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Marlon Brando

Nomes Alternativos: Marlon Brando, Jr.

4972Número de Fãs

Nascimento: 3 de Abril de 1924 (80 years)

Falecimento: 1 de Julho de 2004

Omaha, Nebraska - Estados Unidos da América

Marlon Brando, Jr., foi um ator americano. É saudado por trazer um estilo realista e emocionante na atuação em seus filmes, e é amplamente considerado um dos maiores e mais influentes atores de todos os tempos. Na opinião do cineasta Martin Scorsese, "Ele é o marco no cinema. Há o 'antes de Brando' e 'depois de Brando'."

Marlon Brando era filho de Marlon Brando Sr.(1895–1965) e Dorothy Pennebaker Brando. Os seus pais se separaram quando tinha apenas 11 anos de idade - em 1935. A sua mãe levou os filhos Marlon, Jocelyn (1919–2005) e Frances Brando (nascida em 1922), para viver com a avó em Santa Ana, Califórnia, até 1937, quando decidiu reconciliar com o marido e viver com ele e com os rebentos numa vila chamada Libertyville, Illinois.

Dorothy era uma mulher talentosa, embora fosse viciada em bebidas alcoólicas e mãe ausente. Ela se envolveu com o teatro local, ajudou o jovem Henry Fonda a começar a carreira de ator e incutiu em Brando o interesse pela mesma. Sua irmã mais velha, Jocelyn, também foi atriz.

Brando teve uma infância tumultuada. Foi expulso da escola Libertyville High School e, aos 16 anos de idade, mandado para a academia militar Shattuck, em Fairbault, Minnesota. Lá, se sobressaiu nas aulas de teatro. Mas por tentar escapar do confinamento da escola, sofreu, mais uma vez, expulsão. Aceito de volta um ano mais tarde, decidiu não dar prosseguimento aos estudos.

Brando foi para Nova York atrás de suas irmãs. Uma tentava ser pintora enquanto a outra estava na Broadway. Em Nova York, Brando estudou em várias escolas de teatro com destaque para o tempo em que estudou com Stella Adler no seu estúdio que hoje ainda funciona como escola, a Stella Adler Actors Studio. Foi com Stella, a única professora nos EUA ,que realmente teve contato com Stanislavski, que Brando definiu sua técnica.

Carreira

Brando, começou a chamar atenção atuando na peça de Tennessee Williams, ao lado de Jessica Tandy, no cinema foi substituída por Vivien Leigh (Jessica foi quem criou a personagem no teatro, mas foi preterida pela atriz inglesa que era mais famosa no cinema), Um Bonde Chamado Desejo. A peça foi aclamada considerada histórica, e depois foi filmada, mas acabou tendo seu lançamento atrasado, o que levou que figurasse como seu primeiro trabalho em cinema o filme, de 1950, ''Espíritos Indômitos''. Esta produção contava a história de um veterano da Segunda Guerra Mundial ferido em combate angustiado por estar preso a uma cadeira de rodas.

Em Um Bonde Chamado Desejo - cujo filme recebeu no Brasil o nome de ''Uma Rua Chamada Pecado''- dirigido por Elia Kazan e com a presença da atriz Vivien Leigh no papel de Blanche DuBois, Brando fazia o papel de Stanley Kowalski, um desocupado e explorador da esposa. Tornou-se um símbolo sexual ao aparecer em fotos como o personagem, sempre de camiseta que lhe realçava seus músculos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles premiou o filme nas categorias de melhor atriz, Vivien Leigh, melhor ator coadjuvante, Karl Malden e melhor atriz coadjuvante para Kim Hunter. Brando também foi indicado ao Oscar, mas mesmo sendo o franco favorito , não ganhou. Brando seria indicado mais três vezes em cada ano posterior em "Viva Zapata!" em 1952, Júlio César , 1953, no papel de Marco Antônio, e Sindicato de Ladrões em 1954.

No ano de 1953, Brando se tornaria um ídolo dos jovens da época ao interpretar Johnny Stabler, em ''O Selvagem''. No filme ele era um delinquente, líder de uma gangue de motoqueiros, vestido de jaqueta de couro e dirigindo uma motocicleta 1950 - Triumph Thunderbird 6T. O filme marcaria toda uma geração de artistas, desde James Dean a Elvis Presley, os quais adoravam o estilo rebelde mostrado no filme.

Ganharia o primeiro Oscar com o filme ''Sindicato de Ladrões'', dirigido por Elia Kazan. Nos anos 1960, faria alguns filmes polêmicos, como Caçada Humana, no qual é a vítima em uma longa cena de espancamento. E Queimada!, seu personagem favorito, usado para mostrar uma visão histórica do que teria sido a política de colonização européia na América, com os portugueses e espanhóis agindo com violência e ganância, enquanto os ingleses buscavam tomar para si as colônias, atuando nos bastidores com mentiras e falso apoio aos nativos colonizados. Brando se mostra um grande ativista nos anos de 1960, tendo participado de manifestações públicas em favor do Direitos Civis e dos Direitos dos Indígenas, campanha que o levou a recusar um Oscar no início da década seguinte.

Mas seu estilo como ator alcançaria o auge do sucesso e da fama nos anos 1970, com ''O Poderoso Chefão'', ''Último Tango em Paris'' e ''Apocalypse Now'', entre outros, tendo sido indicado para mais dois Oscars pela Academia de Hollywood. Venceu pela sua interpretação de Don Vito Corleone, que rendeu ao personagem o título de "maior vilão da história do cinema".

Quando venceu em 1973, o Oscar pelo filme ''O Poderoso Chefão'', Marlon Brando enviou uma índia (que mais tarde se descobriu ser uma atriz), fazer um discurso em seu nome, protestando contra a forma como os EUA e Hollywood discriminavam os nativos americanos.

Nos anos de 1980, interrompe sua carreira e se retira para a ilha de Tetiaroa, na Polinésia Francesa, da qual era o dono desde 1966. Ganha peso e é fotografado várias vezes usando um largo sarongue polinésio. Com problemas financeiros, retomou sua carreira cinematográfica em 1989. Chegou a fazer uma paródia de si mesmo no filme de 1990, ''Um Novato na Máfia'', no qual praticamente repetiu a caracterização de Don Vito Corleone. Passa a ter sérios problemas pessoais, com o julgamento do filho Christian por assassinato do namorado da irmã Cheyenne e que, deprimida, se suicidou poucos anos depois (1995).

Dirigiu apenas um filme: o western ''A Face Oculta' (1961), substituindo o diretor Stanley Kubrick, no início das filmagens. Obteve alguns elogios da crítica, demonstrando estilo lento e inovador no gênero: filmou o mar, cenário incomum dos western. Também no duelo final com seu amigo na vida real Karl Malden, usa ângulos e coreografia fora do normal. No western que fez com Jack Nicholson, (Duelo de Gigantes, 1976), ele faz um pistoleiro bem estranho, dando continuidade à sua visão e a do diretor Arthur Penn, inovadora mas com tendências acentuadas para parodiar o gênero.

Em 1 de julho de 2004, Brando morreu de insuficiência respiratória. Segundo o advogado, David J. Seeley, Marlon, faleceu em um hospital de Los Angeles, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram colocadas juntas a de seu amigo de infância Wally Cox e outro amigo de longa data, Sam Gilman. Em seguida, foram espalhadas uma parte no Taiti e outra parte no Vale da Morte, Deserto de Mojave nos Estados Unidos.

ALGUNS FILMES

''Uma Rua chamada Pecado'', de Elia Kazan, com Vivien Leigh e Kim Hunter.

Brando, trouxe sua atuação como Stanley Kowalski para a tela em Streetcar Named Desire (1951) de Tennessee Williams, com muita força. O papel é considerado um dos maiores de Brando. A recepção da performance de Brando foi tão positiva que Brando rapidamente se tornou um símbolo sexual masculino em Hollywood. O papel lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar na categoria Melhor Ator. O filme conta a história de uma beldade do sul do Mississippi , Blanche DuBois , que, após enfrentar uma série de perdas pessoais, busca refúgio com a irmã cunhado em uma Nova Orleans dilapidada. prédio de apartamentos. A produção e o elenco originais da Broadway foram convertidos em filme, embora com várias mudanças e sanitizações relacionadas à censura. Várias cenas foram filmadas, mas cortadas após a conclusão das filmagens para se adequar ao Código de Produção e, posteriormente, para evitar a condenação pela Legião Nacional da Decência. Em 1993, depois que a Warner Bros. descobriu a filmagem censurada durante um inventário rotineiro de arquivos, vários minutos das cenas censuradas foram restaurados. Duas cenas especificas incomodaram mais a censura:
Na peça original, o marido de Blanche, cometeu suicídio após ser descoberto tendo um caso homossexual. Esta referência foi removida do filme; Blanche diz, em vez disso, que demonstrou desprezo pela natureza sensível do marido, levando-o ao suicídio. Ela, no entanto, faz uma vaga referência a " sua saída ", implicando homossexualidade sem declará-la explicitamente.
A cena envolvendo Stanley, estuprando Blanche, é interrompida no filme, terminando dramaticamente com Blanche, quebrando o espelho com a garrafa quebrada em uma tentativa fracassada de legítima defesa.
Após o lançamento do filme, Marlon Brando, praticamente desconhecido na época do elenco da peça, ganhou destaque como uma grande estrela do cinema de Hollywood, o filme tornou-se o quinto maior sucesso daquele ano.

''Viva Zapata!'' (1952), de Elia Kazan, com Margo e Anthony Quinn.

Ele também foi indicado no ano seguinte ao Oscar de Melhor Ator para o Viva Zapata!, um relato ficcional da vida do revolucionário mexicano Emiliano Zapata. Ele relatou sua formação camponesa, sua ascensão ao poder no início do século XX e sua morte. O filme foi dirigido por Elia Kazan e co-estrelado por Anthony Quinn. No filme biográfico Marlon Brando: The Wild One, Sam Shaw diz: "Secretamente, antes de o filme começar, ele foi para o México, para a cidade onde Zapata viveu e nasceu e foi lá que ele estudou os padrões de fala das pessoas, seu comportamento e movimento.". A maioria dos críticos se concentrou no ator ao invés do filme, com a Time e a Newsweek publicando ótimas críticas.

''Júlio César'' (1953), de Joseph L. Mankiewicz, com James Mason e Louis Calhern.

Adaptação bem sucedida da peça de William Shakespeare, Júlio César preserva a beleza das falas e a excitação do enredo, presentes no original. O foco é mantido no drama de Bruto, que se debate entre a lealdade a Júlio César e o bem estar da população, e nas implicações políticas de uma rebelião violenta, este um assunto de interesse das plateias elizabetanas.
A fotografia em preto e branco, indicada ao Oscar, dá um tom de film noir às sequências de conspiração. Marlon Brando, com uma dicção longe dos habituais resmungos e murmúrios, também foi lembrado pela Academia na categoria Melhor Ator, novamente indicado. Ao todo, o filme recebeu cinco indicações, tendo vencido na categoria Melhor Direção de Arte. A produção recebeu diversos outros prêmios.
Embora a maioria reconhecesse o talento de Brando, alguns críticos sentiram que o "resmungo" de Brando e outras idiossincrasias traíam uma falta de fundamentos de atuação e, quando seu elenco foi anunciado, muitos permaneceram em dúvida sobre suas perspectivas de sucesso. Dirigido por Joseph L. Mankiewicz e co-estrelado pelo ator britânico John Gielgud, Brando teve um desempenho impressionante, especialmente durante o famoso discurso de Antônio "Amigos, romanos, conterrâneos ...". Gielgud ficou tão impressionado que ofereceu a Brando uma temporada completa no Hammersmith Theatre, oferta que ele recusou. Em sua biografia sobre o ator, Stefan Kanfer escreve: "A autobiografia de Marlon dedica uma linha ao seu trabalho naquele filme: Entre todos aqueles profissionais britânicos, para mim entrar em um set de filmagem e interpretar Marco Antonio foi estúpido', mais um exemplo de sua persistente autodegradação, e totalmente incorreto.".Kanfer acrescenta que depois de uma exibição do filme, o diretor John Huston comentou: "Cristo! Foi como uma porta de fornalha se abrindo - o calor saiu da tela.

''O Selvagem'' (1953), de László Benedek, com Lee Marvin e Mary Murphy.

Brando, pilotando sua própria motocicleta Triumph Thunderbird 6T. Os importadores da Triumph foram ambivalentes com a exposição, já que o assunto era gangues de motociclistas turbulentas ocupando uma pequena cidade. O filme foi criticado por sua violência gratuita percebida na época, com a Time afirmando: "O efeito do filme não é lançar luz sobre o problema do público, mas lançar adrenalina nas veias do espectador". Brando supostamente não concordou com o diretor húngaro László Benedek e não se deu bem com o co-ator Lee Marvin.
Para a perplexidade expressa de Brando, o filme inspirou a rebelião adolescente e fez dele um modelo para a geração nascente do rock-and-roll e futuras estrelas como James Dean e Elvis Presley. Após o lançamento do filme, as vendas de jaquetas de couro e jeans dispararam. Refletindo sobre o filme em sua autobiografia, Brando concluiu que não tinha envelhecido muito bem, mas disse: “Mais do que a maioria dos papéis que desempenhei no cinema ou no palco, me relacionei com Johnny, e por isso, acredito que o interpretei como mais sensível e simpático do que o roteiro imaginava. Há uma linha na foto onde ele rosna: 'Ninguém me diz o que fazer.' É exatamente assim que me senti durante toda a minha vida”.

''Sindicato de Ladrões'' (1954), de Elia Kazan, com Lee J. Cobb e Eva Marie-Saint.

Um filme de drama policial sobre a violência sindical e a corrupção entre estivadores. O filme foi dirigido por Elia Kazan e escrito por Budd Schulberg.
Quando inicialmente oferecido o papel, Brando, ainda magoado com o testemunho de Kazan ao HUAC - objetou e o papel de Terry Malloy quase foi para Frank Sinatra. De acordo com o biógrafo Stefan Kanfer, o diretor acreditava que Sinatra, que cresceu em Hoboken (onde o filme se passa e foi filmado), funcionaria como Malloy, mas eventualmente o produtor Sam Spiegel cortejou Brando para o papel, contratando-o por US$ 100 000. "Kazan não protestou porque, ele posteriormente confessou, 'sempre preferi Brando a qualquer pessoa'".
Brando ganhou o Oscar por seu papel como o estivador irlandês-americano Terry Malloy em On the Waterfront. Seu desempenho, estimulado por seu relacionamento com Eva Marie Saint e a direção de Kazan, foi elogiado. Kazan deixou Brando improvisar e mais tarde expressou profunda admiração pela compreensão instintiva de Brando.
Seguindo On the Waterfront, Brando manteve-se no topo das bilheterias, mas os críticos cada vez mais achavam que suas atuações eram medíocres, sem a intensidade e o comprometimento encontrados em seus trabalhos anteriores, especialmente em seu trabalho com Kazan.

''Eles e Elas'' (1954), de Joseph L. Mankiewicz, com Jean Simmons e Frank Sinatra.

Guys and Dolls seria o primeiro e último papel musical de Brando. A Time achou a imagem "falsa em relação ao original", observando que Brando "canta em um tenor distante que às vezes tende a ser plano". Aparecendo em uma entrevista de Edward Murrow no início de 1955, ele admitiu ter problemas com sua voz, que ele chamou de 'muito terrível.' No documentário de 1965, Meet Marlon Brando, ele revelou que o produto final ouvido no filme foi o resultado de incontáveis tomadas de canto sendo cortadas em uma e depois brincou: "Eu não consegui acertar uma nota com um taco de beisebol; costurei minhas palavras em uma música com tanta força que, quando a murmurei na frente da câmera, quase me asfixiei ". Relações entre Brando e o Frank Sinatra também estavam gelados, com Stefan Kanfer observando: "Os dois homens eram diametralmente opostos: Marlon precisava de várias tomadas; Frank detestava se repetir." Em seu primeiro encontro, Sinatra supostamente zombou: "Não me venha com essa merda do Actors Studio." Brando depois brincou: "Frank é o tipo de cara, quando ele morrer, ele vai para o céu e vai dificultar a Deus por deixá-lo careca".
Mas ele se deu muito bem com Jean Simmons.

''Os Deuses Vencidos'' (1958), de Edward Dmytryk, com Montgomery Clift e Dean Martin.

Os personagens de Marlon Brando, Montgomery Clift e Dean Martin, se encontram apenas uma vez, onde o tenente alemão é morto por Michael, logo depois deste voltar para guerra depois de desertar.
Brando apareceu em The Young Lions, pintando o cabelo de loiro e assumindo um sotaque alemão para o papel, o que ele mais tarde admitiu não ter sido convincente. O filme é baseado no romance de Irwin Shaw, e a interpretação de Brando do personagem Christian Diestl, foi controversa para a época. Mais tarde, ele escreveu: "O roteiro original seguia de perto o livro, no qual Shaw pintou todos os alemães como caricaturas malignas, especialmente cristãos, que ele retratou como um símbolo de tudo que era ruim no nazismo; ele era mau, desagradável, cruel, um clichê do mal ... Achei que a história deveria demonstrar que não existem pessoas inerentemente 'más' no mundo, mas elas podem ser facilmente enganadas. "Shaw e Brando até apareceram juntos para uma entrevista na televisão com o correspondente da CBS David Schoenbrun e, durante uma troca bombástica, Shaw acusaram, como a maioria dos atores, Brando era incapaz de representar a vilania; Brando. respondeu dizendo: "Ninguém cria um personagem, exceto um ator. Eu interpreto o papel; agora ele existe. Ele é minha criação.". The Young Lions também apresenta a única aparição de Brando em um filme com o amigo e rival nas telas com Montgomery Clift (embora Brando, era tido como um ator difícil, ele e Clift, se tornaram grandes amigos e se deram muito bem durante as filmagens).

''A Face Oculta'' (1961), de Marlon Brando, com Katy Jurado e Karl Malden.

É um faroeste, estrelado e dirigido por Marlon Brando, que substituiu durante as filmagens o diretor Stanley Kubrick, a tendência de Brando para várias retomadas e exploração do personagem como ator continuou na direção, no entanto, e o filme logo ultrapassou o orçamento, a Paramount esperava que o filme levasse três meses para ser concluído, mas as filmagens se estenderam para seis e o custo dobrou para mais de seis milhões de dólares. A inexperiência de Brando como editor também atrasou a pós-produção e a Paramount eventualmente assumiu o controle do filme. Brando escreveu mais tarde: "A Paramount disse que não gostou da minha versão da história; todos mentiram, exceto Karl Malden.
Naquela época, eu estava entediado com todo o projeto e desisti dele.". O filme foi mal avaliado pelos críticos. Embora tenha feito negócios sólidos, ultrapassou tanto o orçamento que perdeu dinheiro.
O filme é considerado por muitos críticos um exercício de megalomania, tão caro quanto os costumeiros delírios de Brando. São elogiadas as cenas de ação e a direção dele sobre os outros atores (mas não sobre ele mesmo), o filme enfim fracassa, mas fica marcada por ser a única direção de Brando.
A partir daí Brando, que já tinha uma certa fama de difícil, começa a fase dele de confusões com os atores, diretores, roteiristas, Brando é chamado de fracassado, grosseiro e esbanjador, escolhe mal até seus próximos filmes, recusa Lawrence da Arábia e Butch Cassidy, por exemplo, e aceita filmes um tanto duvidosos.

''A Condessa de Hong Kong'' (1967), de Charlie Chaplin, com Sophia Loren e Charlie Chaplin.

Apesar da presença de Sophia Loren, a atuação de Marlon Brando foi muito criticada por sua suposta má vontade, resultado de seus desentendimentos com o diretor e o ego de ambos. Essa obra foi considerada a pior de Charles Chaplin.
Foi o último filme de Charles Chaplin, que tinha 77 anos de idade, e que roteirizou, produziu, dirigiu e criou a trilha sonora, além de ter feito também uma ponta, foi único filme colorido dirigido por Chaplin. A produção era frequentemente interrompida por Brando chegar atrasado e ser hospitalizado com gripe, assim como Chaplin, também ter pego gripe.
Embora muitos membros do elenco tenham apreciado a abordagem de Chaplin, Marlon Brando, se sentiu insultado e quis sair antes que Chaplin pudesse persuadi-lo a terminar o filme. Brando passou a considerar Chaplin um "homem terrivelmente cruel", afirmando que Chaplin: "era um tirano egoísta e mesquinho. Ele perseguia as pessoas quando elas estavam atrasadas e as repreendia impiedosamente para trabalharem mais rápido. Brando ficou particularmente irritado com o que considerou a maneira cruel como Chaplin tratou seu filho Sydney, que teve um papel coadjuvante no filme: "Chaplin foi provavelmente o homem mais sádico que já conheci." Muitos já imaginavam algo parecido, sabendo das personalidades tanto de Chaplin como a de Brando, de difíceis. Após a estreia, a maior parte das opiniões, contraditórias, dirige-se ao trabalho de Charlie Chaplin, apenas críticos como Tim Hunter e Andrew Sarris, assim como o poeta John Betjeman, e o diretor François Truffaut, consideraram o filme uma das melhores obras de Chaplin. O ator Jack Nicholson também é um grande fã do filme. Chaplin não falava com Brando, e ele com Chaplin, assim como Brando destetou Loren, principalmente por ela ter repelido ele numa cena, onde Brando, dizem foi um pouco além do pedido do diretor.

''O Pecado de Todos Nós'' (1967), de John Huston, com Elizabeth Taylor e Robert Forster.

Brando interpretou um oficial do exército gay reprimido em Reflections in a Golden Eye, "a principal realização de Brando foi retratar a tristeza taciturna, mas estoica, daqueles pulverizados pelas circunstâncias". O filme recebeu críticas mistas.
Elizabeth Taylor aceitou o papel com a condição de que Montgomery Clift também fosse escalado. No entanto, Clift morreu em 23 de julho de 1966, de um ataque cardíaco antes do início da produção. O papel posteriormente foi para Brando, depois que Richard Burton e Lee Marvin o recusaram
Apesar do diretor renomado e dos grandes astros internacionais Marlon Brando e Elizabeth Taylor interpretarem os protagonistas, o filme fracassou nas bilheterias.

''Queimada!'' (1969), de Gillo Pontecorvo, com Renato Salvatori e Carlo Palmucci.

Brando, citou como seu filme favorito, escrevendo em sua autobiografia: "Acho que fiz algumas das melhores atuações que já fiz naquele filme, mas poucas pessoas vieram para vê-lo." Brando dedicou um capítulo inteiro ao filme em suas memórias, afirmando que o diretor, Gillo Pontecorvo, foi o melhor diretor com quem já havia trabalhado ao lado de Kazan e Bernardo Bertolucci. Brando também detalhou seus confrontos com Pontecorvo, no set e como "quase nos matamos". Vagamente baseado em eventos da história de Guadalupe, o filme teve uma recepção hostil da crítica, e ainda o filme fracassou nas bilheterias.

''Os que Chegam com a Noite'' (1971), de Michael Winner, com Stephanie Beacham e Harry Andrews.

O filme recebeu críticas mistas. A atuação de Brando lhe rendeu uma indicação ao prêmio BAFTA de Melhor Ator, e marcou sua única nudez frontal num filme, depois do sucesso em 1973, de Último Tango em Paris, o público começou a procurar conhecer ''Os que Chegam com a Noite'', principalmente quando no lançamento do vídeo, pois o tema escandaloso para época desse filme, fez ele renascer.

''O Poderoso Chefão'' (1972), de Francis Ford Coppola, com Al Pacino e Diane Keaton.

Durante a década de 1970, Brando era considerado "veneno de bilheteria". Os críticos estavam se tornando cada vez mais desdenhosos de seu trabalho e ele não tinha aparecido em um sucesso de bilheteria desde Vidas em Fuga em 1960.
A atuação de Brando como Vito Corleone, o "Don", em O Poderoso Chefão (1972), a adaptação de Francis Ford Coppola do romance homônimo de Mario Puzo de 1969, foi um marco na carreira, colocando-o de volta no Top Ten e ganhando seu segundo Oscar de Melhor Ator.
Coppola, desenvolveu uma lista de atores para todos os papéis, e sua lista de Dons em potencial incluía Ernest Borgnine, Frank de Kova (mais conhecido por interpretar Chief Wild Eagle, na TV sitcom F-Troop ), John Marley, Richard Conte (que foi escalado como o assassino mortal de Don Corleone rival Don Emilio Barzini), e o produtor de cinema italiano Carlo Ponti, marido de Sophia Loren. Coppola admitiu em uma entrevista de 1975: "Finalmente percebemos que tínhamos que atrair o melhor ator do mundo. Era simples assim. Isso se resumia a Laurence Olivier ou Marlon Brando, que são os maiores atores do mundo."
Evans disse a Coppola que estava pensando em Brando para o papel dois anos antes, e Puzo, imaginou Brando no papel quando escreveu o romance e realmente escreveu para ele sobre o papel. Coincidentemente, Olivier competiria com Brando, pelo Oscar de Melhor Ator por seu papel em Sleuth. Ele superou Brando no New York Film Critics Circle Awards de 1972. Albert S. Ruddy, a quem a Paramount designou para produzir o filme, concordou com a escolha de Brando. No entanto, os executivos do estúdio Paramount se opuseram a escalar Brando devido à sua reputação de difícil e sua longa série de fracassos de bilheteria. Brando. Ele também esteve na produção de One-Eyed Jacks trabalhando contra ele, uma produção problemática que perdeu dinheiro para a Paramount quando foi lançada em 1961. O presidente da Paramount Pictures Jaffedisse, teve um tom exasperado com Coppola: "Enquanto eu for o presidente deste estúdio, Marlon Brando não estará neste filme e não permitirei mais que você o discuta."
Jaffe acabou estabelecendo três condições para o elenco de Brando: que ele teria que receber uma taxa muito abaixo do que normalmente recebia; ele teria que concordar em aceitar a responsabilidade financeira por quaisquer atrasos de produção que seu comportamento custasse; e ele teve que se submeter a um teste de tela. Coppola convenceu Brando a fazer um teste de "maquiagem" em vídeo, no qual Brando fazia sua própria maquiagem (ele usava bolas de algodão para simular as bochechas inchadas do personagem). Coppola temia que Brando fosse jovem demais para interpretar Don Corleone, mas ficou eletrizado com a caracterização do ator como o chefe de uma família criminosa. Mesmo assim, teve que brigar com o estúdio para escalar o temperamental ator. O próprio Brando tinha dúvidas, afirmando em sua autobiografia: "Nunca havia interpretado um italiano antes e não achava que conseguiria fazer isso com sucesso." Eventualmente, o presidente da Gulf+Western , controladora da Paramount, foi convencido a deixar Brando assumir o papel; quando viu o teste de tela, perguntou surpreso: "O que estamos assistindo? Quem é esse velho tão bom?"
Assim Brando teve um salário reduzido, mas com porcentagem nos lucros, assim no final de contas Brando saiu ganhando, já que o filme foi seu maior sucesso. Brando se comportou como a muito tempo não fazia com todo o elenco.

''Último Tango em Paris'' (1972), de Bernardo Bertolucci, com Maria Schneider e Jean-Pierre Léaud.

A atuação altamente notada de Brando ameaçou ser ofuscada por um alvoroço sobre o conteúdo sexual do filme. Brando interpretou um americano viúvo recente chamado Paul, que começa um relacionamento sexual anônimo com uma jovem parisiense noiva, chamada Jeanne. Como nos filmes anteriores, Brando se recusou a memorizar suas falas para muitas cenas; em vez disso, ele escreveu suas falas em cartões de sugestão e as afixou ao redor do conjunto para facilitar a consulta, deixando Bertolucci com o problema de mantê-las fora da moldura. O filme apresenta várias cenas intensas e gráficas envolvendo Brando, incluindo Paul estuprando analmente Jeanne usando manteiga como lubrificante, o que foi alegado não ser consensual, décadas depois e o confronto final zangado e emocionalmente carregado de Paul com o cadáver de sua esposa morta. O polêmico filme foi um sucesso, no entanto, Brando entrou pela última vez na lista das dez maiores estrelas de bilheteria. Seu acordo de participação bruta rendeu-lhe US$ 3 milhões. Os membros votantes da Oscar nomearam novamente Brando como Melhor Ator, sua sétima nomeação. Embora Brando tenha vencido o New York Film Critics Circle Awards, de 1973, ele não compareceu à cerimônia nem enviou um representante para receber o prêmio, caso vencesse.
A famosa crítica Pauline Kael, da The New Yorker, escreveu "O avanço do filme finalmente chegou. Bertolucci e Brando alteraram a face de uma forma de arte". Brando confessou em sua autobiografia, "Até hoje eu não posso dizer sobre o que era Last Tango in Paris", e acrescentou que o filme "exigiu que eu fizesse uma queda de braço emocional comigo mesmo, e quando foi concluído, decidi que nunca mais iria me destruir emocionalmente para fazer um filme”.

''Superman'' (1978), de Richard Donner, com Christopher Reeve e Gene Hackman.

Brando interpretou o pai do Superman, Jor-El, no filme, ele concordou com o papel apenas com a garantia de que receberia uma grande soma pelo que equivalia a uma pequena parte, de que não teria que ler o roteiro com antecedência e de que suas falas seriam exibidas em algum lugar fora das câmeras. Fora a porcentagem na bilheteria foi revelado que ele recebeu quase quatro milhões por duas semanas de trabalho. Brando também filmou cenas para a sequência do filme, Superman II, mas depois que os produtores se recusaram a pagar a ele a mesma porcentagem que ele recebeu pelo primeiro filme, ele negou a permissão de usar a filmagem. "Pedi minha porcentagem usual", lembrou ele em suas memórias, "mas eles recusaram, e eu também."

''Apocalypse Now'' (1979), de Francis Ford Coppola, com Martin Sheen e Harrison Ford.

Brando estrelou como o coronel renegado e insano Walter E. Kurtz, no épico do Vietnã, Apocalypse Now, ele interpreta um oficial altamente condecorado das Forças Especiais do Exército dos EUA que se torna renegado, comandando sua própria operação com base no Camboja e é temido tanto pelos militares dos EUA quanto pelos vietnamitas. Brando recebeu US$ 1 milhão por semana por três semanas de trabalho além de 10% do aluguel bruto do cinema e 10% dos direitos de venda da TV. O filme chamou a atenção por sua longa e conturbada produção, Brando apareceu no set acima do peso, Martin Sheen sofreu um ataque cardíaco e o mau tempo destruiu vários conjuntos caros. O lançamento do filme também foi adiado várias vezes enquanto Coppola editava milhões de metros de filmagens. Brando foi muito inflexível sobre como não queria se retratar dessa maneira como um homem obeso. Brando admitiu a Coppola que não havia lido o livro, Heart of Darkness, como o diretor havia pedido a ele, e a dupla passou dias explorando a história e o personagem de Kurtz, para grande benefício financeiro do ator.
Após o lançamento, Apocalypse Now, ganhou aclamação da crítica, assim como a performance de Brando. Seu sussurro das palavras finais de Kurtz "O horror! O horror!", tornou-se particularmente famoso.

''A Cartada Final'' (2001), de Frank Oz, com Edward Norton e Robert De Niro.

Foi o ultimo filme dele, durante a produção, Brando discutiu repetidamente com Oz e o chamou de "Miss Piggy", personagem dos Muppets. Muitas vezes a co-estrela De Niro assumiu a direção quando Brando, tinha suas cenas, com Oz instruindo por meio de um assistente de direção, uma alegação que Oz confirmou. "Houve uma cena - dois dias de filmagem - quando Marlon estava muito chateado comigo para atuar enquanto eu estava no set", afirmou Oz. "Eu assisti de fora, com um monitor, e o Bob foi muito bom e atuou como mediador entre nós."
A Cartada Final é, antes de mais nada, um filme sobre grande assalto. Mas não é apenas isso. Trata-se também de um belo encontro entre três gerações de ótimos atores do cinema, além de um belo trabalho de Frank Oz.
Além do ótimo roteiro, repleto de reviravoltas, A Cartada Final tem como grande trunfo esses três atores de gerações diferentes que, cada um a sua maneira, marcaram três gerações diferentes. Começando por Marlon Brando, Robert De Niro, bem como Edward Norton são atores maravilhosos e que interpretaram personagens incríveis na história do cinema. A saber, Brando e De Niro, inclusive, deram vida ao inesquecível Vito Corleone, respectivamente em ‘O Poderoso Chefão’ (The Godfather, 1972) e ‘O Poderoso Chefão: Parte II’ (The Godfather: Part II, 1974). Enquanto isso, Norton, embora iniciante, já brilhava em diversos filmes como A Outra História Americana (American History X, 1998) e O Clube da Luta (The Fight Club, 1999), entre outros.
Juntos, eles dão um show. Tudo bem que Brando é praticamente um coadjuvante de luxo, mas que luxo ein! Que, a saber conseguiu brigar com Frank Oz, chegando ao ponto de só atuar com De Niro o dirigindo em suas poucas cenas), mas De Niro e Norton roubam (sem trocadilhos, o filme. Os embates e guerra de egos entre seus personagens elevam a qualidade de A Cartada Final, deixando o espectador sempre preocupado se o assalto vai ou não dar certo.

Premiações

- Recebeu 7 indicações ao Oscar de Melhor Ator, por "Uma Rua Chamada Pecado" (1951), "Viva Zapata!" (1952), "Júlio César" (1953), "Sindicato de Ladrões" (1954), "Sayonara" (1957), "O Poderoso Chefão" (1972) e "Último Tango em Paris" (1973). Venceu em 1954 e 1972.

- Recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, por "Assassinato Sob Custódia" (1989).

- Recebeu 4 indicações ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Drama, por "Sindicato de Ladrões" (1954), "Sayonara" (1957), "The Ugly American" (1963) e "O Poderoso Chefão" (1972). Venceu em 1954 e 1972.

- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Comédia/Musical, por "Casa de Chá do Luar de Agosto" (1956).

- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, por "Assassinato Sob Custódia" (1989).

- Recebeu 3 indicações ao BAFTA de Melhor Ator, por "O Poderoso Chefão" (1972), "Os Que Chegam com a Noite" (1972) e "Último Tango em Paris" (1972).

- Recebeu 4 indicações ao BAFTA de Melhor Ator Estrangeiro, por "Viva Zapata!" (1952), "Júlio César" (1953), "Sindicato de Ladrões" (1954) e "Os Deuses Vencidos" (1958). Venceu em 1952, 1953 e 1954.

- Recebeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Ator Coadjuvante, por "Assassinato Sob Custódia" (1989).

- Recebeu 3 indicações ao Framboesa de Ouro de Pior Ator Coadjuvante, por "A Fórmula" (1980), "Cristóvão Colombo - A Aventura do Descobrimento" (1992) e "A Ilha do Dr. Moreau" (1996). Venceu em 1996.

- Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Dupla, por "A Ilha do Dr. Moreau" (1996).

- Ganhou o prêmio de Melhor Ator, no Festival de Cannes, por "Viva Zapata!" (1952).

- Ganhou o prêmio de Melhor Ator, no Festival de Tóquio, por "Assassinato Sob Custódia" (1989).

Cônjuge: Tarita Teriipaia (de 1962 a 1972), Movita Castaneda (de 1960 a 1962), Anna Kashfi (de 1957 a 1959)
Filhos: 10

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