O roteiro não consegue criar tensão em nenhum momento. Triste ver uma boa premissa como essa sendo desperdiçada. A morte final é o único ponto positivo do filme, bem executada, com sangue e ação! Nem o casal principal funciona. "Me abrace" é a cereja do bolo para Popcorn ser um slasher abaixo da média.
Meio militante do vudu, meio drama, meio terror, meio comédia. Mas acaba não sendo nada. Filme bem fraco, arrastado, com atuações fracas. Só vale pelo "climão" da época e pela sempre maravilhosa dona da porra toda Pam Grier
A personagem de Mia Farrow simplesmente não é interessante o suficiente para ser uma protagonista sozinha. Ela teria que ter mais nuances ou algum outro personagem deveria ter ganhando mais espaço, talvez o do Joe Mantegna. Um tanto arrastado, vale pelo genial final, que traz duas questões tradicionais na filmografia do Woody: o poder do acaso (quando ela distribui a poção para vários homens sem querer) e a capacidade do indivíduo em lidar com a solidão e se reinventar.
Woody Allen é tão bom, que os comentários vazios que vemos por aqui poderiam ter sido feitos pelos coadjuvantes propositalmente vazios do filme. Aquele amigo chato que fala mal de todo mundo, a jornalista sem escrúpulos que finge ter uma intelectualidade mas no fundo entende quase nada do que está acontecendo, a prostituta que não sabe quem é Charlie Parker mas sabe tudo sobre sexo, a pessoa que finge entender de cinema mas acha que Kurosawa é europeu (essa crítica do Woody foi sutil, certeira), etc. Esse filme ser tão mal compreendido mostra o quão relevante ele é, por mais paradoxal que pareça. O protagonista que lê muito, entende de arte, toca piano, conhece poetas e filmes clássicos fica perdido demais, "vagando" à procura de algo, e só encontra pessoas chatas, que provavelmente estariam no filmow dizendo que uma obra intelectual e requintada como Dia de Chuva... é chata! "Ain, Woody Allen faz sempre o mesmo filme". Sim, ele faz questão de manter viva a chama do cinema clássico, com trilha de Jazz, falando sobre os problemas que afligem a todos, não só essa ou aquela classe social, gênero, etc. Vazio existencial não é "white people problems", inclusive quem faz esse tipo de afirmação parte do princípio de que apenas brancos e ricos sofrem por ficar sozinho, por não se encontrar na vida, etc. Bing Crosby dá sorte na chuva, eu que dei azar de ter nascido na época errada, com gente mala que não saca uma referência, que não tem sensibilidade pro romantismo da era de ouro do cinema. Uma galera que tá sempre "veloz e furiosa" (por isso não entende o filme), numa vida de "work, work, work" (por isso não consegue relacionar a trama com a trilha sonora riquíssima), assim como a personagem de Elle Fanning. Ela perde um amor justamente para a ganância e para a pressa, assim como muita gente deixa de apreciar o filme pelos mesmos motivos! Lembram da cena em que ela toma nota das picuinhas do casal, para publicar depois? Parece muita gente que eu conheço, cuidando da vida íntima dos outros e se promovendo em cima disso. Esse filme vai crescer muito com o passar do tempo. Tenho certeza. Obrigado, mestre Woody! Um salve a Jean Renoir, Vittorio de Sica, Erroll Garner e The Bird!
Ainda perturbado, sinto que os 147 minutos dedicados a esse filme foram muito bem aproveitados. Poucas vezes na vida me senti tão bem, tão acolhido e fazendo parte de um emaranhado de acontecimentos complexos que contribuíram para a minha vida de forma real e objetiva, como indivíduo em busca de emoção e recompensa afetiva. Só tenho a agradecer a Lynch por esse sonho irrepetível! Se eu pudesse, tiraria esse filme da minha memória para colocá-lo lá de volta todos os dias. Minha vida, assim, ganharia um sentido único!
Minha dica, para quem não conseguiu sentir Mulholland Drive, é uma lista de filmes que "exigem" a mesma vibe: Fellini 8 1/2 (quando a imaginação dos protagonistas é filmada e projetada na tela em vez de ser falada), O Anjo Exterminador (tom de farsa, o que menos importa é o que estamos vendo), A Hora do Lobo (quando os nossos medos e pesadelos são mostrados na tela em vez de falados). Acho que essa trinca, somada a paciência e algum chão com filmes menos mastigados, pode ajudar.
O filme do não dito, das conversas incompletas, das perguntas não respondidas, de corpos desesperados, colocando em prática aquela frase do Cazuza: "É a alma quem castiga o corpo". O próprio Cassavetes morreu por causa do seu vício e nos deixou essa bela obra sobre vazio e tentativas frustradas de preenchimento desse vazio.
A cena final é incrível, com o casal na escada fumando, indo cada um para um lado. Corpos se movendo à procura de algo que nunca será encontrado. Envoltos de fumaça.
Décadas depois de fazer comida para o homem do povo Vadinho e para o Dr. Timóteo, Sonia Braga cozinhou comida brasileira para o Michael, em Bacurau. Sendo a Dona Domingas a mistura dos dois maridos no filme de Barreto: a médica (Mauro Mendonça) popular (Vadinho) que recebe em sua casa pessoas que praticam a prostituição que Vadinho tanto gostava. As citações e homenagens de Bacurau são intermináveis. Virei aqui comentar cada vez que lembrar de alguma. E a religião, que tentou levar Vadinho embora de vez em Dona Flor... e ajudou a derrotar o inimigo que foi enterrado vivo em Bacurau? Será que ele vai voltar, assim como Vadinho? Acho que em Bacurau 2, que já está sendo preparado. Talvez com outro nome
É ruim mas é bom. É bom mas é ruim. Defeitos: atuações péssimas, e o roteiro não explora em nada as mortes. Os outros personagens nem percebem que aquelas pessoas sumiram.
Um filme que cresce com o tempo! Bom demais. A relação entre novo e velho, tanto na forma de terror, como na carreira, no cinema, etc. O velho não se sente mais importante, enquanto o novo mata, literalmente, qualquer possibilidade de esperança que poderíamos ter na nova geração. Vejo um pessimismo latente! Ótimo filme. Observem que Baron é o único que consegue desarmar o jovem valentão, mesmo sendo "ultrapassado". "Era disso que eu tinha medo?" Genial a conclusão que consegue finalizar muito bem o arco do personagem.
Bonito encerramento da parceria Gordon-Combs, com ele mais uma vez morrendo em cena após realizar um trabalho intelectual de caráter duvidoso. Essa invocação de Re-Animator e From Beyond não é o suficiente para que A Fortaleza seja um grande filme. Muito longe disso. Tem muitos erros de lógica. O principal é o seguinte: no começo do filme, o diretor da prisão tem acesso aos sonhos e pensamentos dos prisioneiros. Como que, no final, eles conseguem planejar a fuga sem serem descobertos? Muito legal que, assim como a morte partiu de dentro (o chip colocado no intestino), a esperança de nova vida também surge de dentro (o filho do casal que pode significar uma nova vida para eles.
Um sonho de filme. Fico feliz demais quando a ousadia artística dá certo e ainda transcende, com aquele final poético, como se o mundo dos vivos (e pessoas ordinárias) não fosse mais empecilho para um sentimento que, de tão intenso, não precisa seguir regras convencionais. Eles "apanhavam" literalmente da vida até atingir tal condição de elevação espiritual. O sorriso dele após apanhar do agente carcerário mostra isso de forma bem bonita. Ela dormindo na casa dos desconhecidos, brilhante! E falando com seu algoz somente uma frase (e mentirosa, porque era para o protagonista): o "eu te amo" mais poético e profundo que já vi no cinema. Ah, esse gênio sul-coreano!
Um filme sobre o acaso. O protagonista mais politicamente correto do Woody Allen acaba caindo numa enrascada. Por que? Porque a vida é assim. E no fim, ele vai viver com os seus! Muito boa a ideia de apresentar o personagem com narradores na mesa do bar, de forma descontraídas.
Ah, gente, tô bêbado. Exalto aqui o gênio Ozu diante de tal filme. Ele, como sempre, constrói uma carga dramática para nos derrubar logo depois. A "mãe" sente falta dos problemas que o guri trazia, e isso é mostrado de forma muito triste e genial. Filme fantástico
Um filme genial que mostra como a virgem Maria viveria na década de 60 do século 20, chocando e confundindo tanto quanto a original Virgem bíblica! Observem que ela cai no Jardim do Éden no começo do filme, e é ela quem oferece ao seu Adão (que no filme é uma mulher, grito pela liberdade, porque Adão e Eva podem ser duas mulheres) a fruta do conhecimento do bem e do mal, como se a virgem estivesse nos oferecendo a tentação. A partir daí, o filme enfileira pecados e excessos humanos, "muito" feminismo e transgressões, tudo protagonizado pela santa que, no começo da obra, nos autoriza a participar do mundo pós-moderno antropocentrista e hedonista! Distantes de um deus homem tradicional, mas cada vez mais ligados às mulheres que nos colocaram neste mundo obscuro e bagunçado. Obra Prima!
Meu primeiro filme de 2021, e valeu cada minuto. O desfecho dá todo o sentido na proposta de Babenco, que mostra Pixote como uma pessoa sem identidade nem idade. O assassino que precisa mamar no peito, o jovem malandro. Todos em uma pessoa só, o garoto que é o mais frágil mas acaba tendo poder e influência sobre os outros
Filme confuso, que não sabe onde quer chegar e com mensagem infantil. Em vez de misturar gêneros, ele começa com um (drama) e termina como uma fábula surrealista! De Sica decepcionou demais nesse!
O personagem do Uncle Ethan é um indivíduo que não aceita mais perder, por isso pede para não ser lembrado (torturado psicologicamente) sobre o momento em que enterra sua sobrinha Lucy. Ele vive o ser humano durão que se recusa a aceitar a realidade mas ao mesmo tempo consegue transformar a vida dos que o rodeia com uma resiliência admirável! A questão da porta mostra justamente a solidão com que pessoas como Ethan precisam conviver. Depois de recuperar parte da família, ele é excluído da "festa", como um escravo jogado à própria sorte após proporcionar a felicidade aos outros. Assim como ele é "aceito" pela família como um forasteiro, tratado como diferente, como ser humano à parte, diferenciado. A porta separa o personagem de Wayne dos outros indivíduos que habitam aquele mundo e precisam da ajuda dele! Filme genial, que teria nota 10 se o humor pedante tivesse resistido ao tempo.
Marlon Brando brilha muito como o herói misterioso que carrega consigo todos os segredos e todas as frustrações da humanidade. Causa-nos paixão, curiosidade, furor, assim como cativa as personagens amalucada de Joanne Woodward e amargurada de Anna Magnani
Popcorn: O Pesadelo Está de Volta
3.0 63O roteiro não consegue criar tensão em nenhum momento. Triste ver uma boa premissa como essa sendo desperdiçada. A morte final é o único ponto positivo do filme, bem executada, com sangue e ação! Nem o casal principal funciona. "Me abrace" é a cereja do bolo para Popcorn ser um slasher abaixo da média.
Bacurau
4.3 2,7K Assista Agora"Isso aqui é um rabo de foguete, Lunga, até eu vou morrer por causa disso". E morreu ontem!
Os Gritos de Blácula
3.1 22Meio militante do vudu, meio drama, meio terror, meio comédia. Mas acaba não sendo nada. Filme bem fraco, arrastado, com atuações fracas. Só vale pelo "climão" da época e pela sempre maravilhosa dona da porra toda Pam Grier
Foxy Brown
3.7 53 Assista AgoraEnfeitiçado por essa atriz maravilhosa, poderosa, gostosa! O filme é Ela! Muito massa ver o ator do Bruno Tattaglia mais uma vez como vilão.
Simplesmente Alice
3.5 95A personagem de Mia Farrow simplesmente não é interessante o suficiente para ser uma protagonista sozinha. Ela teria que ter mais nuances ou algum outro personagem deveria ter ganhando mais espaço, talvez o do Joe Mantegna. Um tanto arrastado, vale pelo genial final, que traz duas questões tradicionais na filmografia do Woody: o poder do acaso (quando ela distribui a poção para vários homens sem querer) e a capacidade do indivíduo em lidar com a solidão e se reinventar.
Um Dia de Chuva em Nova York
3.2 291 Assista AgoraWoody Allen é tão bom, que os comentários vazios que vemos por aqui poderiam ter sido feitos pelos coadjuvantes propositalmente vazios do filme. Aquele amigo chato que fala mal de todo mundo, a jornalista sem escrúpulos que finge ter uma intelectualidade mas no fundo entende quase nada do que está acontecendo, a prostituta que não sabe quem é Charlie Parker mas sabe tudo sobre sexo, a pessoa que finge entender de cinema mas acha que Kurosawa é europeu (essa crítica do Woody foi sutil, certeira), etc. Esse filme ser tão mal compreendido mostra o quão relevante ele é, por mais paradoxal que pareça. O protagonista que lê muito, entende de arte, toca piano, conhece poetas e filmes clássicos fica perdido demais, "vagando" à procura de algo, e só encontra pessoas chatas, que provavelmente estariam no filmow dizendo que uma obra intelectual e requintada como Dia de Chuva... é chata! "Ain, Woody Allen faz sempre o mesmo filme". Sim, ele faz questão de manter viva a chama do cinema clássico, com trilha de Jazz, falando sobre os problemas que afligem a todos, não só essa ou aquela classe social, gênero, etc. Vazio existencial não é "white people problems", inclusive quem faz esse tipo de afirmação parte do princípio de que apenas brancos e ricos sofrem por ficar sozinho, por não se encontrar na vida, etc. Bing Crosby dá sorte na chuva, eu que dei azar de ter nascido na época errada, com gente mala que não saca uma referência, que não tem sensibilidade pro romantismo da era de ouro do cinema. Uma galera que tá sempre "veloz e furiosa" (por isso não entende o filme), numa vida de "work, work, work" (por isso não consegue relacionar a trama com a trilha sonora riquíssima), assim como a personagem de Elle Fanning. Ela perde um amor justamente para a ganância e para a pressa, assim como muita gente deixa de apreciar o filme pelos mesmos motivos! Lembram da cena em que ela toma nota das picuinhas do casal, para publicar depois? Parece muita gente que eu conheço, cuidando da vida íntima dos outros e se promovendo em cima disso. Esse filme vai crescer muito com o passar do tempo. Tenho certeza. Obrigado, mestre Woody! Um salve a Jean Renoir, Vittorio de Sica, Erroll Garner e The Bird!
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraAinda perturbado, sinto que os 147 minutos dedicados a esse filme foram muito bem aproveitados. Poucas vezes na vida me senti tão bem, tão acolhido e fazendo parte de um emaranhado de acontecimentos complexos que contribuíram para a minha vida de forma real e objetiva, como indivíduo em busca de emoção e recompensa afetiva. Só tenho a agradecer a Lynch por esse sonho irrepetível! Se eu pudesse, tiraria esse filme da minha memória para colocá-lo lá de volta todos os dias. Minha vida, assim, ganharia um sentido único!
Minha dica, para quem não conseguiu sentir Mulholland Drive, é uma lista de filmes que "exigem" a mesma vibe: Fellini 8 1/2 (quando a imaginação dos protagonistas é filmada e projetada na tela em vez de ser falada), O Anjo Exterminador (tom de farsa, o que menos importa é o que estamos vendo), A Hora do Lobo (quando os nossos medos e pesadelos são mostrados na tela em vez de falados). Acho que essa trinca, somada a paciência e algum chão com filmes menos mastigados, pode ajudar.
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraMeu segundo preferido dele, depois de Tudo Sobre Minha Mãe
Faces
4.1 62O filme do não dito, das conversas incompletas, das perguntas não respondidas, de corpos desesperados, colocando em prática aquela frase do Cazuza: "É a alma quem castiga o corpo". O próprio Cassavetes morreu por causa do seu vício e nos deixou essa bela obra sobre vazio e tentativas frustradas de preenchimento desse vazio.
A cena final é incrível, com o casal na escada fumando, indo cada um para um lado. Corpos se movendo à procura de algo que nunca será encontrado. Envoltos de fumaça.
Uma mistura de L'Avventura e Acossado.
Lindo!
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraDécadas depois de fazer comida para o homem do povo Vadinho e para o Dr. Timóteo, Sonia Braga cozinhou comida brasileira para o Michael, em Bacurau. Sendo a Dona Domingas a mistura dos dois maridos no filme de Barreto: a médica (Mauro Mendonça) popular (Vadinho) que recebe em sua casa pessoas que praticam a prostituição que Vadinho tanto gostava. As citações e homenagens de Bacurau são intermináveis. Virei aqui comentar cada vez que lembrar de alguma. E a religião, que tentou levar Vadinho embora de vez em Dona Flor... e ajudou a derrotar o inimigo que foi enterrado vivo em Bacurau? Será que ele vai voltar, assim como Vadinho? Acho que em Bacurau 2, que já está sendo preparado. Talvez com outro nome
A Criatura do Cemitério
2.7 82É ruim mas é bom.
É bom mas é ruim.
Defeitos: atuações péssimas, e o roteiro não explora em nada as mortes. Os outros personagens nem percebem que aquelas pessoas sumiram.
Na Mira da Morte
3.9 34Um filme que cresce com o tempo! Bom demais. A relação entre novo e velho, tanto na forma de terror, como na carreira, no cinema, etc. O velho não se sente mais importante, enquanto o novo mata, literalmente, qualquer possibilidade de esperança que poderíamos ter na nova geração. Vejo um pessimismo latente! Ótimo filme. Observem que Baron é o único que consegue desarmar o jovem valentão, mesmo sendo "ultrapassado". "Era disso que eu tinha medo?" Genial a conclusão que consegue finalizar muito bem o arco do personagem.
A Fortaleza
3.3 157Bonito encerramento da parceria Gordon-Combs, com ele mais uma vez morrendo em cena após realizar um trabalho intelectual de caráter duvidoso. Essa invocação de Re-Animator e From Beyond não é o suficiente para que A Fortaleza seja um grande filme. Muito longe disso. Tem muitos erros de lógica. O principal é o seguinte: no começo do filme, o diretor da prisão tem acesso aos sonhos e pensamentos dos prisioneiros. Como que, no final, eles conseguem planejar a fuga sem serem descobertos? Muito legal que, assim como a morte partiu de dentro (o chip colocado no intestino), a esperança de nova vida também surge de dentro (o filho do casal que pode significar uma nova vida para eles.
Herança Maldita
3.3 95 Assista AgoraAlguém sabe onde a Carolyn Purdy-Gordon aparece?
Casa Vazia
4.2 409Um sonho de filme. Fico feliz demais quando a ousadia artística dá certo e ainda transcende, com aquele final poético, como se o mundo dos vivos (e pessoas ordinárias) não fosse mais empecilho para um sentimento que, de tão intenso, não precisa seguir regras convencionais. Eles "apanhavam" literalmente da vida até atingir tal condição de elevação espiritual. O sorriso dele após apanhar do agente carcerário mostra isso de forma bem bonita. Ela dormindo na casa dos desconhecidos, brilhante! E falando com seu algoz somente uma frase (e mentirosa, porque era para o protagonista): o "eu te amo" mais poético e profundo que já vi no cinema. Ah, esse gênio sul-coreano!
Broadway Danny Rose
3.8 96Um filme sobre o acaso. O protagonista mais politicamente correto do Woody Allen acaba caindo numa enrascada. Por que? Porque a vida é assim. E no fim, ele vai viver com os seus! Muito boa a ideia de apresentar o personagem com narradores na mesa do bar, de forma descontraídas.
Era uma Vez em Tóquio
4.4 187 Assista AgoraA vida não é decepcionante?
Sim, ela é
Discurso de um Proprietário
4.1 8Ah, gente, tô bêbado. Exalto aqui o gênio Ozu diante de tal filme. Ele, como sempre, constrói uma carga dramática para nos derrubar logo depois. A "mãe" sente falta dos problemas que o guri trazia, e isso é mostrado de forma muito triste e genial. Filme fantástico
As Pequenas Margaridas
4.2 267 Assista AgoraUm filme genial que mostra como a virgem Maria viveria na década de 60 do século 20, chocando e confundindo tanto quanto a original Virgem bíblica! Observem que ela cai no Jardim do Éden no começo do filme, e é ela quem oferece ao seu Adão (que no filme é uma mulher, grito pela liberdade, porque Adão e Eva podem ser duas mulheres) a fruta do conhecimento do bem e do mal, como se a virgem estivesse nos oferecendo a tentação. A partir daí, o filme enfileira pecados e excessos humanos, "muito" feminismo e transgressões, tudo protagonizado pela santa que, no começo da obra, nos autoriza a participar do mundo pós-moderno antropocentrista e hedonista! Distantes de um deus homem tradicional, mas cada vez mais ligados às mulheres que nos colocaram neste mundo obscuro e bagunçado. Obra Prima!
Pixote: A Lei do Mais Fraco
4.0 443Meu primeiro filme de 2021, e valeu cada minuto. O desfecho dá todo o sentido na proposta de Babenco, que mostra Pixote como uma pessoa sem identidade nem idade. O assassino que precisa mamar no peito, o jovem malandro. Todos em uma pessoa só, o garoto que é o mais frágil mas acaba tendo poder e influência sobre os outros
Milagre em Milão
4.1 40 Assista AgoraFilme confuso, que não sabe onde quer chegar e com mensagem infantil. Em vez de misturar gêneros, ele começa com um (drama) e termina como uma fábula surrealista! De Sica decepcionou demais nesse!
Rastros de Ódio
4.1 265 Assista AgoraO personagem do Uncle Ethan é um indivíduo que não aceita mais perder, por isso pede para não ser lembrado (torturado psicologicamente) sobre o momento em que enterra sua sobrinha Lucy. Ele vive o ser humano durão que se recusa a aceitar a realidade mas ao mesmo tempo consegue transformar a vida dos que o rodeia com uma resiliência admirável! A questão da porta mostra justamente a solidão com que pessoas como Ethan precisam conviver. Depois de recuperar parte da família, ele é excluído da "festa", como um escravo jogado à própria sorte após proporcionar a felicidade aos outros. Assim como ele é "aceito" pela família como um forasteiro, tratado como diferente, como ser humano à parte, diferenciado. A porta separa o personagem de Wayne dos outros indivíduos que habitam aquele mundo e precisam da ajuda dele! Filme genial, que teria nota 10 se o humor pedante tivesse resistido ao tempo.
Vidas em Fuga
3.9 45 Assista AgoraMarlon Brando brilha muito como o herói misterioso que carrega consigo todos os segredos e todas as frustrações da humanidade. Causa-nos paixão, curiosidade, furor, assim como cativa as personagens amalucada de Joanne Woodward e amargurada de Anna Magnani
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656 Assista AgoraSe apertou 17, não vem comentar aqui dizendo que amou o filme, porque o presidente de vcs é tipo aqueles colegas da Nise!