritos por criar além de toda tensão no ato de fuga, uma tensão extra clássica se deveriam acreditar no novo preso ou não.
Ambos caminhos são bem dirigidos e aproveitados. Algo que me incomodou um pouco foi a falta de cuidado com os ruídos, o que foi tão bem abordado em Um Condenado à Morte Escapou. Aquilo dava pros guardas ouvir facilmente.
Enfim, mais um grande clássico pouco conhecido de fuga de prisão.
Benzinho
3.9 348 Assista AgoraA Karine Teles, tanto em Que horas ela volta como aqui mostra um talento absurdo, que atuação maravilhosa!
A história desse filme é comovente, principalmente se analisado pela perspectiva da mãe. Tendo que lidar com a saída de um filho, sua ausência em relação aos outros filhos e sendo mediadora entre a irmã e o marido abusivo.
E em todos os pontos de vista é bem executado. É um filme que, por meio do filho, mostra o desespero de uma família de classe média baixa em querer sair dessa situação, tanto pelo filho egoísta quanto no marido que arrisca tudo pra se livrar disso.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraQuando assisti o 2 não imaginava que um filme poderia ter uma continuação, muito menos algo tão perfeito como esse filme.
O desenvolvimento dos personagens é tão real, mostra os dois lados de um casamento, suas falhas, suas alegrias, suas dores.
As atuações foram mais maduras e fortes, os diálogos foram mais carregados de emoção e nos minutos finais é uma mistura de sentimentos bons e ruins.
Adoro como o Linklater fecha os filmes da trilogia, sempre fica um gosto de quero mais.
Essa vai virar minha trilogia favorita mesmo depois desse filme. Será que vai ter mais?
Domando o Destino
3.8 78 Assista AgoraNunca pensei que ficaria tão mal num filme desse estilo.
A delicadeza do filme é incrível. Mesmo essa questão de rodeio ser bem questionável e não me agradar, felizmente não é o grande centro das atenções.
O desenvolvimento do protagonista é perfeito, o diretor soube dar tempo pra respirar e imergir no papel. É uma situação muito difícil, realmente.
O existencialismo é bem presente. O que é melhor... viver na zona de conforto e infeliz ou viver com altos riscos em busca de um sonho?
A cena final do filme é que arrancar lágrima de qualquer um, a relação dos irmãos se torna muito mais emocionante conforme vamos descobrindo.
Puro-Sangue
3.2 232 Assista AgoraÓtimas atuações! o grande diferencial do filme é a construção das personagens, porque a história nem é tão atraente.
Li ali na capa do filme "American Psycho meets Heathers" e esse filme tem o mesmo problema que o Heathers que é a justificação não apropriada da motivação do ato. Entretanto ainda é muito melhor que Heathers.
A Amanda é incrível, que personagem mais unicamente estranha. Em poucas falas ela já consegue me ganhar facilmente. Franqueza e sinceridade que falta tanto hoje em dia, é contagiante.
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraNão é uma missão fácil manter o nível do primeiro filme, mas manteve e soube usar o tempo ao seu favor.
Os personagens são mais maduros, a interação deles continua orgânica e super realista. As discussões são profundas, como é de se esperar do Linklater.
O diretor consegue fechar bem o segundo filme, sem repetição... sendo que pelo título seria normal se esperar algo parecido e felizmente não é.
É o típico filme que raramente funciona tão bem sem atos, sem clímax... apenas com diálogos hipnotizantes.
Os planos sequências são geniais, é fundamental pra imersão total no filme.
Obra prima!
À Procura da Felicidade
4.2 2,8K Assista AgoraO título original está escrito errado, não é Happyness e sim Happiness
A Colina dos Homens Perdidos
4.0 10 Assista AgoraMaravilhoso!
Um dos melhores filmes de guerra que já vi, em se tratando de conflitos internos. Assim como em Glória feita de sangue, explora perfeitamente os bastidores da guerra.
Aqui Lumet mostra os dois lados, os comandantes e os comandados, o abuso de autoridade baseada em um ego nutrido de muitos anos de tradição.
A construção de cada personagem e suas transformações são impecáveis, tanto os comandantes mais autoritários, quanto os mais empáticos vão se divergindo cada vez mais, de acordo com os eventos.
Realmente como dizem no filme, no campo de batalha é mais leve que ali no campo de treinamento. Entendo perfeitamente porque um soldado pode surtar numa guerra, é tanta injustiça e podridão que isso altera o estado mental de qualquer um.
Custódia
4.2 157O filme me fez imergir tão profundamente que após o término, me senti como se tivesse acontecido comigo. É um desgaste emocional absurdo.
É um desrepeito enorme com a vontade do filho, em não permitir que faça sua escolha, por um motivo de família, uma mera convenção de lei.
O clima vai ficando gradualmente mais tenso, conforme o personagem do pai vai quebrando a ambiguidade criada na cena inicial. E converge pra esse final arrasador!
Um dos grandes filmes lançados no Brasil em 2018
Mulheres Diabólicas
4.0 86 Assista AgoraFilmaço!
Vai brincando com as domésticas! :)
O final do filme realmente me pegou desprevenido, mas foi tipo WOOOW!
Desde o começo, já dá pra perceber que tem algo bem errado com a Jeanne, é muito intrometida e Sophie facilmente influenciável, o que culmina numa bomba.
Senti uma crítica ao sistema judiciário, por deixar 2 criminosas soltas por falta de provas, é um pouco irônico... e o final do filme só me leva a acreditar mais nisso. Difícil saber o contexto da época, se algum relato teve alguma influência.
Mamãe e Outras Figuraças da Família
3.8 1Retrata bem a questão de como os judeus e protestantes foram marginalizados no país.
Porém o clima parcialmente documental enfraquece o filme no geral. Os dez minutos iniciais são bem entediantes, com a apresentação de tantos personagens e não desenvolvendo tão bem eles ao longo da história.
Além da duração que poderia ser encurtada em uns 20-30 minutos, sem prejuízo de conteúdo.
À Procura do Amor
3.5 275 Assista AgoraA construção dos personagens é muito boa. Tem um humor inocente a todo momento, que me agradou, principalmente do Albert.
A aparência dos personagens não é o definitivo do relacionamento, mas a interação deles. Subverte um pouco esse clichê dos romances.
A coincidência achei um pouco forçada, ainda mais como tudo é resolvido, ficou meio preguiçoso.
Apesar de tudo, senti uma naturalidade convincente na história, com destaque para o final.
O Jovem Törless
4.1 18Um grande estudo de como a mente humana pode ser maligna.
A forma que a fragilidade do Basini é explorada pelos seus "amigos" é perturbadora. É um filme que confirma a maldade que existe em nós e devemos que lutar constantemente contra isso.
O Törless é um das poucas pessoas que não enxerga o mundo em preto e branco e busca a verdade a todo momento.
O diálogo com o professor sobre os números imaginários é mais uma prova de como a escola tenta doutrinar as pessoas e não incentivar o pensamento crítico. O que culmina na punição final do Törless por ter uma compreensão mais complexa e menos direta sobre o caso
A Noite Devorou o Mundo
3.2 362 Assista AgoraFilme que dosa bem terror com drama.
Apresenta seus momentos tensos e melhor ainda as reflexões sobre solidão e isolamento. O diretor dita o ritmo logo nos primeiros segundos, que o filme vai ser bem lento e é pra nós nos adaptarmos a isso rapidamente.
Assim que entramos no clima, o filme começa a transmitir suas mensagens mais sutis, com o uso impecável do silêncio.
Acredito que o filme tenha como referências Eu sou a Lenda e Extermínio, mais Eu sou a Lenda. Porém concentra ainda mais na sugestão e reflexão.
É um filme pra se ver com calma e paciência e, então, será muito bem aproveitado.
Terribly Happy
3.6 11Durante todo o filme, o clima desconfortável de forasteiro do policial atraiu bastante minha atenção.
Há algumas tensões muito bem construídas entre os personagens, que são misteriosos e tem passados duvidosos.
Agora o final do filme quebrou todas minhas expectativas, positivamente. Em vez de ser moralista, critica a corrupção ativa e passiva da polícia. É uma sacada inteligente do autor da história.
Nas Muralhas da Fortaleza
3.7 14 Assista AgoraUm filme muito diferente do convencional retratado em guerra. Ainda mais quando se trata de um filme com base histórica.
Apresenta um debate relevante sobre a dualidade entre ir até as últimas consequências da honra, sacrificando todo seu povo ou se humilhar e salvá-los... ambos do ponto de vista do rei.
E um grande mérito do diretor que soube construir os dois lados desse cenário de forma que compreendemos como isso é um dilema enorme da cultura coreana.
Atuações ótimas, obviamente tem o Lee Byung-hun no filme, então já se explica.
A Honra Perdida de Katharina Blum
4.0 16Queria ter gostado mais do filme, por ter uma crítica bem ácida contra a imprensa que basicamente destruiu a vida da protagonista.
Porém o filme em nenhum momento me envolveu, apesar da grande habilidade técnica do diretor. É um típico filme que eu reconheço que é bom mas não me agradou pelo desenvolvimento da narrativa.
Fé Corrompida
3.7 375 Assista AgoraGostei das mensagens do filme, mas que ritmo chato, dá vontade de dormir grande parte do filme.
O diretor parece que não decide se quer ser profundo poeticamente com os personagens ou se quer desenvolver uma crítica mais real. E acaba que não me afetou muito em nenhum dos dois.
Esperava um final melhor que este, mas não foi ruim não. Quebrou um pouco a expectativa apenas.
Não recomendaria a alguém, mas não foi perda de tempo.
Narciso Negro
4.0 80 Assista AgoraQue capa maravilhosa desse filme!
Tem uma fotografia tão fantástica que é difícil acreditar que foi filmado em 1947, parece muito anos 70.
A proposta é ousada por tratar de freiras sendo expostas a tentação carnal e se reprimirem (ou não) desse desejo que diria natural.
E poucas vi no cinema uma freira sendo humanizada de tal forma que criamos uma conexão por seu passado triste.
1945
3.6 28 Assista AgoraO diretor retrata a culpa de atos incorretos no passado com grande classe. Critica a aversão aos judeus, e que muitas vezes há certa compaixão de fachada em relação a eles, mas que na verdade só resta o medo e a supremacia branca.
O filme é um tapa na cara bem dado sobre como os judeus são pré julgados e que a dívida histórica das perseguições contra esse povo pode bater na porta a qualquer momento pra reivindicar tudo o que lhes foi tirado.
Existe uma tensão e um mistério por trás das intenções da dupla, e só a sugestão já gerou tanto desastre, imagine o que poderia ocorrer se algo mais grave acontecesse...
Juventude
4.2 82 Assista AgoraA homenagem da arte que o Bergman costuma mencionar em seus filmes é mais uma vez presente aqui com a dança e a música do piano. Pra começar uma bela introdução de ballet e um final com o mesmo, não poderia ser mais a cara dele.
Além disso, o diretor foca em poucos personagens, poucos cenários, diálogos profundos, o que são sua marca registrada por filmar de forma teatral.
O envelhecimento é abordado em algumas ocasiões, como se a Marie fosse velha, apenas com 28 anos, pois suas feridas foram profundas, o que dava a impressão de muito mais idade para as pessoas ao seu redor. O sofrimento que ela carrega ao longo dos anos é poeticamente descrito e reflete nos seus relacionamentos posteriores. Ela age de forma imprevisível e confusa algumas vezes no passado, o que foi difícil criar uma empatia com ela.
A juventude é saudosista e remete ao passado feliz da protagonista, enquanto que o presente é mais duro e frio nas suas relações.
Relacionamento amoroso é tão puro e ingênuo. Ambos são imaturos e mesmo com todos os defeitos, formam um casal amável. Algumas cenas são realmente espetaculares como quando os dois descrevem como é a paixão na praia ou quando se beijam pela primeira vez com o tio tocando Fantasie Impromptu do Chopin.
As atuações foram boas, a protagonista se destacou por ter um papel bem mais complexo que os outros, mas nada excepcional.
O Abutre
3.6 5Já começa com um trilha sonora foda e uma filmagem de drone de respeito.
É tipo um taxi driver húngaro hahaha. Obviamente sem comparações, mas tem um princípio parecido de um taxista que está cansado da sua realidade e não vai mais aceitar calado tudo.
Tem suas limitações, mas ainda sim é divertido.
Woyzeck
3.8 7Ambientação impecável. Preto e branco sensacional que combinou os planos lentos, até slow motion em alguns momentos, com reflexões muito bem encaixadas (Que coisa maravilhosa foi aquela introdução!).
O filme tem um tom depressivo, com a maior parte da fotografia escura, e a situação do Woyzeck é nada boa. Enfrentar um dia inteiro de trabalho, se sujeitando a situações embaraçosas com uma esposa daquelas ainda.
Sorte minha que não li a sinopse, resume o que acontece em todo filme, basicamente.