Em sua versão da já convencional tentativa de reescrever o Velho Oeste americano, Campion entrega uma obra profunda e de uma sutileza impressionante. O importante aqui está menos no conflito e mais em como os personagens centrais o absorvem.
Daqueles filmes que, de tão lentos e metódicos, são melhor apreciados com alguém do lado pra discutir as simbologias e detalhes do roteiro.
Almodóvar conta a história da Espanha moderna por meio de suas mulheres e suas lutas por independência e justiça. Um filme mais discursivo do diretor.
Uma narrativa central mais convencional e menos aprofundada que a média dos seus filmes é o ponto fraco de Mães Paralelas, mas todo o resto é muito bem executado.
Perde muita força depois que a esperada - e incitada - ingestão se concretiza. Antes, é uma espécie de body horror contido, mas competente. Se foi pra deixar desconfortável, missão cumprida.
Demora a se revelar como tal, mas A Mosca é um drama trágico que, na essência, é sobre ver uma pessoa amada adoecer. Só que sob a carcaça de uma ficção científica com ares de filme B.
Pelo que vejo dos comentários gerais, minha experiência com esse filme foi diferente da maioria. Achei a primeira metade muito bem construída e interessante, dos melhores retratos da vida itinerante de um circo.
Já na segunda, senti falta de um desenvolvimento mais apurado das motivações dos personagens - a da Rooney Mara é a única que age de forma crível - e as resoluções sempre me pareceram um pouco óbvias (a do fim, especialmente).
Felizmente, as ótimas cenas que evocam terror gótico, especialidade de Del Toro, elevam o filme e o tornam mais que apenas um bom passatempo.
É de um primor técnico - tanto na cinematografia, direção das cenas de ação, atuações, trilha-sonora, etc. - que por si só cativa. São muitas cenas belíssimas que sustentam bem (e compensam) um roteiro meio capenga, que peca especialmente no seu fio condutor.
O romance central é pouco desenvolvido a ponto de ser difícil de comprar o casal mesmo no clímax. Falta ao texto um pouco mais de ambição e páginas para transformar este drama de época no épico que o seu próprio valor de produção sugere ser.
Wes Anderson nunca esteve tão à vontade. A loucura frenética do início aos poucos vai se organizando à medida que os contos constroem um todo coeso que é, essencialmente, uma celebração sobre o ato de contar histórias. Lindo e muito divertido.
O tom extremamente frio me afastou do filme. Mas filosoficamente é denso e muito interessante, e as ambiguidades do roteiro no último ato me deixaram bem intrigado ao fim. E, como sempre, vale a pena ver só pelo trabalho de direção do Dreyer.
É natural que, depois de 80 anos do lançamento, um dos pioneiros do terror psicológico já não cause tanta tensão. Mas ainda é muito divertido e até profundo em seus subtextos. A condução da narrativa é bem feita e tem ótimos planos, como de costume nos filmes do Tourneur.
Tem alguns grandes momentos e a trilha-sonora é excelente, mas é um filme muito irregular. A começar pela trama mirabolante e cheia de furos, que termina com um fim apressado e anticlimático. Outro ponto negativo é a falta de foco: Spellbound fica pulando do romance pro mistério, do mistério pro romance, e no fim das contas nenhum dos dois é muito interessante pela falta de profundidade. Além disso, Hitchcock filmava melhor suspense que melodrama, e sempre que pendia pro segundo, o resultado ficava enfadonho.
Ozu sendo Ozu. Este perde alguns pontos por explorar o mesmo tema tão pouco tempo depois de Banshun e se arrastar além do necessário na meia hora inicial. Mas tem a mesma maestria técnica e sensibilidade com os personagens e seus cotidianos que são características de seus melhores filmes.
Com toda a primazia técnica que é comum em seus filmes, Lee desenvolve aqui uma narrativa muito crítica - e ao fim de tudo, trágica - cujo foco é o romance interracial entre os protagonistas, mas que também discute vários outros tópicos sensíveis da época.
Impressiona como o filme toca em tantos pontos sem ser superficial ou didático demais em nenhum deles. E apesar de trágica, tem também muita leveza na história, há uma dose certa de humor em Febre da Selva que deixa o filme mais cinza, complexo.
Um enredo muito convencional, o vilão caricato, deslocado e com texto pobre, e algumas muletas usadas no roteiro diminuem o filme, que mesmo assim fecha com dignidade e até certa coragem a saga do Craig.
A direção do Fukunaga pra mim é o melhor aspecto. Dá peso pras cenas dramáticas e nos deixa sem fôlego durante a ação.
O Fuller era um cineasta muito intenso, a sutileza não tem muito espaço em seus filmes. Seja ao expressar emoções, transmitir ideias ou representar a violência, tudo é levado próximo ao extremo. 'Shock Corridor' é um exemplo bem claro desse cinema que exaure o espectador e permeia sua mente por bastante tempo.
Hipnotizante. O filme envolve o espectador em um emaranhado de tramas sem se preocupar em ser didático nem por um segundo, pois sabe que sua força está nas imagens e nos personagens. Que atuação do Robert Mitchum, nunca um anti-herói noir foi tão intenso e indiferente ao mesmo tempo. Jane Greer também faz uma femme fatale irresistível.
Um dos "filmes-síntese" desse subgênero, mas muito mais interessante e estiloso que outros como Falcão Maltês e Pacto de Sangue - não que estes sejam ruins.
Um absoluto deleite visual, tem algumas das melhores tomadas que eu já vi em um filme. Sua proeza técnica rivaliza com a de Cidadão Kane.
Em seu filme anterior, com a ajuda de Gregg Toland, Welles aprimorou e popularizou a tomada com profundidade de campo, mas em Soberba foi dado um passo a mais. O movimento conferido aos planos, ainda que sutil, permitiu ao cineasta dar maior condução à sua narrativa, sem sacrificar um fio de complexidade das imagens. E esse é só um dentre tantos pontos destacáveis.
Ao mesmo tempo em que é brilhante, Soberba é uma das maiores tragédias cinematográficas da história. Ver como o enredo carece de desenvolvimento em algumas partes e como o final é um tanto apressado demonstra como os executivos da RKO o preveniram de ser um dos maiores e melhores filmes de todos os tempos. Ao término, a sensação que senti enquanto espectador foi agridoce.
O ritmo, tão elogiado, foi o motivo pelo qual eu gostei menos do que eu esperava desse filme. É frenético demais! Me sufocou um pouco.
Dito isso, as piadas são bem engraçadas, mesmo 83 anos depois. A minha favorita é a que o personagem do Cary Grant diz que precisa achar a clavícula intercostal dele. A loucura do filme é tamanha que esse tipo de fala soa razoavelmente normal.
Até o fim da fuga semi-bem-sucedida, é um filme tão, mas tão divertido que eu já tava me imaginando dando 5 estrelas e marcando como favorito.
Depois disso perde um pouco de fôlego, fica mais melodramático do que eu gostaria e passo a sentir as quase 3h.
Muitos citam a cena da fuga de moto como a mais icônica. Talvez seja, mas a tensão da fuga da prisão e a construção até esse momento foi o que me capturou.
Obra social das mais fortes. Em plena Grande Depressão, pessoas miseráveis dançam e correm à exaustão para satisfazer o divertimento burguês. Não senti cansaço como muitos citam, acho que o Pollack e os roteiristas seguram bem a trama nas mais de 2h.
Fiquei um pouco mais comunista ao término do filme.
No resto, é muito bem atuado e conduzido. Mesmo que o clima não seja tão ameaçador quanto em outros filmes noir que vieram depois, prende a atenção. E, para a época, é bastante corajoso.
Pena que faltou a mesma coragem pra fechar a história. Puts, eu realmente queria um outro final...
Achei delicioso. É clichê pra caramba? Sem dúvida. Mas, de vez em quando, Hugh Grant e Julia Roberts em um amor improvável no subúrbio de Londres é só o que a gente precisa.
Peça chave pra entender a loucura que é Twin Peaks, incluindo várias coisas de sua terceira temporada.
É um filme menor de Lynch, no sentido de que precisa do apoio da série para ser apreciado em sua totalidade. O que não significa que o diretor fez um trabalho abaixo da sua média aqui, apesar da morna recepção contemporânea.
A característica tensão pelo surreal e o apreço pelo desenvolvimento dos personagens estão presentes, como sempre estiveram na sua obra.
Cinema pra ser descoberto. Muito real e sincero. Me lembrou um pouco o estilo do Cassavetes, porém com uma abordagem mais social e de retrato daquela população, naquele período. Por vezes até tive a sensação de estar assistindo um pseudo-documentário, até que alguma cena eleve os aspectos dramatúrgicos da trama.
Ataque dos Cães
3.7 933Em sua versão da já convencional tentativa de reescrever o Velho Oeste americano, Campion entrega uma obra profunda e de uma sutileza impressionante. O importante aqui está menos no conflito e mais em como os personagens centrais o absorvem.
Daqueles filmes que, de tão lentos e metódicos, são melhor apreciados com alguém do lado pra discutir as simbologias e detalhes do roteiro.
Mães Paralelas
3.7 411Almodóvar conta a história da Espanha moderna por meio de suas mulheres e suas lutas por independência e justiça. Um filme mais discursivo do diretor.
Uma narrativa central mais convencional e menos aprofundada que a média dos seus filmes é o ponto fraco de Mães Paralelas, mas todo o resto é muito bem executado.
Grave
3.4 1,1KPerde muita força depois que a esperada - e incitada - ingestão se concretiza. Antes, é uma espécie de body horror contido, mas competente. Se foi pra deixar desconfortável, missão cumprida.
A Mosca
3.7 1,1KDemora a se revelar como tal, mas A Mosca é um drama trágico que, na essência, é sobre ver uma pessoa amada adoecer. Só que sob a carcaça de uma ficção científica com ares de filme B.
Interpretação fabulosa de Jeff Goldblum.
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraPelo que vejo dos comentários gerais, minha experiência com esse filme foi diferente da maioria. Achei a primeira metade muito bem construída e interessante, dos melhores retratos da vida itinerante de um circo.
Já na segunda, senti falta de um desenvolvimento mais apurado das motivações dos personagens - a da Rooney Mara é a única que age de forma crível - e as resoluções sempre me pareceram um pouco óbvias (a do fim, especialmente).
Felizmente, as ótimas cenas que evocam terror gótico, especialidade de Del Toro, elevam o filme e o tornam mais que apenas um bom passatempo.
O Último dos Moicanos
3.8 377 Assista AgoraÉ de um primor técnico - tanto na cinematografia, direção das cenas de ação, atuações, trilha-sonora, etc. - que por si só cativa. São muitas cenas belíssimas que sustentam bem (e compensam) um roteiro meio capenga, que peca especialmente no seu fio condutor.
O romance central é pouco desenvolvido a ponto de ser difícil de comprar o casal mesmo no clímax. Falta ao texto um pouco mais de ambição e páginas para transformar este drama de época no épico que o seu próprio valor de produção sugere ser.
A Crônica Francesa
3.5 287 Assista AgoraWes Anderson nunca esteve tão à vontade. A loucura frenética do início aos poucos vai se organizando à medida que os contos constroem um todo coeso que é, essencialmente, uma celebração sobre o ato de contar histórias. Lindo e muito divertido.
Dias de Ira
4.3 38 Assista AgoraO tom extremamente frio me afastou do filme. Mas filosoficamente é denso e muito interessante, e as ambiguidades do roteiro no último ato me deixaram bem intrigado ao fim. E, como sempre, vale a pena ver só pelo trabalho de direção do Dreyer.
Sangue de Pantera
3.7 100É natural que, depois de 80 anos do lançamento, um dos pioneiros do terror psicológico já não cause tanta tensão. Mas ainda é muito divertido e até profundo em seus subtextos. A condução da narrativa é bem feita e tem ótimos planos, como de costume nos filmes do Tourneur.
Quando Fala o Coração
4.0 161Tem alguns grandes momentos e a trilha-sonora é excelente, mas é um filme muito irregular. A começar pela trama mirabolante e cheia de furos, que termina com um fim apressado e anticlimático. Outro ponto negativo é a falta de foco: Spellbound fica pulando do romance pro mistério, do mistério pro romance, e no fim das contas nenhum dos dois é muito interessante pela falta de profundidade. Além disso, Hitchcock filmava melhor suspense que melodrama, e sempre que pendia pro segundo, o resultado ficava enfadonho.
Também Fomos Felizes
4.4 19Ozu sendo Ozu. Este perde alguns pontos por explorar o mesmo tema tão pouco tempo depois de Banshun e se arrastar além do necessário na meia hora inicial. Mas tem a mesma maestria técnica e sensibilidade com os personagens e seus cotidianos que são características de seus melhores filmes.
Febre da Selva
3.8 36Com toda a primazia técnica que é comum em seus filmes, Lee desenvolve aqui uma narrativa muito crítica - e ao fim de tudo, trágica - cujo foco é o romance interracial entre os protagonistas, mas que também discute vários outros tópicos sensíveis da época.
Impressiona como o filme toca em tantos pontos sem ser superficial ou didático demais em nenhum deles. E apesar de trágica, tem também muita leveza na história, há uma dose certa de humor em Febre da Selva que deixa o filme mais cinza, complexo.
007: Sem Tempo para Morrer
3.6 566 Assista AgoraUm enredo muito convencional, o vilão caricato, deslocado e com texto pobre, e algumas muletas usadas no roteiro diminuem o filme, que mesmo assim fecha com dignidade e até certa coragem a saga do Craig.
A direção do Fukunaga pra mim é o melhor aspecto. Dá peso pras cenas dramáticas e nos deixa sem fôlego durante a ação.
Paixões que Alucinam
4.2 83 Assista AgoraO Fuller era um cineasta muito intenso, a sutileza não tem muito espaço em seus filmes. Seja ao expressar emoções, transmitir ideias ou representar a violência, tudo é levado próximo ao extremo. 'Shock Corridor' é um exemplo bem claro desse cinema que exaure o espectador e permeia sua mente por bastante tempo.
Fuga do Passado
4.0 86 Assista AgoraHipnotizante. O filme envolve o espectador em um emaranhado de tramas sem se preocupar em ser didático nem por um segundo, pois sabe que sua força está nas imagens e nos personagens. Que atuação do Robert Mitchum, nunca um anti-herói noir foi tão intenso e indiferente ao mesmo tempo. Jane Greer também faz uma femme fatale irresistível.
Um dos "filmes-síntese" desse subgênero, mas muito mais interessante e estiloso que outros como Falcão Maltês e Pacto de Sangue - não que estes sejam ruins.
Soberba
3.8 75 Assista AgoraUm absoluto deleite visual, tem algumas das melhores tomadas que eu já vi em um filme. Sua proeza técnica rivaliza com a de Cidadão Kane.
Em seu filme anterior, com a ajuda de Gregg Toland, Welles aprimorou e popularizou a tomada com profundidade de campo, mas em Soberba foi dado um passo a mais. O movimento conferido aos planos, ainda que sutil, permitiu ao cineasta dar maior condução à sua narrativa, sem sacrificar um fio de complexidade das imagens. E esse é só um dentre tantos pontos destacáveis.
Ao mesmo tempo em que é brilhante, Soberba é uma das maiores tragédias cinematográficas da história. Ver como o enredo carece de desenvolvimento em algumas partes e como o final é um tanto apressado demonstra como os executivos da RKO o preveniram de ser um dos maiores e melhores filmes de todos os tempos. Ao término, a sensação que senti enquanto espectador foi agridoce.
Levada da Breca
4.0 165O ritmo, tão elogiado, foi o motivo pelo qual eu gostei menos do que eu esperava desse filme. É frenético demais! Me sufocou um pouco.
Dito isso, as piadas são bem engraçadas, mesmo 83 anos depois. A minha favorita é a que o personagem do Cary Grant diz que precisa achar a clavícula intercostal dele. A loucura do filme é tamanha que esse tipo de fala soa razoavelmente normal.
Sem Novidade no Front
4.3 140 Assista AgoraO desenvolvimento da trama não é o foco nem o destaque deste filme. Aqui, o que importa é a mensagem, tão atemporal e corajosa para a sua época.
Só de pensar que este filme foi lançado 15 anos antes da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos...
Fugindo do Inferno
4.1 142 Assista AgoraAté o fim da fuga semi-bem-sucedida, é um filme tão, mas tão divertido que eu já tava me imaginando dando 5 estrelas e marcando como favorito.
Depois disso perde um pouco de fôlego, fica mais melodramático do que eu gostaria e passo a sentir as quase 3h.
Muitos citam a cena da fuga de moto como a mais icônica. Talvez seja, mas a tensão da fuga da prisão e a construção até esse momento foi o que me capturou.
A Noite dos Desesperados
4.2 112 Assista AgoraQue agonia!
Obra social das mais fortes. Em plena Grande Depressão, pessoas miseráveis dançam e correm à exaustão para satisfazer o divertimento burguês. Não senti cansaço como muitos citam, acho que o Pollack e os roteiristas seguram bem a trama nas mais de 2h.
Fiquei um pouco mais comunista ao término do filme.
Um Retrato de Mulher
4.1 97Cara... que frustrante essa conclusão, hein?
No resto, é muito bem atuado e conduzido. Mesmo que o clima não seja tão ameaçador quanto em outros filmes noir que vieram depois, prende a atenção. E, para a época, é bastante corajoso.
Pena que faltou a mesma coragem pra fechar a história. Puts, eu realmente queria um outro final...
Um Lugar Chamado Notting Hill
3.6 1,3K Assista AgoraAchei delicioso. É clichê pra caramba? Sem dúvida. Mas, de vez em quando, Hugh Grant e Julia Roberts em um amor improvável no subúrbio de Londres é só o que a gente precisa.
Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer
3.9 273 Assista AgoraPeça chave pra entender a loucura que é Twin Peaks, incluindo várias coisas de sua terceira temporada.
É um filme menor de Lynch, no sentido de que precisa do apoio da série para ser apreciado em sua totalidade. O que não significa que o diretor fez um trabalho abaixo da sua média aqui, apesar da morna recepção contemporânea.
A característica tensão pelo surreal e o apreço pelo desenvolvimento dos personagens estão presentes, como sempre estiveram na sua obra.
Bless Their little hearts
3.8 1Cinema pra ser descoberto. Muito real e sincero. Me lembrou um pouco o estilo do Cassavetes, porém com uma abordagem mais social e de retrato daquela população, naquele período. Por vezes até tive a sensação de estar assistindo um pseudo-documentário, até que alguma cena eleve os aspectos dramatúrgicos da trama.
Visto no IMS Paulista na mostra "L.A. Rebellion".